Mostrar mensagens com a etiqueta paradise lost. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta paradise lost. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Pelo aspecto a coisa não está bem ...

mafarrico,

O aspecto do heavy metal nunca foi muito bom. Entre o azeiteiro e o andrajoso, sempre fomos bombardeados com imagens dos artistas nas várias etapas da sua carreira. São invariavelmente muito feios, mas é algo que não podemos evitar.

Se as fatiotas não são minimamente indicativas da qualidade da música são indicativas de outras coisas a outro nível. É perfeitamente visível através delas entender duas coisas :

- A banda está em inicio de carreira e aparece nas fotos com a roupa com que andaria na rua.
- A banda mantém os pés bem assentes na terra, apesar do seu maior ou menor sucesso.
- A banda é composta por mercenários capazes de tudo o que a editora mandar para vender mais discos e ganhar mais dinheiro.

Passo a explicar com desenhos.

Metallica (1992 vs. 1996)

Pensava-se que em 1992 teriam chegado ao máximo do mainstream, mas em 96 apareceram de cabelo cortado, camisas de desporto, suspensórios, maquilhagem ... o nu-metal estava a chegar e os velhotes queriam vender discos aos miudos.

Paradise Lost (1994 vs. 1999)

Em 1994 havia muitos metaleiros assim e eles pareciam só mais uns com jeito para a música. Em 1999 queriam ser os radiohead, o mais ridiculo é que como agora o metal vende outra vez as fotos actuais são muito parecidas às mais antigas. Tirando um que ficou careca e já não conseguiu deixar crescer o cabelo novamente.

Machine Head (1994 vs. 1999)

1999 era a altura dos limp bizkit, yo! Até foram buscar o macaquinho de rastas no cabelo. Quando os ventos do negócio mudaram o vocalista e chefe tirou a tinta do cabelo e deixou o guitarrista numa estação de serviço durante uma digressão.

Claro que existem artistas genuínos e merecedores das maiores aprovações (1980 vs. 1990 vs. 2000 vs. 2006)





Acho mesmo que este nosso colega deveria quicar o ass dos visados nas fotos anteriores.

Esforçando-me por chegar ao 99 me despeço,
M.P.

terça-feira, 17 de junho de 2008

ref. discografica 666 - chuvas colossais

mafarrico,

já se notava o vazio de referências musicais neste antro pestilento, decidi portanto regressar a este género de missiva fazendo lembrar um dos grandes LPs da história do mundo moderno.

No ano em que foi lançado, 1994, o poderoso estilo musical que adoptamos como nosso estava num impasse. Grandes ídolos de outrora estavam armados em parvos e a serem aceites pelo público em geral, as bandas que se mantinham fieis ao modo de vida que nos apraz não estavam com grande inspiração e as infames editoras discográficas, vendo que também podiam ganhar dinheiro com estes sons diabólicos estavam a desvirtuar tudo o que antes se tinha mantido firme como uma raison d'etre de muitos jovens. Era uma merda!

Por esta altura surgiram alguns discos muito bons, de colectivos brilhantes que foram uma espécie de ultimo fôlego antes do coma que foram os anos acima referidos. Com este disco que indico, houve a ilusão que a banda em questão seria um estandarte na batalha que mudaria o rumo que se estava a iniciar( a musica que lhe vou deixar é notória nesse facto), mas foi por pouco tempo, pois somente dois discos passados, já os nossos colegas assinavam pela multinacional EMI e posavam de cabelos cortados e fatinho de idiota para a capa de um disco de má memória.

Agora que os ventos do negócio mudaram, os colectivos musicais tentam retornar aos tempos áureos mas já nem minimamente genuínos conseguem parecer, nem nós somos jovens diabos nem queremos nada disto. Preferimos recordar tempos idos e a altura em que ouvimos este som pela primeira vez.


M.P.