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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Leaders... Not Followers Pt.4

O colega vai-me desculpar a intromissão nestes capitulos inventados por si, mas aproveito o lanço para dar a ilusão de ainda deter um pingo de inspiração creativa na minha caneta. Uma coisa que o Outro sempre nos ensinou, foi que devemos, sempre que possível, roubar as boas ideias dos outros para as utilizarmos como se fossem nossas, deve concordar, como aliás inumeros textos seus o demonstram.

Senti-me, além disso, no obrigação (leu bem, obrigação) de me imiscuir neste tema, porque, ao que parece isto não passou de uma boa ideia no papel, o que o sr. Deputado (se me permite que se lhe diriga nestes termos) escrevinhou ao seu abrigo, não foi mais que uma torpe e débil homenagem aos líderes da nossa praça. A saber, apresentou como figuras de proa, Dave Mustaine (risivel), Mikael Akerdekerfelelele (impronunciável) e o falecido Chuck Schuldiner (de grande valor, mas só tinha 1,60m).

Muito mau, muito pouco, insignificante.

Vou, portanto, de minha iniciativa, apresentar uma mini-biografia de um dos grandes líderes do nosso tempo, e que deverá lançar o tom para o que gostaria de ver apresentado sobre esta égide do "Leaders... Not Followers"

Jim Martin, foi amigo de infância de Cliff Burton, entrou para os Faith No More em 1983 e por lá se manteve até 1993, ano em que foi escorraçado da banda, devido aos seus companheiros acharem que a direcção musical que ele queria imprimir (e que poderia imprimir, já que a guitarra é que era por conta dele) ser demasiado heavy metal (como se isso fosse possível). Por ter criado os riffs mais poderosos desta banda e por depois ter sido pontapeado para um esgoto por ser muito "pesado" é digno de figurar entre as nossas simpatias muito mais do que o resto dos seus colegas.

Guitarrista de eleição, querido pelos fãs e com uma exposição mediática considerável devido à sua anterior banda, Big Jim opta por definhar musicalmente, com um disco a solo com variadissimos pontos baixos e nenhum ponto alto (a passar, felizmente, fora dos radares de todos) e as costumeiras aparições especiais num ou outro cd de uma ou outra banda. Ao que à arte do belo riff diz respeito pouco mais, ou nada, se ouviu deste personagem.

É neste Séc XXI, que Jim, o mago da guitarra e Senhor dos Riffs mostra a sua faceta de líder. Ele dedica-se de alma e coração à plantação de abóboras gigantes, é isso mesmo, Abóboras Gigantes, e passa o seu precioso tempo a apresenta-las em competições, arrecadando prémios chorudos com as suas plantações desmedidas. Parece-me um exemplo único no mundo da música, que deixa a milhas qualquer rock star quando falamos em termos de Atitude, com A grande.

A última vez que se ouviu falar nele foi circa 2009, quando os Faith No More se reuniram sem ele, mas o convidaram para tocar em determinadas datas onde iria ser apresentado o clássico Angel Dust na sua totalidade, a resposta do guitarrista-agricultor?
- Não.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O Maléfico foi ao passeio

Vou aqui dissertar em várias etapas sobre viagem de trabalho que recentemente efectuei ao Passeio Marítimo de Algés para assistir ao internacionalmente reconhecido Optimus Alive 2010.

1. Inicio.
A chegada ao recinto, acompanhado de meus acólitos, fez-se sem precalços. E, cheio de má-vontade, dirigi-me ao primeiro concerto. Os The Drums, banda de um pop dançavel iriam iniciar as festividades e era minha vontade extermina-los logo ali, mas optei pela táctica de me misturar com o público e simular um grande apreço pelo show. Bati o casco, meneei os ombros e aplaudi. Espero que isto mostre a estes artistas o lugar deles. Pelos movimentos em palco, quais bailarinos efeminados, os músicos pareciam já estar a sentir algum do efeito desnorteante da minha presença .... esperemos por resultados em breve.

