segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Este homem é um senhor, parte II

Mais um da equipa dos padrecos que poderia muito bem estar na nossa equipa.

No lugar de Covas do Barroso (Vila Real) aconteceu. A GNR entrou ordeiramente na sacristia após as festividades daquele dia para deter o "senhor" padre, e proceder a umas averiguações, a seguir às quais tiveram de o deter.

É que as averiguações terão sido mais ou menos assim:

GNR1 : Xôr padre, com a sua licença, se me permite, tem alguma arma?
Padreco: Tenho uma, mas está legal!!!
GNR2: Xôr padre, com a sua benção, mas e então este revólver?
Padreco : AAAH! Isso foi herança.
GNR1: Xôr padre, com todo o respeito, e esta caçadeira?
Padreco: AAAAH! Isso não sei.
GNR2: Xôr Padre, peço desculpa pela pergunta, e esta caçadeira?
Padreco: AAAAH! Isso foi herança.
GNR1: Xôr padre, sem querer incomoda-lo, e estes engenhos pirotécnicos?
Padreco: AAAAH! Isso não sei.
GNR2: Xôr padre, sem querer ensinar o pai nosso ao vigário (AAHAHAHA), precisa mesmo dessa soqueira para a homilia?
Padreco: AAAH ....
GNR1: Xôr padre, e estes milhares de munições, não será exagero?
Padreco: Poizeee mueuss filhoses, vós teindes de perxebêr, eu posso ezzplicar....

Não sei se ele explicou ou não, mas deixo um repto ao senhor padre, deixe um comentário aqui na masmorra (da qual é obviamente leitor) que será bem recebido.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

bilhetes para os IUTU

Venho desta feita informar-vos de que levei a cabo mais uma acção de índole manifestamente diabólica, perpetrei uma sequência de nefastos e encadeados actos que visaram, tão-somente causar sofrimento atroz da forma mais aleatória e descriminada possível, ie, fiz uma maldade outra vez!

Estava eu, extremamente ocupado em estar entediado e sem nada para fazer, quando resolvi fazer uma pausa nos meus afazeres.
Como não consigo estar parado, tal é o brilhantismo do meu hiper activo raciocínio, imediatamente captei no ar algo que despertou em mim sentimentos de grande repulsa e vómitos (daqueles mesmo de meter nojo…). Ainda bastante combalido desta hedionda sensação de mal-estar, apercebi-me da origem de tão execrável sensação: tinha ocorrido a alguém ser aquela uma boa hora para escutar um tema musical do agrupamento (também ele musical) de seu nome “iutu”.

Ah que raiva senti eu a subir pela minha garganta abaixo! Queria esmagar com os meus próprios dedos dos pés a pequena besta que ousara incomodar-me com tal ruído melódico, mas não podia porque como bem sabeis, um demónio não tem dedos dos pés mas sim cascos, que dão imenso jeito para andar pelos montes a saltar de penedo em penedo, mas que se tornam supérfluos e inúteis quando queremos mesmo esmagar alguém com os dedos dos pés.
Vai daí (sim daí) resolvi vingar-me em toda a humanidade que se diga (dizia) fã dos “iutu”.
Achei que a melhor forma seria junta-los a todos em grandes magotes, e vaza-los todos de tridente na mão ao som de uma banda sonora composta por temas musicais mais consentâneos com os nossos preceitos.

Após um breve e lento raciocínio, deparou-se-me uma das que poderá ser a única ideia que tive: iria simular a existência de um concerto desses inergumenos musicais e anunciar a venda antecipada dos bilhetes a preços ridiculamente baixos! Restar-me-ia comparecer à hora e no local indicados para a dita transacção, e corrê-los à tridentada sem dó nem piedade.
Dito e feito, deitei mãos à obra.
Quando terminei tal empreitada reparei que me havia equivocado de forma considerável. Por lapso anunciei que os “iutu” iriam dar um concerto em Outubro mas de 2010 (e não de 2009 como era minha intenção). Como se tal erro não fosse pequeno, os preços calculados saíram dez vezes maior do que seria razoável. Imaginem que havia nos cartazes bilhetes anunciados a mais de 200 euros…
Enfim, já fatigado e entediado por ter estado a desenhar à mão uns bons milhares de ingressos, resolvi desistir e continuar a minha árdua tarefa da imobilidade acompanhada de profunda inactividade.
Fui assim até ao a um centro comercial, do qual não posso revelar o nome porque não sei escrever nort-chópine, e eis que senão quando, os meus olhos captam a desconcertante imagem de intermináveis filas de abstuntas que se avolumavam na vã e elusiva tentativa de adquirir um dos bilhetes que eu estivera a fabricar havia minutos.

