terça-feira, 25 de agosto de 2009

Codex Gigas

É sabido que aproveitei a época de férias para visitar, incógnito e sob disfarçe, um pais nórdico sobejamente conhecido por todos e que não irei nomear, de seu nome Suécia.

Eis que enquanto passeava pelas grandes e irritantemente limpissimas avenidas senti um chamamento, é isso ai meus irmãos, senti um chamamento tão forte que todo o meu auto controlo e vontade em não trair a minha verdadeira natureza sofreu uma grande provação. Atento a não provocar desastres de grande dimensão decidi seguir este chamamento, curioso onde me iria ele levar. Sentia as forças que me rodeavam cada vez mais fortes, enormes, gigantescas, até que entrei no edificio baptizado de Kungliga biblioteket. Neste edificio a presença Dele era inegavelmente fortissima pelo que dei por ali uma volta a ver se via alguma coisa.

Não vi nada de especialmente maligno, a nao ser um tipo a tirar fotografias a um livro às econdidas, mas senti a presença fortissima da maldade e como que comunguei com ela silenciosamente até que satisfeito me vim embora.

Após (ou terá sido antes?) este acontecimento pesquisei tomos ancestrais (o guia) na procura de decifrar o mistério e descobri com muita felicidade o que me tinha atraido com tanto poder. Era isto :

(faltam imagens)

A Biblia de Satanás, encontra-se fechada nas catacumbas da Biblioteca de Estocolmo. É, como não podia deixar de ser, o maior livro do mundo e foi escrito por um colega monge que, tendo quebrado (claro!) as regras do seu mosteiro foi condenado a uma pena particularmente horrivel. Alcançou clemencia assegurando aos seus superiores que escreveria da noite para o dia o livro de maiores dimensões alguma vez escrito no decorrer dos tempos. É claro que tal tarefa era impossivel pelo que fez uma pacto com o nosso Maior, que logo pegou na pena e lançando mãos à obra salvou a vida ao monge pecador, escreveu o que ainda hoje é o maior livro do mundo e captou mais uma alma para engrossar as suas fileiras. Este livro foi baptizado de "A Biblia de Satanás".

(faltam imagens)

Obviamente um livro com tal capacidade maléfica teria que me atrair, mas não sabendo eu ao que ia foi impossivel um encontro cara a página, isso e o facto de estar fechada a sete chaves em local inacessivel. Tendo eu podido folhear o livro e teria sido bem agradável, quem sabe poderia ter deglutido calmamente uma duzia de páginas. Fica para a próxima! Podem folhear o assunto aqui , não dá é para deglutir.

Em breve, mais novas da minha viagem à terra dos mil lagos.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Verão Infernal

Está a decorrer o que se convencionou chamar de Verão, assim sendo menciono aqui o que convencionei ser o hino desta estação, um mega-hit moderno editado em 1992.

Umas péssimas férias para todos agora que voltei ao trabalho.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Um gato na terra dos toinos - cat@tonia.vg

A semana que decorreu imediatamente antes desta que agora tem lugar, foi sem dúvida desconcertante, mesmo para um demónio experimentado como eu próprio, tal foram as especifidades dos bizarros eventos que nela tiveram lugar e que envolveram, como não poderia deixar de ser, este vosso odioso comparsa.

Tendo sido deixado para trás, enquanto os restantes 66,6% dos contribuintes desta Masmorra se deslocavam a locais ermos e distantes para gozar umas imerecidas ferias, vi-me a braços com uma peculiar missão que tomou grande parte do meu precioso tempo e me ocupou a mente e assombrou o espírito.
Vi-me assim na obrigação de entreter e alimentar dois maléficos felinos, que normalmente co-habitam com o colega Maléfico, que é o seu habitual servo e que desta feita me permitiu ter a honra de contactar diariamente com estas bestas, providenciar servilmente os seus repastos e remover de forma meticulosa e criteriosa os resultados intestinais que tais refeições induziam em tão malévolas criaturas do mal. Tarefas nas quais me tornei especialmente hábil, há que dize-lo.

Os dias iam correndo lestos e animados pelo que o aborrecimento ia obviamente tomando conta dos seres a meu cargo. Assim, foi imperioso tomar uma atitude. Era demasiado arriscado partilhar o espaço com estes felinos de grande porte, irritados e sedentos de festivais de verão de Heavy Metal.
Após longa e aturada meditação, ocorreu-me leva-los a um festival de verão de Heavy Metal, para que pudessem estravazar toda a tensa energia contida nos seus poderosos músculos e descarregar o conteúdo das suas nefastas entranhas em local ermo, no qual eu não me tivesse que ver a braços com tão hedionda e delicada tarefa como a sua remoção.

