sábado, 5 de novembro de 2011

14º

A auto-proclamada "banda preferida da masmorra", que inclusivamente já recebeu um lifetime achievement award e que já foi excepcionalmente honrada com a presença de 100% da Masmorra numa das suas passagens pelas nossas terras, irá lançar um novo trabalho na tentativa de manter esses estatutos.
É o 14º, cá estaremos para o julgar.


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Efeméride

O texto que se segue não foi escrito por Maléfico nem por Mafarrico, mas podia ter sido pois ao longo das suas palavras e frases sente-se o estilo e pujança desta dupla. Apraz-me, portanto, verificar que vamos somando seguidores que se lançam no mundo da literatura almejando tornar-se génios do nosso calibre. Ouçamos portanto, com atenção, o relato que se segue:

"É com excessiva repugnância que vou relatar a pavorosa cena que se desenrolou e que nenhum acontecimento posterior pôde apagar-me da memória, onde ficou gravada com os mais minuciosos pormenores, e cuja cruel recordação amargará todos os futuros momentos da minha existência. [...] O único meio que estava à nossa disposição para a terrível lotaria, na qual cada um de nós tinha o risco a correr, era o da palha mais curta. Pequenas estilhas de madeira serviam para o fim proposto, e foi convencionado que seria eu a apresentá-las. Afastei-me para um canto no navio, enquanto os meus pobres companheiros ficavam no extremo oposto, de costas para mim. O momento mais cruel deste drama terrível, o mais angustiante, foi quando procurava arranjar as várias parcelas. [...] Pus-me a pensar em todos os ardis imagináveis para fazer batota no jogo, de modo a levar um dos meus pobres companheiros de infortúnio a tirar o pedaço mais pequeno, pois fora convencionado que o que tirasse a mais curta das quatro lascas, morreria para conservação dos outros. Antes que alguém me condene por esta aparente infâmia, deve colocar-se numa situação precisamente igual à minha!
Como já não era possível adiar por mais tempo, avancei, com o coração a saltar-me do peito, para o castelo da proa, onde os meus companheiros aguardavam. Apresentei a mão fechada com as lascas e Peters tirou uma delas imediatamente. Estava livre! O seu pedaço, pelo menos não era o mais curto. Havia agora mais uma probabilidade contra mim. Reuni todas as energias e estendi o pedaço a Augusto, que tirou rapidamente o seu e ficou igualmente livre. Nesta altura as probabilidades de viver ou morrer eram exactamente iguais e, então, apoderou-se do meu espirito toda a ferocidade do tigre, sentindo contra Parker, meu semelhante, meu pobre companheiro, o mais intenso, o mais diabólico ódio. Este sentimento durou pouco tempo, e, por fim, com um arrepio convulsivo e os olhos fechado, estendi-lhe as restantes duas lascas. Mais de cinco minutos passaram, antes de conseguir resolver-se a tirar a sua e, durante esse período de indecisão (que me pareceu um século), capaz de partir o coração ao mais sensível, não abri os olhos um instante que fosse. Finalmente, um dos pedaços foi-me vivamente arrancado da mão. A sorte estava jogada, mas não sabia se era a favor ou contra mim. Ninguém falava, e não ousava quebrar a minha incerteza olhando o pedaço que me restava, até que Peters me agarrou na mão, esforçando-me por olhar para ela. Não foi necessário, pois bastou-me olhar para o rosto de Parker para ver que estava salvo, e que era ele a vítima condenada. Respirei convulsivamente e caí desmaiado na coberta.
Voltei a mim a tempo de ver a consumação da tragédia e assistir à morte daquele que, como autor da proposta, havia sido o seu próprio carrasco. Parker não ofereceu a mínima resistência e caiu morto, atingido por uma punhalada nas costas dada por Peters. Não me vou deter a falar do terrível festim que imediatamente se seguiu: são coisas que poderemos imaginar, pois as palavras não têm poder suficiente para impressionar o espírito com o tremendo horror da realidade. Apenas direi que após termos aplacado a raivosa sede que nos destroçava com o sangue da vítima, e cortado, de comum acordo, as mãos, os pés e a cabeça, que atirámos ao mar com as entranhas, devorámos o resto do corpo, pedaço a pedaço, durante esses quatro dias para sempre memoráveis que se seguiram: 17,18,19 e 20 de Julho"
E.A. Poe - Aventuras de Arthur Gordon Pym
E.A.Poe escreve de acordo com a antiga ortografia

E.A. Poe tem muito jeito para a escrita, mas pouco para o suspense, pois uma vez que apresenta o narrador na primeira pessoa, e se nota rapidamente que a obra não tem um fim abrupto, então aquela cena do 50-50 de probabilidades não engana ninguém, por outro lado refere que atiraram as mãos, os pés e a cabeça ao mar, deglutindo o resto, ora toda a gente sabe que são precisamente estes os pedaços que mais nutrientes acumulam ( e eles bem precisavam) e que devem ser aproveitados para uma dieta saudável o que torna o texto bastante anti-pedagógico. Outros pontos existem merecedores de apontamentos negativos, que por certo o meu colega Mafarrico apontará no local habitual, ali em baixo.




quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Samael @ Hard Club 05Out11


Que me perdoem os Srs. Cronos, Lars Petrov e Araya e cª, mas devo deixar bem claro que os seus agrupamentos musicais não são, desde a noite passada, os eleitos pelo Sr. Satanás para serem seus principais signatários e infiéis portadores de Sua palavra.
Esta honrada e ignóbil missão passa agora para as mãos dos manos Vorphalack e Xytraguptor.
Para os mais desatentos e portanto indignos ignorantes, passo a informar que estes ilustres personagens são os criadores e mentores desse afamado conjunto de música, de seu nome SAMAEL.
Apesar de já existirem desde o final dos anos 80, apenas ontem é que lograram saltar para as luzes da ribalta e quebraram um enguiço de séculos. Conseguiram finalmente que Mafarrico os recebesse em concerto e lhes concedesse algum do seu tempo e atenção, que como sabeis é excessivo e sobra de forma indolente.
Foi assim que caída a noite, Mafarrico, movido pela curiosidade e por um veículo automóvel, se deslocou pelos seus próprios meios até ao recinto do Hard Club para testemunhar a prestação dos Samael, cuja carreira tem vindo a seguir, qual olheiro satânico, de há longa data a esta parte.
Não fosse Mafarrico um ser culturalmente desenvolvido e dotado de um vasto léxico, e teria tido dificuldade em encontrar palavras para descrever o que por ali se passou. Os Samael, em aproximadamente hora e meia, presentearam Mafarrico com uma das melhores actuações a que este se tem prestado assistir. Como já seria de suspeitar, o som black metal vs electronica que estes seres desenvolveram com mestria ao longo dos anos, resulta especialmente bem ao vivo, e os dotes cénicos e comunicativos do front man, Sr. Vorph, encheram a sala de uma energia negra e ritmos desconcertantes.
Toda a longa carreira dos Samael foi revistada num set-list que não teve um único momento morto. Temas como Into the Pentagram (apresentada como a música mais negra e pesada de sempre), Baphomet's Throne (a melhor letra de sempre?), Flagellation, Rain e Shining Kingdom a representarem os primórdios dos tempos e lograram arrancar um nostálgico e flamejante suspiro a Mafarrico, que assim quase se deixou emocionar.
A referir que o evento afinal tinha o formato de mini festival, o que convenhamos muito enfadou Mafarrico pela extensão do mesmo e pela quase sempre monótona prestação das bandas com menos notoriedade.
Um breve apontamento sobre os participantes:
Six reasons to kill: tiveram o discernimento de terminar a sua prestação antes da chegada de Mafarrico. Por isso nota positiva para estes… coiso
Noctem: black metal espanhol, convenientemente apelidado de ibérico. O vocalista tinha uma carapuço e no fim ingeriu um frasco com uma espécie de vómito e cuspiu a substancia sobre o público.Muito bonito.
Keep of Kalessin: power metal meets black metal da Noruega. O standard de violência desta origem está difícil de superar. Tentaram, lá tiveram uns momentos interessantes, mas não deixaram marcas.
Melechesh: black metal satânico da Mesopotâmia. Um som original e interessante. A estudar no futuro. O guitarrista começou o concerto com um turbante de terrorista mas o calor era tal que se viu obrigado a removê-lo. Passou o resto do concerto a deitar água pela cabeça abaixo.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O fim da silly season