Nem o ano de distância que os separava do inventado evento, nem os preços absurdamente altos os haviam feito suspeitar que tudo isto não passava de obra do Demo, e lá estavam eles em filas intermináveis, aguardando a sua vez, com a leviana expectativa de que assim poderiam visionar os seus ídolos, os “iutu”.

Parei para pensar varias vezes e após mudar de opinião e sem hesitar fui buscar o meu tridente!
Havíeis de lá ter estado, caros colegas do Mal, e poderíeis ter testemunhado quantas cabeças ocas podem rolar com uma só golpada!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Satanás, o Diabo e outros principes - um esclarecimento


Vossas Excelências!

Desta feita, dirijo-me a todos os que com certeza irão ler estas linhas, com a excepção óbvia de Vós.
A temática sobre a qual me predisponho a versar, veio-me à ideia aquando da leitura de uma obra literária assaz interessante, e que proponho seja considerada de leitura obrigatória para todos, mais uma vez sendo vós a única excepção para a regra.

O referido livro (assim se chama este conjunto de paginas) tem a sugestiva denominação “A viagem dos sete demónios” e apenas tem como autor o argentino Manuel Mujica Lainez, porque não me apercebi atempadamente da dita edição e não me foi possível roubar a sua propriedade intelectual. Não fosse este infortúnio e seria meu o nome que assinaria sob essas tão preciosas linhas.

Neste compêndio de palavras, é relatada em forma de conto, uma empreitada dos sete príncipes demoníacos que tutelam os sete pecados mortais, e que a mando do Diabo, rei supremo do Inferno são enviados em obscura e subversiva missão à Terra.
São muitas e variadíssimas as passagens que nos são familiares, desde as mais variadas descrições dos membros do staff infernal até algumas referências à nossa Masmorra. A exemplo disso temos o parágrafo inaugural, colocado logo no inicio do livro e no qual se pode ler:

Na realidade o aposento era diabólico porque desafiava e enganava as leis da perspectiva lógica. A verdade é que lhe faltava o final, como se fosse multiplicado por incontáveis espelhos afrontados, apesar de nele não haver um único espelho. (…) no exterior cresciam gemidos, prantos e risos ferozes (…)

Está-se mesmo a ver a que hediondo local se refere o autor.

Mas a ideia que me assomou, não foi a de fazer uma critica avassaladora a este texto mas sim a de fazer um esclarecimento público que julgo pertinente.
Ao longo destes séculos de malvadezes e perfídias, é com frequência que se me deparo com vulgares ignorantes, simpatizantes ou não da nossa causa, que se referem ao líder supremo infernal pelos mais variadíssimos nomes e títulos!
Como dizia, é desconcertantemente habitual escutar menções confusas a Satanás, Lúcifer, ao Diabo entre outros, como se todos se referissem a um e apenas uma entidade demoníaca.
Ora tal é uma irritante demonstração da mais profunda ignorância.
Se este texto se vos apresenta como entediante, por o seu conteúdo ser demasiado evidente para as vossas iluminadas mentes, caros colegas passai à frente e deixai que apenas os pobres de espírito prossigam a sua interessante leitura.

Passo então a dissertar um pouco de sabia cultura sobre a nomenclatura infernal:
O Diabo é o príncipe de mundo! Ele é o rei supremo do Inferno que controla desde o seu alvo trono estrategicamente colocado no Pandemonium, seu palácio imperial!