2.Santa paciência.
E quem é que não poderia deixar de aparecer? Os mais que conhecidos Moonspell. O Morcegão volta a cruzar-se com Maléfico. Um diabo dobra uma esquina e estão os Moonspell a tocar, um diabo abre a mala do carro e estão lá os Moonspell a tocar, um diabo acorda de manha, ouve um ruido estranho, e são os Moonspell a tocar de baixo da cama, um diabo vai ao Alive e ..... etc. etc. Além de mais, estes Moonspell e seu "líder" conseguiram evoluir para um estado refinado de extrema azeitice (estranhamente nas palavras do próprio Morcegão) e clichés HM. SE, e eu espero melhores resultados, mas, SE, me disserem que esta minha experiência somente resultou na extinção de um único agrupamento, eu ficaria em suspenso e lançaria um sonoro "AVE DIABOLIS" se fossem estes morcões. Fizeram-se acompanhar em alguns temas pela ex-The Gathering, Hanekka von Blablabla, que com um elegante estilo "rameira infernal", ajudou à festa e conseguiu que tudo conseguisse ainda verter mais azeite com as posses estudadas de dueto-festival-da-canção. Haja paciência!
Mensagem directa para o artista : "Morram e ide pró Céu!"

4.Alice In Chains e diatribe gratuita
De seguida visualizei os excelentes Alice In Chains, a verdade é que não estava especialmente com vontade deste concerto em particular, mas, à medida que as músicas avançavam notei que nutria vasta simpatia pelos clássicos. Não poucas vezes as letras se me materializaram na cabeça, eu que as julgava esquecidas, e as músicas que eu só não poderia esquecer porque nunca as tinha ouvido soaram-me muito bem.Rooster é uma preferida, merece uma menção especial. Já está.
Mensagem directa para o artista : "Estais muito bem AIC, vós podeis continuar e se porventura passardes por cá novamente eu vos visitarei e lançarei minha benção uma e outra vez."
Suspiro profundo, pausa para medir as palavras e .... Vós conheceis o escriba deste texto, ele, Maléfico (eu), é um diabo do povo e mistura-se com quaisquer diabitos como a água com o azeite. Talvez melhor. Assisto a estes ajuntamentos gigantescos com sobranceria e condescendência com os demais, mas misturo-me. Sempre defendi que qualquer um deve viver o espectáculo como bem entender, está documentado que passo por walls of death, moshes, empurrões, cotoveladas, palmas a compasso, pitas aos ombros dos namorados e vizinhos desafinados de bom grado e sem sentir que o espectáculo saia diminuido. MAS!!! Tudo tem um limite! E nos nossos festivais assistimos a uma praga que ameaça estragar a diversão de todos os amantes de música. Refiro-me, obviamente, aos espanhóis. O Espanhol é uma raça que vai para os concertos em grupos de quatro, ou cinco, faz uma rodinha e passam o concerto a falar numa algaraviada total e sonora - "éuqjodernerpoderferejelometorefedesefoderejejejejenovegojodercoñoaquqsederfererere" e em décibeis que confrontam os décibeis do PA (e se chegam a sobrepor em não poucos momentos). Viram as costas ao palco, abraçam-se, fazem air-guitar, olham os ecrãs laterais por 90% do tempo, cantam o que eu só posso acreditar serem outras músicas e, ao fim ao cabo, chateiam muito. Tive de esticar um dos meu poderosos braços e movimentar uma série de participantes do público (colega Covex incluido), contra sua vontade, para fazer um muro humano entre mim e os espécimenes nuestros hermanos que em má-hora ficaram ao meu lado. Para eles : "Por el culo, cabrones!"

5.Duplo X
Depois disto, movimentei-me com meus seguidores, para o outro palco, onde iria verificar o que se passava no show dos XX. Os XX são uma banda pop melancólico, com vozes deprimidas e belas melodias. Têm um disco que agrada q.b. e são o maior hype desde JC. Por muito bom que seja o único disco que têm editado, a histeria à volta dos moços (e moça) é tal que a super-lotação do espaço e respectivo desconforto não justifica o que se passa em cima do palco, os XX não têm culpa, são seca em palco como tantos outros em inicio de carreira, mas a histeria é real, e tornou-os a banda mais overrated dos últimos anos. Vimos e ouvimos alguns temas, bocejamos devido à frenética actividade sobre o palco e fomos beber uma Super-Bock.
XX: "Despareçam durante um tempo (anos ou décadas), para podermos ouvir o vosso disco sem o ruído de fundo."