Assim termina esta silly season, pautada por um silêncio, falta de ideias e pouca vontade de partilhar idiotices nunca antes vista. Ainda bem que assim foi, estes últimos meses terão sido, indubitavelmente, a era mais brilhante da Masmorra.

Aproveito para indicar o lançamento de umas obras literárias capazes de levar um dos grandes nomes do romance poético aos diabitos mais novos.





aqui

terça-feira, 19 de julho de 2011

O Horror! O Horror! - SBSR'11

Como já foi aqui levemente discutido na mensagem anterior, é sabido que o magnânime Maléfico (eu próprio) se deslocou em missão secreta a um dos mais badalados festivais de Verão que os humanos destas paragens organizam precisamente no Verão - O Super Bock Super Rock. O que se segue é uma resenha do relatório que preparei e que enviei atempadamente ao nosso Maior.

Todos estamos familiarizados com o conceito de festival, a diferença mais visivel, ao que nós demónios diz respeito, é que neste festival não se ouviriam as doces melodias de Satã (vulgo Heavy Metal) - mas não era isso que lá me enviava, o que interessava mais a Maléfico era o estudo do comportamento humano, que me levou a conclusões interessantes e manifestamente optimistas quanto ao futuro da estupidez humana.

Tudo se iniciou rapidamente, um bilhete caído do céu, o rápido assumir de forma humana, e os cascos a caminho - sempre a tirar notas. O trabalho iniciara-se.

O que cedo agradou a Maléfico foi o caos que se gerou ainda a longos quilómetros se estava do epicentro do festival, o caos no trânsito, com carros parados e a certeza de se perder alguns concertos logo no primeiro dia fizeram com que os humanos começassem a mostrar sinais de irritação logo ali, foi bonito ver o desrespeito com que se tratavam mutuamente, ainda nem tinham saido do carro. Ultrapassagens pela berma, insultos, buzinadelas, algum desepero portanto, isto durante as 5 horas que se demorou a fazer os 30/40 km finais - aliado ao aspecto resignado com que viamos alguns energumenos ficar pelo caminho com os seus bólides avariados - foi bonito.

Chegando ao recinto propriamente dito, tudo melhorou aos olhos de um demónio, quase me senti em casa, não é que chegando ao local e com várias horas de música perdida (bem feito para quem comprou bilhete!) a visão se assemelhava ao Inferno na terra?! Uma neblina de pó denso encobria uma multidão de muitos milhares de pessoas que enchiam um espaço sub-dimensionado e que se encavalitavam, chocavam e vagueavam em todas as direcções. Isto enquanto a desculpa para todos nos encontrarmos ali (a música) ia sendo debitada nos dois palcos com um som sofrível (ia e vinha parecendo ao sabor do vento) o que foi capaz de irritar o mais sofredor dos amantes de música ali presente.

Nos dias seguintes tudo melhorou - o lixo acumulou-se. Toneladas de lixo por todo o lado, os recipientes próprios cheios, partidos, a transbordar e a serem engolidos por volume de lixo quatro vezes o seu tamanho. Sendo então possível verificar na zona do campismo como o ser humano consegue conviver de livre vontade (ainda pagando para isso, note-se) com a imundice e o nojo. Adicionado ao facto de a organização fazer questão que todos os que mais conviveram com o pó e o lixo tivessem extrema dificuldade em aceder a água para a sua higiene pessoal - suspeito que fosse algum colega nosso encarregue deste departamento.

Se na zona de campismo, as pessoas dormem com lixo, na zona de alimentação, as pessoas comem com lixo. O único sitio onde era possível sentar, sem ser na areia/chão desconfortável, era um local diminuto onde as 40 mil pessoas convergiam incessantemente. Tudo a comer por cima dos restos de alimentação de dezenas de pessoas, isto durante três dias de comilanço guloso, que isto de festivais dá fome e, infelizmente, o pó não alimenta ninguém.

A música sofrível (vários milhares de pessoas foram obrigadas a assistir a anomalias como The Gift) aliada a condições deploráveis - o mau génio latente em toda a gente começa a a vir ao de cima. Para exemplificar, após o presenciamento de várias pessoas a exigir boa educação aos berros depois de muitos encontrões e calcadelas, o momento mais hilariante foi mesmo o de uma cândida rapariga a ameaçar calcar todos os que não se levantassem do seu caminho, algumas pessoas sentadas, dificuldade em contornar e os berros: "Se não se levantam calco todos!!!, estou farta disto!!", alguns indicadores que um esganaço podia vir a caminho e tudo ficou sanado com uns olhares de ódio. Era este o ambiente festivo que se viveu, e que descambaria em mortes e batalhas campais se mais dois ou tres dias de festival existissem.

Basicamente foi isto, dir-se-ia estarmos num dos circulos do Inferno a que chamamos casa. O acesso a cerveja era fácil, no meio daquilo tudo assistiu-se a dois ou três concertos fenomenais (de um demónio lhes tirar o chapéu) e a conclusão que tiro e que muito me agrada, tem a ver com o espírito. O chamado espírito festivaleiro que há uns anos podia ser descrito como o passar de uns belos dias na natureza, com condições básicas de campista, a conviver e a assistir a música de artistas adorados ou por descobrir, agora ter-se-á transformado em passar uns dias no lixo e pó, a fazer filas para ter brindes em circos montados ao redor de vários palcos onde por acaso se ouve música.

Li que a organização considerou este evento como um sucesso completo e que jurou a sua continuidade no mesmo local por muitos e bons anos. O que me apraz muito e faz soltar uma gargalhada sonora já antecipando o sofrimento dos energumenos que lá voltarão ou irão, incautos, pela primeira vez. Só vou é pedir ao Sr. Satanás para não me enviar para lá outra vez, nunca mais, por favor.

P.S. - O meu conselho ao idiotas que insistam em falar no "espirito de festival" como razão para se aguentar condições deste género é que mergulhem de cabeça numa das poucas casas de banho disponiveis no recinto - qualquer uma, escolham.

P.S.1 - Houve música, é verdade, como mencionado no texto. Poderei debruçar-me mais sobre este aspecto se o colega mafarrico assim o desejar. Existiram alguns aspectos para louvar e desejar repetir, mas também muitos para ridicularizar e fazer suspirar pelo nosso querido Heavy Metal que nunca nos deixa mal.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

E o melhor guitarrista do mundo é...