Seguem-se as castas demoníacas, nas mais altas das quais nos encontramos nós como é bom de ver.
Mas acima de nós há ainda uma elite de príncipes demoníacos, que reportam directamente ao líder supremo e pelos quais foi distribuído a hegemonia dos pecados capitais de Tomas Aquino, a saber:

Satanás – ira;
Lúcifer – soberba;
Mamon – avareza;
Asmodeu – luxúria;
Belzebu – gula;
Leviatã - inveja;
Belfegor – preguiça;

Mas mesmo entre os eleitos d’Ele há diferenciação, pois nada é justo no Inferno e nunca se ouviu falar em tal coisa como a equidade e princípios de igualdade. Assim e usando as palavras do Mujica:
Postando-se à direita os de nobreza mais elevada, que são os mencionados no Antigo Testamento: Satanás, Leviatã e Asmodeu; à esquerda, o citado no Novo, que é Belzebu, e um pouco atrás os restantes: Lúcifer, Mamon e Belfegor.
(Para os afortunados iletrados desconhecedores dos referidos textos, o Antigo Testamento é como o Novo Testamento mas muito mais antigo!)

Mas se pensais, que esta minha preocupação com as promíscuas confusões de denominações não passa de uma cisma minha e de uma desculpa, algo fraca para escrever este trecho, permitam-me que partilhe convosco mais algumas palavras que o Lainez incluiu nesta sua narrativa:
“(…) além disso, Satanás e Lúcifer envolveram-se em intrigas literárias para que o mundo creia que um dos dois usa a coroa dos Infernos, relegando o meu nome (o nome de Diabo) para a condição impessoal de nome comum e colectivo
Sendo esta uma transcrição em discurso directo do Diabo, ele próprio, ganha esta minha missiva uma pertinência, que apesar de já a ter carecia de provas concretas e inabaláveis.

É portanto o nosso patrono Satanás, Senhor da Ira, um dos príncipes do Inferno mais proeminentes, como constatamos na citação acima.
Também conhecido pelas suas asas de abutre, pela cota de malha vermelha que exibe como se fosse um imenso crustáceo e pelos olhos cruéis que refulgem no conjunto de cabelos vermelhos que lhe cobrem a cara e as bochechas, sendo estas as poucas características físicas que lhe são conhecidas, dado serem poucos os que o vêem e vivem para contar, ou que notam algo de especial.
Como montada, seu meio de locomoção preferencial, usa uma gigantesca serpente azul com a qual é visto a cruzar os espaços aéreos entre os fogos infernais e em surtidas nocturnas para copos e borga.

A ligação à sua Masmorra Infernal faz-se obviamente pela deixa da Ira, que se encontra profunda e inebriantemente imiscuída nos sons metálicos que daqui emanam, e da qual é veículo de disseminação preferencial.

Dependendo da receptividade que esta interessante e sagaz iniciativa possa encontrar em V/Ex.as poderei no futuro discorrer um pouco sobre os outros seis príncipes, usando como fonte a obra do Manuel e a minha capacidade inventiva, que sei que muito prezais.

Sem mais me despeço,

\m/

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A oferenda

Estávamos todos em deprimente comunhão, celebrando mais um centenário do vil Mafarrico, quando por artes negras algo se materializou por entre as suas patas imundas.

Ficamos todos petrificados de espanto ante aquela aparição repentina, todos menos Mafarrico, que como tem os cascos duros não reparou no que lhe tinha ali aparecido e já ia deglutir o objecto junto com uma fatia de pizza de olhos humanos com cebola.

Embora petrificados, gritamos todos em uníssono : "ALTO!"

Ao que Mafarrico respondeu gritando "QUE FOI?"

Agora já não petrificados, mas ainda abalados, apontamos e gritamos : "ORA VÊ LÁ ISSO QUE TENS AI!"

E Mafarrico, mantendo a calma gritou "ISSO O QUÊ? AAAH ISTO AQUI. QUÉ ISTO?!?!?"

