
O que dizer deste novo trabalho dos Katatonia?! Nem uma só vez, ao longo dos 12 longos temas que compõem este álbum, são mencionadas as palavras Hell, Satan ou mesmo Devil... Sendo este um teste decisivo para que uma obra musical seja digna de uma referência discográfica na Masmorra (e como eu queria mesmo escrever qualquer coisa, porque comprei o cd), restou-me expor a dita obra a um segundo, não tão exigente teste, mas que poderia anular a eliminação sumaria do trabalho desta banda de referência.
Assim juntei todas as letras de todas as 12 musicas – 1.288 no total- e nelas consegui decifrar a mensagem encriptada: A Masmorra Infernal do Sr. Satanás!
Penso que assim, os caros colegas já se permitiram ler este breve trecho que aqui deixo.
Os Katatonia são Suecos! Isto juntamente com o facto de serem uma banda heavy, já cria grandes expectativas em relação a qualquer som que possam emitir. Ainda mais que os Opeth dizem-se seus fãs (ou que eles são fãs deles... não me lembro) e isso, caros colegas, é digno de nota.
Para além disso, no passado Verão terrestre, estes senhores tiveram o privilégio de me verem a assistir a um concerto deles, sendo que corresponderam em grande nível às expectativas neles depositadas, tendo sido mesmo alvo de uma menção honrosa Masmorrenta.
Quanto a este álbum, para além das 1.288 palavras distribuídas pelos 12 temas, da ausência dos termos referidos, pode-se dizer que é um bom álbum (eh...). A verdade é que não surpreende em nenhum aspecto: a fórmula musical é a mesma de álbuns anteriores, com a vertente de música ambiente a sobrepor-se à agressividade das guitarras, a aderência a técnicas sonoras mais usadas pelos Opeth é manifesta e as sequências melodiosas encadeiam-se sem grandes virtuosismos técnicos. Gosto bastante!
Difícil destacar uma faixa, mas não arrisco muito se disser que o tema “Idle blood” será o hit e que o mais pesado é o de abertura “Forsaker”. Este ultimo levanta a questão, que julgo pertinente: porque é que as bandas heavy, quando decidem fazer algo de diferente e inovador (ainda que lamentavelmente) põem sempre a música mais pesada a abrir? Enfim... soa-me a falta de coragem.
Como pontos de referência, mantêm-se a imagem gótico-depressiva da art-work que juntamente com a imagem sónica, instiga sentimentos de melancolia e tristeza, até na mais dura das pedras da calçada.
Desta vez não deixo o famoso link para obídiu ilustrativo. Procurem V/Ex.as. que eu numtenhutenpu
Let them inherit this fire