Muitos teem sido os galardões atribuídos por unanimidade na Masmorra, a seres que se destacam pelas suas características e/ou prestações demoniacas e que de alguma forma contribuem para o alcance dos objectivos da nossa Organização. Assim, e com o quórum de 1 elemento garantido, foi deliberado atribuir ao guitarrista Paulo Barros o título de melhor guitarrista do mundo e de sempre. Esta decisão foi tomada na sequência do concerto do passado dia 16 no Hot five, dos Barros e Moura, a que mafarrico assistiu. Enquanto isso, outros elementos da mesma estirpe, assistiam a prestações de bandas ditas menores em um qualquer festival veraneante de surfistas. Enfim...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

ref. discografica nr. 666 - se uma unha incomoda muita gente ...

... 20 unhas incomodam muito mais!

É com este adágio infernal que retomo os caminho diabólicos das nossas referências discográficas. E já agora, aproveito outro dizer popular, que é "Povo que à referência masmorrenta não atenta, no inferno os glúteos esquenta!" ou qualquer coisa neste efeito.

A referência que ora vos apresento não é de pouca monta, é simplesmente o melhor disco da década de 00 do séc. de 21, não é algo que se diga de ânimo leve, bem sei, mas é a mais pura verdade e um Demónio nunca mente. Este galardão infernal foi atríbuido após grande deliberação de todos os sábios do Inferno (i.e. Mafarrico e Maléfico) - se bem que Mafarrico talvez não lá tenha estado - sendo (após acessa votação), unânime que deveria ir para um agrupamento oriundo do país vizinho àquele em que a Masmorra está sediada fisicamente.

"De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento" dizem, repetidas vezes, alguns energumenos que por ai andam, uma frase que após dissecada se verifica excluir os lançamentos de discos Heavy Metal, o que é bom, porque assim temos coisas como o disco aqui refernciado. Espanha!, o que nós nos divertimos quando lá passamos aquelas célebres férias, sempre de fones nos ouvidos e Walkman no cinto - A Inquisição Espanhola! ainda hoje lhe chamam os que se lembram.

Estávamos em 2004 (que curiosamente é o ano 666 no calendário de Maléfico) e o trio Moho lembrou-se de gravar um conjunto de músicas a que chamou "20 Uñas" - que na lingua de Cervantes, e portanto deles próprios, quererá dizer qualquer coisa que agora não estou a conseguir decifrar. E é pura e simplesmente, o melhor petardo metálico lançado para o ar neste século tão cheio de ruidosos petardos. 6 músicas tão diversas como tomos épicos de 9 minutos (...e até mais) e murros no estômago de 2 minutos e meio, estamos a falar de algo como o exemplar Culebra (com os seus riffs arrastados que provocariam uma defecação colectiva aos membros dos Electric Wizard), e evidentemente o furioso e simplesmente entitulado Punk, que não poucas vezes, quando exímiamente apresentado ao vivo, provocou à audiência uma vontade desenfreada de arrancar a cabeça de quem estivesse ao seu lado e a atirasse para o palco (isto aconteceu várias vezes e está documentado).


Não querendo etiquetar a sonoridade destes Moho, não é todos os dias que uma banda pode ser catalogada de Stoner/Grindcore/Doom, mas eles são isso tudo ... e muito menos!

Dito isto, é fácil e largamente consensual lançar o veredicto : Diabito que nunca tenha ouvido este disco, está-se bem a ver, é um pobre coitado que tem na sua vida uma fraca desculpa para ser pouco mais que um idiota.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Russian Circles + Boris no Hard Club Junho 2011


No preciso momento em que Mafarrico colocou o 1º casco no interior da sala 2 do antro a que deram o nome de Hard Club, o Sr. Dave Turncrantz iniciou o set dos Russian Circles rufando nos seus tambores o intro de Harper Lewis.
Com um gesto magnânime Mafarrico respondeu, agraceando a banda por esta singela homenagem e libertando os presentes para que pudessem, agora sim, prestar atenção ao evento que acabara de ter início.
E que evento!
Tirando as outras duas vezes, esta foi a primeira vez que Mafarrico assistiu a uma prestação ao vivo deste agrupamento pós-rock de Chicago. E mais uma vez não houve espaço a desilusões. Os RC são um trio musical do mais simples que há em todas as perspectivas possíveis uma bateria, um baixo, uma guitarra, nada de vocalistas, nem conversa, e muito menos idiotices cénicas despropositadas. Apenas a banda e a sua música. Sem falhas.
Não é por acaso que o Sr. Satanás tem prestado mais atenção a este genero musical
ultimamente. Pode ter algum handicap pelo facto de ser instrumental e ser dificil passar mensagens subliminares subversivas (só com os olhos), mas o espírito maligno daqueles riffs e ritmos prevalece e o objectivo almejado é sobejamente atingido: mais almas torturadas, rendidas ao poder da besta cornuda.

Após aproximadamente três mil, setecentos e oitenta segundos de actuação, em que proporcionaram aos presentes a audição do set-list que se segue: Harper Lewis, Geneva, Youngblood, Philos, Carpe, 309 (novo tema), Malko, Station e Death Rides a Horse, os RC que pelos vistos vão ter novo album um ano antes de Outubro do próximo ano, deram lugar aos senhores que se seguiam: os Boris.

"Quem são os Boris?", perguntou Mafarrico a um infeliz que se encontrava ao seu lado, que antes de desfalecer e cair fulminado de terror, ainda teve tempo de balbucinar uns sons dos quais Mafarrico conseguiu discernir que "Boris é uma banda japonesa conhecida por mudar a sonoridade musical de álbum para álbum. Exemplo de gêneros musicais que a banda já tocou: Drone doom, stoner rock, rock psicodélico, rock alternativo, ambient music e recentemente, apenas o rock and roll. O nome da banda vem de uma música do The Melvins chamada Boris do álbum Bullhead, lançado em 1991."

De toda a prestação destes nipónicos do Japão, Mafarrico irá concerteza para sempre reter alguns elementos na sua nunca finda memória, 1. o baterista, de seu nome Sr. Atsuo, é um poser com tiques de glam rock, 2. os Boris têm uma guitarrista, 3. o baterista lançava pequenos gritinhos irritantes, 4. dos 75 min da sua performance os ultimos 25, foram gastos com uma extensa e monótona balada que induziu um sono latente em quase todos os presentes (mm dos que estavam a gostar), 5. o baterista usava luvas pretas, laca e baquetas pretas com pontas brancas fosforescentes, 6. os Boris até tocam bem o Rock'n'Roll mas as músicas não são do Demo, 7. o baterista, depois da actuação do Sr. Turncrantz dos RC, parecia que estava a tocar em câmara lenta.

De nota o facto dos Boris (ou melhor o Sr. Atsuo) se fazerem acompanhar de um enorme gongo, estratégicamente colocado no centro do palco, nas costas do referido senhor. Mafarrico esteve particularmente atento a este adereço e à utilização que lhe foi dada. Penso estar em condições de garantir a todos os interessados que o número de vezes que tal instrumento foi utilizado não chegou a três. Dado o peso e a dimensão do referido objecto e com as proporcionais repercussões que tal normalmente tem nos custos de transporte e considerando ainda que o mesmo terá vindo do Japão (que é longe), julgo ser legítimo considerar que a decisão (provavelmente do Sr. Atsuo) de trazer tal adereço é estupida.