E analisamos aquilo que se tinha materializado do nada. Ficamos estupefactos, Mafarrico logo se apercebeu que aquele era um momento que nunca mais iria esquecer na vida. Era uma oferenda do próprio Sr. Satanás, um cd comemorativo compilado no Inferno, com as musicas que o próprio Grande Demónio escolheu e gravou num CD-R para ofertar ao nosso colega e assim não deixar passar em claro a amizade que nutre por ele, isso se notou na dedicatória escrevinhada na capa (excelentemente executada, diga-se já, muito bela). A dedicatória era bastante comovente, mas Mafarrico não deixou ninguém lê-la uma segunda vez pelo que já nao me lembro o que tinha lá escrito.

O alinhamento do CD, caros amigos que queiram ter uma ideia dos sons que estão na moda no Inferno era:

Entombed - Like This With The Devil
Slayer - War Ensemble
Napalm Death - Silence Is Deafening
At The Gates - Under A Serpent Sun
Kreator - Coma Of Souls
Coroner - D.O.A.
Testament - The New Order
Nuclear Assault - Brain Death
Overkill - Gasoline Dream
Megadeth - Countdown To Extinction
Anthrax - N.F.L.
Iron Maiden - Killers

Parece-me que seria isto, já não me lembro o que terá sido gravado. Talvez Mafarrico, tendo sido ele o feliz afortunado recebedor da oferenda, nos queira elucidar mais sobre o conteúdo e, quem sabe explicar, o significado do presente.

Acabo com uma ponte para o post anterior, uma citação retirada da musica primeira desta colectânea infernal:
"And what good is a song for peace
when the fucker doesn't even rhyme"

O Sr. Satanás quer que pensemos nisto.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Citações Infernais do Sr. Satanás

Ex.mos colegas,

Ao longo dos incontáveis anos em que esta nossa demoníaca missão se estende, muitos são os meios a que recorremos sem olharmos a consequências para nada nem ninguém, mas sempre tendo em mente os fins a que nos predispomos!

Como responsáveis máximos, indigitados pelo próprio Sr. Satanás para a área musical, criamos em tempos idos o Heavy Metal, aqui mesmo nesta Masmorra, e que desde então tem sido um dos canais privilegiados para a condução da sua nefasta mensagem aos povos terrestres entre outros.

Muitos têm sido os demónios que, sob a nossa batuta (não confundir com o tridente), dedicam toda sua infernal existência à criação de subversivos textos, que após serem musicados e por nós aprovados, são lançados no éter e assim se imiscuem nas mentes incautas de todos aqueles que bebem esse éter ou que simplesmente ouvem essas músicas.

O que me proponho fazer, é criar um espaço dentro da Masmorra, em que alguns desses demónios vejam, por efémeros instantes que sejam, algum tipo de reconhecimento da nossa parte do seu silencioso trabalho após o que poderão espolinhar-se humilhantemente na lama e agradecer-nos eternamente essa fracção de segundo que dedicamos à sua infeliz existência.

Como é óbvio, nada é óbvio nesta Masmorra! Assim optei por elaborar uma curta selecção de breves citações e expô-las para vossa observação. Desta forma aumenta-se a ansiedade dos autores, sedentos de algum reconhecimento e criamos aqui um desagradável momento de reflexão em que os Vossos conhecimentos desta temática são de certa forma postos à prova!

Desafio-os portanto a identificarem os porcalhões que escreveram os ditos que se seguem e, se disso forem capazes, a obra na qual tais trechos estão incluídos.

Ora aqui vai (isto ainda não é, isto sou eu a dizer que o que se segue é que já é):

I was soaked in gasoline,
Playin' with a match.”

“Don't ask what you can do for you country
Ask what your country can do for you
Take no prisoners, take no shit”

“When all is done
Who shall benefit? Who is the one?
Not those who pass on
But those dictators divine waving their deceitful wands.”

“Punk ain't no religious cult,
punk means thinking for yourself.
You ain't hardcore 'cause you spike your hair,
when a jock still lives inside your head.”

“I'm coming back I will return
And I'll possess your body and I'll make you burn
I have the fire I have the force
I have the power to make my evil take it's course



Aguardo ociosamente pelas V/ respostas.

\m/