Da vasta lista de possibilidades que se me apresentaram pela frente, a minha escolha recaiu pelo Vagos Open Air 2009. As razões que conduziram a minha mente prenderam-se com o binómio espaço / tempo, que condiciona os negros desígnios de tantas escolhas que fazemos: espaço por me parecer suficientemente longe para lá poder abandonar as valentes bostas dos meus comparsas e tempo porque era o único que era este ano.

O cartaz era também ele apetecível: Épica, Katatonia e The Gathering, formaram a dupla de banda e meia que se apresentou perante o vasto público de demónios presente.

No início, tudo parecia bem encaminhado para que o resultado fosse uma desgraça rotunda. Quanto me apresentei em tão ermo local, verifiquei que a afluência não era abundante, que o piso por ser em terra batida prometia uma nuvem de pó congestionante das vias respiratórias, o dia abrasador antevia uma noite fria e especialmente propicia à propagação da nossa estirpe de gripe.
Foi sob tão prometedores e deprimentes augúrios que presenciamos o final da actuação dos Épica, uma espécie de boys-band de power metal. O publico ainda escasso parecia estar a apreciar mas o meu espírito permanecia alerta e ciente de que todo o evento não passaria de um logro e uma grande desilusão.
Mas o pior estava para vir, caros colegas...


De repente, vindos do nada, hordas de demónios concentraram-se em frente ao palco enchendo o vasto espaço, a luz da noite substituiu a do dia, e das trevas surgiram os Katatonia, que apoiados numa sistema sonoro irrepreensível e num esquema de luzes sem falhas, descarregaram um melhores concertos até hoje descarregado perante mim. Foi hora e meia de metal melancólico e envolvente, tecnicamente perfeito e sem falhas.


De seguida e sem grandes falhas organizativas, vieram os The Gathering, que apesar de terem um look um pouco mais à Sonic Youth e um som mais electrónico, entretiveram os presentes com mais 90 minutos de sons pesados entrelaçados pela voz melodiosa da jovem vocalista.

Quem não teve a oportunidade de testemunhar tão interessante prestação, foram aqueles que foram caçados e ingeridos pelos nossos amigos felinos. Daí ter-se notado uma diminuição na massa humana entre o show dos Katatonia e dos Gathering.

Posto isto, e após uma pequena volta para os gatinhos aliviarem os seus humores internos após tal festim de carne crua, voltamos para casa cientes de que se perdeu uma grande oportunidade para fazer muito pior!

domingo, 2 de agosto de 2009

Ice Masmorra World Tour

Dignissimos correlegionarios de Masmorra,

Acabo de perder, informaticamente falando, todo um extenso texto onde relatava a epopeia infernal que empreendi no gelado continente da Antárctica!
O meu masmorrento pc acaba de fazer sumir nas suas maquiavélicas entranhas, esse que seria certamente um dos pontos altos das vossas experiências satânicas.

Nesse testemunho, agora perdido para sempre, expunha com toda a minúcia, passo a passo, a empreitada da minha descida aos gelos infernais, a passagem por locais tão inóspitos e agrestes como Sesimbra, Aljezur, Lagos e também Vilamoura. Descrevia como após domar com pulso de ferro hordas e hordas de passivos pinguins, transformando-os em brutais legiões do Mal, disseminei o terror e o pânico por entre focas, orcas e mamutes. Juntos derretemos as calotes polares de gelos eternos em sucessivas festas escaldantes, num fenómeno entretanto divulgado como aquecimento global.



Deixava como testemunho para gerações vindouras de demónios, como a Antárctica se transformou, paulatinamente e sob o meu jugo e mão de ferro, num local de ferias para massas de veraneantes, que agora se acumulam aos milhares em estreitas faixas de conspurcadas praias, derretendo sob o novo sol tropical que agora banha aquelas paragens, por entre brutais condomínios de betão recém construídos e capilares acessos de asfalto que agora calcorreiam toda a derretida superfície Antarctidense.



Pena é que não podais jamais por os olhos, nesse que seria com certeza o compêndio por excelência da arte da conquista malévola.

De todos os triunfos alcançados resta-me destacar o objectivo único desta World Tour que ficou por alcançar: Acabei por não construir o tal centro comercial. De resto foi um sucesso!