Finda a actuação dos Boris, Mafarrico retirou-se saciado com mais uma excelente noite plena de rock'n'roll, apenas tendo como "ponto a alterar" o facto de não ter cabido aos Russian Circles o headline da noite.

domingo, 12 de junho de 2011

Entombed @ Hard Club 11Jun11


Bom, após um breve interregno motivado por motivos, já sabemos qual a música que se esvai actualmente do pesaroso sistema sonoro que sustenta e mantém altivo o Pandemónio.

O Sr. Satanás, porventura por achar que pudessemos estar a desviar-nos do caminho errado, enviou alguns dos seus esbirros mais fiés, para nos recordar qual a verdadeira essência da sua mensagem.
Mas mais do que isso, Ele próprio compareceu no local onde se deu a sessão de esclarecimento, só com direito a respostas, sem perguntas.

E foi sem grande espanto nem admiração, que Mafarrico e Maléfico, testemunharam a magnifica e magnânime prestação dos Entombed, mestres suecos do Death'n'Roll, essa pérfida simbiose entre a brutalidade do death metal com o groove do rock'n'roll. Sempre com a presença bem visível do Seu vulto em fundo e a pairar sobre as nossas cabeças, prestes a fazer rolar algumas caso a coisa não corresse na imperfeição por Ele desejada.

Tudo aconteceu ontem no Hard Club, que continua assim a fazer juz à sua fama de local de culto à musica das tribos alternativas.

Com um setlist composto por 18 temas e baseado nos primeiros trabalhos da banda (Clandestine (92) e Wolverine Blues (93) foram as principais fontes da contaminação, com 5 e 4 temas respectivamente), os Entombed traziam instruções precisas sobre como abrir mentes, arrancar cabeças e assim reavivar as consciências mais obliteradas do verdadeiro espírito do nosso Senhor.

O evento teve na sua abertura o tema Eyemaster para não haver dúvidas ao que os Entombed vinham: riffs do Inferno e ritmos do Diabo.
Clássicos como Living Dead, Sinners Bleed ou Left Hand Path encheram os presentes de amargura e fizeram rejubilar o mais contido dos demónios.

Mas o pico máximo da apóteose deu-se aquando do primeiro encore, com os incontornáveis Chief Rebel Angel e Demon. Uma forma simples e erudita que os Entombed encontraram de comunicar aos seus seguidores que ainda são uma banda do C@#&lh0 e que é esta a verdadeira música do Demo.

A coisa terminou com o épico (no mau sentido) Out of Hand, e coisa rara nos dias de hoje, com a banda a mostrar-se imune a qualquer sindrome de pedantismo e a vir cumprimentar os presentes com apertos de mão, cachaçadas e violentas cabeçadas.

E Ele, sempre ali... a ver...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O Ultimo Programa da Masmorra Infernal do Sr. Satanás

Depois desse que foi efectivamente o ultimo programa da Masmorra Infernal do Sr. Satanás na Kitschnet R@adio, muito por causa do facto desta última ter cessado actividade radiofónica (desta vez não foi um trabalho do Demo), eis que surge o seguinte e ultimo programa da Masmorra.

O conceito, apesar de profundas alterações, mantem-se intocado.
O set-list:

Corrosion of Conformity - over me @ america's volume dealer;
Mastodon - sleeping giant @ blood mountain;
Liturgy - glory bronze @ aesthethica;
Celeste - (s) @ morte(s) nee(s);
Agalloch - ghosts of the midwinter fires @ marrow of the spirit;
Alcest - sur l'ocean couleur de fer @ écailles de lune;
Caspian - the raven @ live in dc;
Saxon Shore - tokyo 412am @ it doesn't matter;




quarta-feira, 11 de maio de 2011

Ataque nostálgico infernal

Mafarrico e Maléfico tiveram uns anos formativos e de adolescência em cheio, se por isso entendermos não ter amigos, e nada fazer além de manter um olhar fixo para uma qualquer tv e o dedo rápido no botão pause do comando de um qualquer VCR conectado à mencionada TV. O que fazíamos nós nesse estado aparentemente alheado? Esperavamos um qualquer vislumbre de uma banda heavy metal para que a sua performance na televisão ficasse gravada em cassetes VHS, para que mais tarde as pudessemos rever até à nausea.

Foram 40, 50 cassetes de 120min, 180min até por vezes de 240min. preenchidas semana após semana por videoclips, actuações ao vivo e entrevistas que ficaram gravadas nas fitas cada vez melhor preenchidas dado o melhorar dos reflexos do dedo pause ao longo dos tempos. Eram dias pré-internet, talvez agora seja difícil entender esses diabólicos adolescentes que não arranjavam nada melhor que fazer do que deitar no sofá à espera do tão aguardado tempo de antena demoníaco, mas eles lá sabiam. O saudoso Headbanger's Ball era um tesouro, mas também éramos surpreendidos aqui e ali por clips em programas onde tal não era expectável. O que renovava a força anímica para mais umas temporadas de comando em punho.

Feito este exercício nostálgico, talvez só Maléfico e Mafarrico, sintam a verdadeira dimensão de rever o video que se segue, e se questionem, onde andam essas cassetes?

segunda-feira, 2 de maio de 2011

XIV SWR Barroselas Metalfest - Venom, o Concerto

De regresso ao recinto e já completamente refeitos do violento choque a que tinham sido sujeitos, M&M posicionaram-se para mais uma prestação musical. Desta vez foram mesmo lá para a frente, junto ao palco, num local vago e com excelente visibilidade sobre e, do mesmo. Apenas os incautos poderiam achar estranho o facto de esse lugar estar ali à disposição de M&M. É que os Necros Christos, sabendo da presença de M&M terão solicitado que estes tivessem um tratamento priveligiado. Mal a banda alemã, praticante de um som que anda ali entre o Doom e o Black Metal, começou a tocar os primeiros e poderosos acordes, as não menos poderosas colunas a que M&M estavam encostados, começaram a reverberar causando uma surdez subita a todos os que se encontravam nesse ponto, i.e., a M&M, uma vez que mais ninguém se tinha chegado tão perto, por certo pelo temor que sabemos estes seres instigam aos demais.

Após alguns breves minutos, em que conseguiram manter uma altivez e um olhar aprovador, M&M retiraram-se cá para trás com o pretexto de que se impunha uma colocação estratégica em frente ao palco principal, onde os Venom iriam dar a prestação mais aguardada da noite.


Mal a prestação dos NC terminou, a multidão em furia começou a posicionar-se para esse que seria o grande momento da noite: a actuação dos Venom!

Quem já esteve num concerto de Heavy Metal, sabe que há dois momentos chave neste tipo de actuação, principalmente quando se tratam de bandas históricas: a entrada em palco dos artistas e a interpretação daquele tema que de alguma forma é considerado o mais marcante do set list. São momentos que põem a multidão em fúria descontrolada e ficam para sempre retidos na memória como momentos épicos.

Ora, sabiamente, os Venom optaram por fazer um 2 em 1. Escolheram para abrir, o velhinho tema (29 anos...) Black Metal, talvez uma das músicas mais icónicas desdo o início primordial do Heavy Metal, início esse de que os Venom fizeram parte activamente.


E foi assim, que sob a pressão da enorme expectativa da multidão que havia confluído aquele local, que havia aturado dezenas de outras bandas, aguentado estoicamente o longo caminho até aquele ermo que é Barroselas, saciado a fome com as porcarias das barracas, foi assim dizia eu que se deu o grande.... fracasso da noite.