666.Nova táctica e momentos de uma epicidade gloriosa.
Seguiam-se os Kasabian no palco principal. Sem grandes rodeios, os Kasabian são uma merda. Adoptei uma nova táctica para assistir a este espectáculo, arranjei um local para me sentar, a uma distância considerável do palco, virei costas e ignorei. Funcionou. Gostei muito.
Depois vieram aqueles que já foram apelidados de "zombies putrefactos" aqui neste mesmo blog. Os Faith No More! Regressaram dos mortos, faz um ano, vieram a Portugal, e como que não tivessem conseguido que Maléfico os fosse ver, voltaram este ano (É essa a razão de terem regressado sr. Patton, é essa a razão). Um concerto glorioso, verdadeiramente não existe outra banda como esta, exímios executantes e comunicadores, puseram 38 mil pessoas a cantar um refrão de "Porra! Caralho!", insultaram o próprio festival ("Que merda!"), insultaram o Cristiano Ronaldo ("Que Palhaço!"), insultaram o público ("Mal-educados, Bestas"), insultaram-se entre eles ("Este baterista é uma merda"), entre outras coisas, tudo isto rodeado de música, muita música, onde eu diria mesmo que não houve uma que não fosse entusiasmante, excelente e/ou épica. Assim de cor tocaram, Midnight Cowboy, Be Agressive, From Out Of Nowhere, The Real Thing, As The Worm Turns, Suprise You're Dead, Epic, Midlife Crisis, King For a Day, Evidence em português!, Gentle Art Of Making Enemies, Just a Man, Stripsearch, Last Cup Of Sorrow, Ashes To Ashes, Easy e não me lembro que mais, faltaram a Caffeine e a Digging The Grave mas não se pode ter tudo. O ponto alto deu-se quando o frontman Mike Patton reconheceu Maléfico na audiência e deu asas à sua alegria com um pouco de crowd surfing, cumprimentando-me com o seu joelho, que eu fiz questão de apertar vigorosamente enquanto ele se locomovia sobre a minha cabeça. "Como está Sr. Patton?" foram as minha palavras, depois alguém lhe roubou o sapato e ele foi embora. Foi ai que chamou "Besta" a alguém, poderia ser para o ladrão de sapatos, mas tenho para mim que foi uma resposta ao meu cumprimento.
Mensagem aos FNM : "FNM, 17 anos depois daquele memorável concerto no pavilhão do Bessa, outro memorável concerto, que nunca irei olvidar. Sois grandes! A Masmorra tem-vos como semelhantes.".

sexta-feira, 24 de abril de 2009

ref. discografica 666 - filosofia moderna

mafarrico,

é hora de mais uma referencia discografica e chegados ao numero 666 (já vamos neste numero, como o tempo passa) achei que era altura de prestar homenagem a um grupo defunto e recentemente ressuscitado e que portanto andará nos próximos tampos por ai a cirandar qual zumbi putrefacto.

É um agrupamento musical que aprecio por demais, a sua musicalidade é evidente, o seu ecletismo é assinalável e o seu humor caracteristico e negro fazem das suas liricas uma real lição de filosofia para o diabo moderno. Começando pelo seu simples e estranho nome, que traduzido para a nossa lingua (indecifrável para o comum dos mortais) seria algo como "Fé Nunca Mais".

Se a audição dos seu trabalhos é um regozijo para os ouvidos infernais, a leitura dos seus escritos é deveras reconfortante e traduz-se muitas vezes em letras sem um fio condutor e aparentemente insanas, mas que se explanadas linha a linha podem ajudar deveras um demónio em busca de rumo espiritual.

Ora vejamos alguns exemplos retirados da rodela plástica impregnada de sons que de entre a sua vasta discografia escolhi para esta referencia.

If you don't make a friend, now
One might make you -
So learn
The gentle art of making enemies
de The Gentle Art Of Making Enemies

And dying is dry-
Like a fact of history
And when you die, you'll become
something worse
Than dead-
You'll become
A legend
de Star A.D.

Shit lives forever
de Cuckoo For Caca

You did one thing wrong
You woke up.
de Ugly In The Morning

What a day, what a day
If you can look it in the face
And hold your vomit
de What A Day

e o inspirador e sempre presente nas nossas vidas

It's always funny until somone gets hurt...
And Then it's just hilarious!
de Ricochet com que vos deixo



E isto foi de cor, sem qualquer espécie de pesquisa, pelo que se depreende que será recompensador passar à lupa os trabalhos destes filósofos.

M.P.