O som falhou.

De potencialmente épico, o instante passou a ser realmente patético. Cronos, vestido com umas roupas que faziam lembrar uma mistura entre um sem-abrigo e um drag-queen, com idade para ser o pai dos outros dois elementos da banda e avô da maioria da multidão, saltou para o microfone e começou a vociferar, em silêncio, a letra do hino satânico de eleição. Apenas se ouvia o torpedear incessante da bateria e os acordes da guitarra um pouco ao longe.

Após uns segundos que mais pareceram uma eternidade no Inferno, o som lá voltou, mas completamente desajustado de tão alto que estava. Parecia que o pessoal da mesa de som, tinha ido para os copos e deixado uns demónios tresloucados a mexer nos botões.


Na impossibilidade de manter a posição, até então defendida arduamente contra o violento mosh que se formou por entre a multidão, M&M não tolerando mais os violentissimos decibeis que estavam a ser descarregados sobre a insensivel trupe, afastaram-se do epicentro da violentissima prestação musical e procuraram um local mais aprazivel de onde pudessem testemunhar este momento único nas suas carreiras de Demónios dissiminadores da música do Demo.


Os Venom prosseguiram calcorreando um set-list mais ou menos previsivel, sem grandes surpresas. Há parte de algumas acções de stage diving levadas a cabo por alguns elementos mais tresloucados, incluindo uma galinha gigante, o concerto não teve grandes momento altos.

É verdade que os Venom até são uma das bandas no activo, mais marcantes da historia do Metal, mas ao fim de 30 anos de carreira o tempo torna-se implacável! A formula está gasta.


Para a posteridade fica esse momento da desgraçada reunião em que Cronos fica a conhecer M&M.

XIV SWR Barroselas Metalfest - A Blasfema Trindade,

Foi assim que durante a actuação dos MC, que M&M sentiram algo no ar, que não era suor rançoso, fumo de ervas diversas nem gases intestinais anónimos. Após uma rápida troca de olhares e um aceno de confirmação, dirigiram-se à saída do recinto atravessando as hordas que se acumulavam desordeiramente entre eles e a primeira.

Já cá fora e cientes do chamamento do Sr. Satanás, percorreram as imediações do recinto em busca do sinal da sua marca. Seguindo uma estranha e encriptada sinalética, qual Estrela da Manhã a brilhar nos céus, em forma de setas impressas em folhas A4 coladas de forma sequencial com os dizeres “Meet & Greet”, vislumbraram uma ofuscante luz que mais não era do que a iluminação artificial de um anexo ao recinto principal. Desse anexo, a fazer lembrar um estábulo da antiga Galileia, saía uma extensa fila de devotos metaleiros que, quais pastores dos montes Sinai, aguardavam a sua oportunidade para O verem, trazendo as suas oferendas.

Num rapido e sagaz pensamento a dois tempos, M&M perceberam! Lá estava Ele, o terceiro elemento, aquele pelo qual tinham sido convocados a este desgraçado local, a terceira ponta do tridente que nesta noite, estava escrito, iria refulgir e espalhar o caos e a desordem: Cronos, ancião fundador dos Venom, criador do Black Metal, detentor das mais altas insignias do Sr. Satanás e de um dos cortes de cabelo mais risiveis da historia do Metal!


Com o peito cheio de violência e urrando de raiva, ultrapassaram tudo e todos, aguardando ordeiramente pela sua vez.

O que se seguiu, não será do entendimento da esmagadora maioria dos que possam ler estas linhas. A energia maligna que se libertou desta reunião blasfemica, atingiu niveis nunca vistos nem descritos na Masmorra Infernal do Sr. Satanás! Após um rapido cerimonial de reconhecimento entre as partes, seguiram-se os ritos satânicos habituais: apertos de mão voaram, fotografias foram mesmo tiradas a sangue frio e há quem tenha sobrevivido para relatar os profanos mantras que foram entoados, tais como: “hello”, “how are you”, “thank you”....



Cronos, senhor de uma provecta idade, que apesar de não parecer, nota-se bem que a tem, não aguentando o confronto emocional deste encontro de tão alta estirpe, pede a M&M que se retirem para que possa retemperar energias. Além disso a fila de subditos, ansiosos por uma troca de olhares, alongava-se atrás de nós.

XIV SWR Barroselas Metalfest - A Chegada


Sábado, dia 30 Abril de 2011, são 20h00.

Uma pequena localidade minhota de seu nome Barroselas está prestes a converter-se num portal de acesso ao Inferno. Dentro de breves instantes, neste local escolhido pela organização do XIV SWR, fustigado por um temporal de uma murrinha irritante, confluirão algumas das forças mais malignas que alguma vez puseram os pés neste vil planeta. Mafarrico e Maléfico (M&M) irão medir forças com um dos grandes anciãos da música do Sr. Satanás.


M&M, instados pelo Sr. Satanás a comparecerem como seus embaixadores, uma cortesia para com a organização, chegam ao local sem grande pompa nem circunstância, como é seu apanágio. Rapidamente ingerem uma quantidade significativa de alimentos e líquidos nas rulotes habituais, apresentam o salvo conduto de que são portadores e são agraciados com uma fria e desleixada recepção por parte dos que ladeavam as portais de acesso à grande tenda, onde decorriam já algumas actividades. De notar que Maléfico, temido estratega, dotado de invulgares dons de planificação de movimentações insidiosas e elevado secretismo, havia-se assegurado com a devida antecedência de que o ritual teria lugar fora de portas, i.e., sob uma copiosa chuva que iria flagelar os tenazes espectadores. Por isso, M&M, de forma a evitar serem denunciados pelas nuvens de vapor que seriam libertadas pelo contacto da gelada chuva com os seus escaldantes corpos, apresentam-se cobertos por camadas de tecidos especial, vulgo, impermeaveis.

Assim, completamente camuflados pelas suas vestes à prova de chuva, dentro da enorme tenda que servia de recinto, e que acolhia uma pequena vasta multidão em t-shirt, M&M são saudados pela 1ª banda que teve a honra de os receber: os Filli Nigrantium Infernalium (é assim que se escreve)!

Nada a dizer sobre esta banda de qualquer coisa – Metal. Rapidamente, tomam a corajosa decisão de efectuar uma retirada estratégica até à viatura que havia ficado parqueada no exterior (não havia sido convidada), e assim vêm-se livres das pesadas vestes que lhes prendiam os movimentos e entorpeciam os cerebros. A verdade é que dentro da tenda não chovia.

Novamente no interior, já mais soltos e com os cérebros na mesma entorpecidos, M&M testemunham, impávidos e frios, quais torres de vigia, a prestação dos Web, mais uma banda portuguesa que arranca alguns comentários aos doutos representantes do Sr. Satanás: a saber, a antiguidade da banda e a cara alucinante do guitarrista, cuja calvice extrema não o impedia de fazer um tresloucado headbanging com as longas madeixas que lhe pendiam das laterais cranianas. Um espectaculo dentro do espectaculo.

Ainda a coisa estava morna, apesar de M&M pressentirem que o grande momento da confluência de negras energias se aproximava, quando subiu ao palco a 1ª grande surpresa da noite: os Finlandeses Taake! Digo Finlandeses, porque apesar de serem naturais da Noruega e envergarem a bandeira nacional deste país como se de uma cruz invertida se tratasse, a palavra Finlandeses é mais facil de escrever do que Noruegueses apesar de terem ambas 11 letras. Dizia eu, esta banda de Black Metal finlandesa (da Noruega), cobertos de corpse painting e portadores de uma gigantesca bandeira da Noruega, faz uma teatral entrada e dá inicio a um espectaculo que, convenhamos, foi digno de nota. Praticantes de um black metal bastante original, o que não é muito vulgar dentro do género, os Taake foram bafejados pela sorte ao verem Mafarrico baptizar o seu insólito som como Black'n'Roll. Não destaco nenhum tema em especial, em grande parte por o discurso do vocalista na apresentação dos mesmos, ter sido totalmente ininteligivel.

Seguiram-se os Jesus Crost que conseguiram a proeza de não terem tido M&M na audiência, exceptuando os ultimos 30 a 40 segundos da sua actuação. Mas foram uns segundos de grande qualidade, há que dizê-lo.

Logo a seguir, após a enésima voltinha pelas bancas de vendas de t-shirts e cds, presença habitual neste tipo de cerimónias, eis que M&M se aprestam para ver um dos primeiros nomes grandes da noite. Os Malevolent Creation, são uma daquelas bandas, que apesar de já por cá andar há uns anos, facto bem notório pelas flácidas aparências dos seus integrantes, conseguem fazer exactamente o mesmo tipo de música, disco após disco, ad nauseum. Death Metal da velha escola, eventualmente sem falhas tecnicas, mas sem inovação nenhuma. Um bom entretenimento para demónios de baixa estirpe. Não para M&M.

Especial XIV SWR Barroselas Metalfest








Última emissão da Masmorra Infernal Do Sr. Satanás:


Especial XIV SWR Barroselas Metalfest
[Alcest - percees de lumiere@ecailles de lune;
[Ratos de Porão - aids, pop, repressão@brasil;
[Ratos de Porão - plano furado II@brasil;
[Ratos de Porão - expresso da escravidão@homem inimigo do homem;
[Cough - crippled wizard@ritual abuse;
[Voivod - the getaway@katorz;
[Venom - countess bathory@black metal;
[Venom - straight to hell@hell;
[Malevolent Creation - indivious dominion@indivious dominion;
[Evile - infected nation@infected nations;
[Satanic Warmaster - bestial darkness@Nachzehrer
[Atheist - mineral@elements;
[Atheist - live and live again@jupiter;

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Recordar é viver pt. 4

É tempo para mais um capitulo subordinado ao tema "Recordar é Viver", desta feita o tomo IV.

Como cantava o grande bardo Espadinha "Recordar é viver, só tu e eu", pelo que as recordações têm incidido em recordações duplas entre Maléfico e Mafarrico, mas espero muito em breve, no REV nº 5, recordar um dos muitos acontecimentos em que Maléfico esteve ausente para que ele possa também recordar o não lá ter estado.

Por agora, a recordação é da noite de nove de Outubro de dois mil e cinco no, entretanto demolido, Hard Club, a noite foi de Heavy Metal clássico,a puxar ao headbanging e ao vocifero a todo o pulmão dos coros, não voltei a presenciar algo parecido desde então.

Estivemos lá.


quinta-feira, 28 de abril de 2011

Cáraoque

Estive procurando por você há tanto tempo. Agora não vai mais conseguir sair de minhas garras.
Você tem vivido há tanto tempo, escondida por trás dessa máscara falsa.
E você e eu sabemos que isso não vai durar pra sempre.
Sua aparência e seus sentimentos é tudo o que restou do seu passado.

Você está substituindo as asas, enquanto espera a cortina cair.
Conhecendo o terror, possuindo você e a todos nós.
Sim, sei que vai me arranhar, aleijar e dilacerar.
Você sabe que estou necessitado do seu hipnótico ronronar.

Mantenha a distância, se afaste, não caia no engodo dele.
Não se perca, nem desapareça.
Cuide-se, ele saiu pra te pegar, é o que quer.
Não se perca, do caminho estreito.

Estou correndo e me escondendo em meu sonho vou estar sempre lá.
Você é o Fantasma da Ópera, é o diabo que está ai para apavorar.
Você prejudicou minha mente e minha alma flutua pelo ar.
Assombre-me, zombe de mim, em sua toca você me tortura.

terça-feira, 26 de abril de 2011

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mortos vivos em Manchester

Da ultima emissão radiofónica da Masmorra, a segunda integralmente dedicada aos trabalhos preferidos do ano 2004, destaca-se por nenhuma razão especial, este The Living Dead at Manchester Morgue, do album We Live dos Electric Wizard.

Os Electric Wizard são uma banda de doom/stoner metal inglesa, que não se cansa de invocar o Demo, de contar histórias de bruxaria e rituais pagãos e claro, de meter mortos vivos em tudo o que é musica.
Deram um grande concerto, no ano passado em Barcelos, no Milhões de Festa.







Última emissão da Masmorra Infernal do Sr. Satanás:



Um dos melhores programas de sempre na Masmorra!
Inicio em Grand Overture de Lemmy Kilmister numa dupla aparição neste segundo episódio dedicado ao ano de 2004.

Set List
probot - shake your blood @ probot;
motorhead - in the name of tragedy @ inferno;
megadeth - kick the chair @ the system has failed;
cradle of filth - absinthe with faust @ nymphetamine;
in flames - the quite place @ soundtrack to your escape;
danzig - 1000 devils reign @ circle of snakes;
helmet - crashing foreign cars @ size matters;
mastodon - blood and thunder @ leviathan;
electric wizard - the living dead at manchester @ we live;
old man gloom - sleeping with snakes @ christmas;
my dying bride - my wine in silence @ songs of darkness, words of light;
mouth of the architect - heart eaters @ time and withering;
isis - so did we @ panopticon;

O Sr. Satanás está satisfeito com um bom trabalho de Mafarrico!





sexta-feira, 15 de abril de 2011

F.undo M.asmorra I.nfernal

Em virtude do franco crescimento da hostes de seguidores da Masmorra em terras brasileiras, fruto obviamente do esforço nulo que os mentores deste projecto têm feito nesse sentido, foi-me solicitado que os agraceasse com um escrito que lhes fosse especialmente dedicado.

Ora, todos sabeis que a Masmorra dedica quase toda a sua energia a promover o trabalho do Demo, mais especificamente o das suas hordas ditas musicais. Neste sentido, a tarefa de lançar uma ponte sobre o oceano Atlântico, com o simples intuito de incluir as palavras Brasil, Satanás e Masmorra, num unico post, aparentava alguma dificuldade. Daqui ao Brasil são seguramente mais de 10km (a passar largamente) e o betão atinge preços exurbitantes nos mercados internacionais.

Mas o que seja uma dificuldade para um comum mortal, é para Mafarrico uma dificuldade ainda maior! Vai daí e Mafarrico optou por lançar uma ponte com 3 pontas para tornar o conceito mais inteligivel e de mais facil compreensão para todos.

Acompanhem-me então no meu raciocinio complexo:

PONTO I

  1. O Brasil é uma terra;

  1. Dessa terra saem pessoas;

  2. Essas pessoas (os brasileiros) gostam de música;

  1. Algumas gostam de música do Demo;

  2. Algumas (menos que as anteriores) além de gostarem de música do Demo também a tocam (bandas brasileiras fixes);

PONTO II

  1. Portugal é uma terra (pequenina);

  2. ii) Nessa terra há pessoas e há energumenos;

  1. No sub-grupo das pessoas há os que gostam de música do Demo;

  2. No sub-grupo dos energumenos há os que estouram o dinheiro todo sem se preocuparem;

PONTO III

  1. Para agradar ao sub-grupo referido em II-iii) vai ser organizado um mega evento Infernal;

  2. Nesse evento estaram presentes elementos caracterizados em I-v);

  3. Para compensar as estupidezes levadas a cabo pelas bestas mencionadas em II-iv) foi necessário invocar as forças das trevas, denominadas por FMI (Forças da Masmorra Infernal);


    Corolário da tese:

    RATOS DE PORÃO NO SWR BARROSELAS 2011 performing O F.M.I. NÃO ESTÃ NEM AÍ




    "Quando eles resolverem nos cobrar
    nosso território teremos que doar
    nossa divida externa não há jeito de pagar
    NÃO!!

    O dólar aumenta nossa divida também 2x
    e não há jeito de pagar
    e não adianta se desculpar
    o F.M.I. não está nem aí(2x)

    FMI 4x
    somos todos uns vendidos...."

    (in Crucificados pelo Sistema, 1984)


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Peter Steele 1962-2010


Peter Steele foi juntar-se ao nosso Maioral há um ano atrás. Por alguma razão, na altura não nos despedimos dele na Masmorra, mas, hoje, passado um ano, fica aqui o aceno que ele merece.

Se os Type O Negative foram em tempos umas das bandas favoritas de Maléfico (iam melhorando a cada disco que passava, por estranho que isso pareça), as letras e sentido de humor do seu vocalista ajudaram em muito no sempre formativo e ávido de novas ideias cérebro deste escriba. Considero ser dele o melhor nome de música alguma vez baptizada, a saber, IYDKMIGTHTKY (gimme that). Longe de ser este o seu único sucesso. proponho uma sucessão de ref. discograficas dedicadas a esta magnifica banda.

Ainda é difícil pensar que não haverá um novo tema ou disco dos TON neste mundo.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Uma vez escravo, para sempre escravo

É desta forma apoteótica que tem inicio o derradeiro programa radiofónico da Masmorra, desta feita o #16.
Os Polacos Behemoth abrem com o optimisticamente intitulado tema "Slaves Shall Serve", muito a propósito da simpática visita com que o FMI está a brindar as terras Lusas. Fica sempre bem recordar o lugar de cada um.

Às vezes apetecia que toda a música fosse assim:


segunda-feira, 11 de abril de 2011



Última emissão da Masmorra Infernal Do Sr. Satanás:

behemoth - slaves shall serve napalm death - war´s no fairytale napalm death - troops of doom bloodbath - outnumbering the day vader - dark transmission converge - you fail me cannibal corpse - festering in the crypt probot - centuries of sin hypocrisy - eraser samael - on earth callisto - blackhole cult of luna - leave me here neurosis - no river to take me home

Última emissão do Doutor Fausto:


orange goblin - your world will hate this trap them - evictionaries kvelertak - liktorn acid bath - finger paintings of the insane soilent green - sewn mouth secrets iron monkey - supagorgonizer unsane - take in the stray high on fire - 10,000 years rosetta - ayil converge - jane doe


quinta-feira, 7 de abril de 2011

O problema do Mal


Epicuro, nasceu em Samos, na Grécia, consta que cedo se terá revelado nas camadas jovens do clube de futebol local, daí até chegar a um dos grandes clubes da capital terá sido um tirinho. Passado um período de adaptação, Epicuro terá agarrado a titularidade, consta que foi mesmo o melhor marcador do campeonato na epoca 322/321 A.C, 319/318 A.C. e 318/317 A.C. Muito querido pela massa adepta "Allez ooooh allez oooh Epicuro faz um gooooool/Allez ooooh allez oooh Epicuro faz um gooooool" terá tido o seu momento alto quando, ao serviço da seleção helénica, marcou o golo solitário que deu o campeonato europeu de 318A.C., contra o anfitrião do torneio - a Macedónia. Tudo isto é hipotético porque, com o tempo se perderam as convocatórias dos jogos e rescaldos nos ínumeros jornais desportivos que então polulavam por toda a Grécia,

No domínio do hipotético fica também o trabalho filosofico de Epicuro, um lesão ainda cedo na sua carreira atirou-o para um sem-numero de contemplações e questões pertinentes das quais deixou mais de 300 obras, que, infelizmente se perderam até aos nossos dias. Esses pensamentos terão passado através dos séculos por "word-of-mouth" (como dizem os asiáticos) começando pelos seus seguidores. O certo é que, filosoficamente falando, o nome de Epicuro e seus pensamentos prevaleceram até aos dias de hoje (diz-se que ainda esta para aparecer alguém como ele no um para um frente ao guarda redes).

Uma das suas questões filosoficas, e a que mais nos interessa neste antro, é o problema do Mal. Deixo-a aqui no inglês não original, para que o colega Mafarrico a possa traduzir e depois (como grande sábio que gosta de aparentar ser) nos deixe uma resposta contundente e arrasadora de todos os dilemas.

Aqui está o Problema do Mal, de Epicuro:
“If God is willing to prevent evil, but is not able to
Then He is not omnipotent.

If He is able, but not willing
Then He is malevolent.

If He is both able and willing
Then whence cometh evil?

If He is neither able nor willing
Then why call Him God?”

Mafarrico, a palavra é sua!

Epicuro - camisola 7!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Última emissão da Masmorra Infernal Do Sr. Satanás:


Última emissão do Doutor Fausto:

labrat - hilary's song/rest among the silt iron monkey - big loader crowbar - like broken glass charger - god made us in the image of his ass converge - drop out cave in - the end of our rope is a noose buried inside - time as surrogate religion mouth of the architect - the violence beneath rosetta - absent

terça-feira, 29 de março de 2011

Última emissão da Masmorra Infernal Do Sr. Satanás:


Última emissão do Doutor Fausto:

tephra - chains and pounding hooves trap them - damage prose magrudergrind - cognition cough - a year in suffering black tusk - embrace the madness howl - you jackals beware zoroaster - ancient ones zozobra - the vast expanse the skull defekts - join the true amplifier - the chase

terça-feira, 22 de março de 2011

Tá tudo errado!

Dúvidas existem e dúvidas persistem. Existem dúvidas quanto ao numero de dias do festival SWR que serão agraciados com a visita de enviados especiais da Masmorra.

Uma visita destas a Barroselas não seria feita de ânimo leve, as gentes de Barroselas exaltar-se-iam com certeza e o uso do Masmorrobile com um itinerário de visita préviamente decidido seria o mínimo exigido à produção do evento. Mas ... estou a adiantar-me, primeiro é necessário decidir em que dias vamos. Depois do primeiro post referente a este dilema, e de várias reuniões conjuntas, tudo aponta para que a visita seja só feita no sábado à noite, para que seja possivel aos colegas Venom cumprimentarem-nos nesta que será a sua primeira visita ao nosso país.

Mas, o dia anterior tem os seus argumentos, os não menos diabólicos Ratos de Porão, por exemplo, estes irmãos brasileiros, vêm partir isto tudo e seria deveras interessante relembrar hinos do antigamente e testemunhar o caos que se desenvolveria defronte do palco, enquanto espetamos violentamente os cotovelos nas costas de uns amigos e/ou pisamos as cabeças de uns energúmenos menos prevenidos.

Penso que após a visualização do video seguinte as dúvidas se dissiparão ou persistirão, ou aumentarão ou diminuirão.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Que letra vem a seguir ao H?

Foi esta a pergunta que colocamos ao mundo infernal e a nós próprios no longínquo dia de 30 de Abril de 2008. Colocamo-la aqui.

A resposta tardou mas não faltou, e como que a provar que temos sempre razão, ela surgiu hoje em todos os mais conceituados orgãos de comunicação social - foi hoje revelado o título do novo LP dos Morbid Angel.
A problemática deste titulo, o seu interesse e a sua importância, tão bem explanados na mensagem de Abril de 2008, tem assim o seu final apoteótico. Fica a estranheza deste escriba quanto à razão pela qual o líder da banda não acarretou as suas ordens e nomeou o trabalho à revelia do que lhe foi indicado, mas para começar já pus o seu baterista Pete Sandoval fora de ação, obrigando à contratação de um substituto para a tournée deste ano. Mais retaliações irão acontecer com certeza, mas só após o concerto de Agosto que iremos presenciar, existindo até a hipótese - mediante a qualidade deste - de concedermos um perdão total quanto a esta falha.

Falta ainda confirmar se o trabalho, que agora merece a nossa atenção pelo fato de ter sido nomeado, merecerá tanta atenção pelo seu conteúdo. Mas, tudo tem o seu tempo, e esperemos pela altura em que os seus sons poderão ser apreciados no desconforto da Masmorra, nessa altura, tenho a certeza que, de uma forma parcial, iremos dizer mal de tudo o que ouçamos - tenhamos ou não razões para isso.

O tão falado título, que assim como que legitima o uso da letra i pela humanidade, é : " Illud Divinum Insanus". Illud Divinum Insanus é uma frase em latim que significa

terça-feira, 8 de março de 2011


Última emissão da Masmorra Infernal Do Sr. Satanás:
Última emissão do Doutor Fausto:
julie christmas - bow royal thunder - mouth of fire tephra - agra coffinworm - spitting in infinity's asshole harvey milk - i know this is no place for you keelhaul - the subtle sound of an empty milkshake u.s.christmas - in the night latitudes - braille the skull defekts - peer amid

quinta-feira, 3 de março de 2011

Doutor Fausto de Thomas Mann

Maléfico tomou em mãos o desafio de ler a obra Doutor Fausto escrita por Thomas Mann.
A sinopse desta obra é por todos conhecida, um compositor alemão celebra um pacto com o nosso Maioral (o Maligno, como ele lhe chama), à imagem do que fez o Fausto original, para que tenha tempo de vida e inspiração suficiente para terminar as obras-primas que tem em mente. Isto, durante o atribulado momentum mundial, em que a alemanha nazi toma forma e se levanta contra o resto do mundo. Chega e sobra para 700 páginas, dirão os mais optimistas, e na verdade, dito assim parece o melhor livro do mundo - música, o Diabo, violência a atrocidades. Tudo coisas que nos dizem muito.

Levei o meu tempo a ler e assimilar tudo o que está escrito nessas páginas, e devo afirmar categoricamente: Que seeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeca, chato, chato, chato. Bocejo gigantesco atrás de bocejo gigantesco, é só voltas e voltas, não se percebe onde é que o homem quer chegar com tanta conversa, personagens que não interessam a ninguém, páginas atrás de páginas a divagar acerca de teoria musical e sabe-se lá mais o quê. Só dá vontade de dizer "Tómas, man? What were you thinking?". Mas lá continuei lendo, pressentindo que o final seria recompensador, senti que no fim tudo iria encaixar e lançar uma luz sobre estes meses de leitura. Tal não aconteceu.

Só me resta deixar umas palavras de conselho, se quiserdes ler este trabalho. Passo a enuncia-lo: Lede o primeiro parágrafo deste mesmo post, depois abride o livro e saltai algumas páginas para o capítulo 25, esqueçam o que está escrito até lá (à confiança), este capítulo é onde se faz a simpática aparição de nosso Mestre. Depois saltem as próximas 300 páginas até ao final, leiam o último capitulo, o que não explicar lá é porque não interessa. Falta o epilogo, saltem isso também e leiam a nota final do autor, que só tem cinco linhas e assim têm o prazer de virar a última página. Está feito.

quarta-feira, 2 de março de 2011

As redes sociais

Caros,

mantivemo-nos na crista da onda do avanço tecnológico ao longo dos séculos. O nosso plano de domínio mundial sempre se alavancou em tudo o que nos pudesse dar visibilidade para com os humanos.

Quem não se lembra das formas tão originais e até engraçadas como o fizemos? Poderia descreve-las aqui, usando exemplos que se adequassem a diferentes séculos e sempre com a Masmorra como motivo, mas ... não tenho tempo. Por isso imaginai-o vós que vos lembrais, e ride-vos sós.

Chegou, pois, a altura de nos embrenharmos nas redes sociais da internet, um veículo extraordinariamente produtivo para espalhar o mal pelo mundo. Inimigos, juntemo-nos ao Hatebook:

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011


Última emissão da Masmorra Infernal do Sr. Satanás:



Última emissão do Doutor Fausto:

tephra - how the west was lost tephra - city immersed in dust general lee - torches rwake - crooked rivers trap them - carnage incarnate doomriders - knife wound bison b.c. - stressed elephant manatees - hyperion altitude ocoai - breatherman

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Bem Vindos ao Inferno (uélcame turrél)

A relação desta Masmorra com os festivais do Heavy Metal é conhecida de todos, onde vamos a destruição é total.

Foi assim com o defunto Caos Emergente (que nunca mais recuperou), poderia ter sido assim com o Vagos (temos de lá voltar este ano para terminar o massacre), e heis que aparece no panorama musical um novo festival para nós enterrarmos os nossos pontiagudos e sedentos de sangue dentes caninos.

Este novo festival é o SWR (Steel Warriors Rebellion) em Barroselas, que já vai para a sua XIV edição (tenho para mim que ha 14 anos atrás o nome pareceu bom), este ano e em jeito de desafio para com o tridente avançado deste blog decidiram escalonar bandas que Maléfico e Mafarrico (pelo menos) têm de ver, entre outros estão Voivod, Atheist, Today Is The Day, Sourvein, Soilent Green, Cough, etc. e tal e mais alguns ...

No topo da parte de cima, estão os britânicos Venom. Ora os Venom não fazem nada de jeito desde 1984, mas por qualquer razão, qualquer servo de Satanás sente-se atraido para um concerto deles, é tipo a meca dos seguidores do Demo, tem de se lá ir pelo menos uma vez, e desta vez a montanha vem a Máomé, se é que me percebem. Acho que tudo isto tem a ver com o facto do front man desta banda ser afilhado em terceiro grau dum conhecido da prima do irmão do cunhado do próprio Belzebu.

Tão estúpido quanto este último parágrafo, ou ainda mais, é o rácio preços dos ingressos/alinhamento diário do festival. É que ir a um dia com estes preços fica um pouco abaixo da qualidade exigida para tal montante, e ir aos três dias se bem que melhore o tal rácio, fica mais caro em termos brutos, e ocupa 3 preciosos dias que poderíamos gastar a disseminar o mal por outras aldeias.

Há que reflectir, e decidir se é este ano que vamos lá destruir aquilo. Entretanto, fiquemos com um trailer:

SWR14 - teaser 1 from SWR inc. - sonic events on Vimeo.