Uma edição extra de modo a termos algum vislumbre real sobre este negro assunto, atentemos portanto ao trabalho verídico de um homicida verdadeiro.
Wayne Gacy (aka Killer Clown) foi condenado pelo brutal assassinio de pelo menos 33 pessoas. Passemos os olhos pelo seu trabalho :
Aquando da sua estadia no cárcere, Gacy dedicou-se ao desenho e pintura, sendo que este trabalho acabou como capa do um excelente disco, assinado pelos nossos excelentes amigos Acid Bath. Um trabalho a contemplar e dele retirar sérias considerações sobre a fragilidade e a brutalidade da pessoa humana.
Broken glass and dirty needles Soul erosion truth Electric god, our superman Found dead in a telephone booth Shards of teeth Ice pick abortions Orgasmic death, so warm Let's die screamin', black goat semen I can't hear you whisper "conform"
Hearts will stop and brain cells pop Apocalyptic high She screams bloody murder as they chop off her fingers So this is how it feels to die
Acompanhemos, nesta ultima instalação subordinada a este simpático tema, um assassino de nome Ben.
Este Ben é um assassino profissional, isto é, ganha a vida a praticar crimes que, invariavelmente, terminam numa morte rápida, mas não indolor, de algum transeunte que aparente ter mais de uns poucos euros no bolso.
O que diferencia Ben dos seus comparsas de outras paragens, é o facto de ser um intelectual, bem-falante, pândego mas culto, com preocupações sociais, adorador de sua família e companheiro de seus amigos. Um cavalheiro, que só perde a compostura quando assassina brutalmente alguém, ou quando bebe um pouco de mais. Resumindo: Tem um bocado a mania, mas é um tipo porreiro.
O filme que aqui trago segue uma equipa que procede às filmagens de um documentário sobre o dia-a-dia deste singular personagem. Temos assim um olhar por dentro de uma ocupação que temo ser mal compreendida pelo público em geral.
Ben, um assassino diferente (talvez por ser belga) e o seu oficio, a conhecer melhor no filme C'est Arrivé Près De Chez Vous de 1992.
Um ponto de contacto interessante entre este Ben e o Henry do primeiro filme apresentado : Uma cena brutal de assassínio familiar em que uma câmara de filmar é parte integrante do crime, sendo que o assassino se faz filmar no acto que perpetra. Não tenho dúvidas que isto tem um significado profundo.
Não resisto a dar-vos a oportunidade de saber já o que sucede à senhora idosa que aparece no trailer. Se não quiserem esperar por ver o filme :
"É muito mais simples, para os vizinhos, para mim e para ela."
Há duas maneiras de estudar o psicopata americano, lendo o livro ou visualizando o filme que adaptou o livro.
O filme: O filme é um bom filme. Os humanos que o vêm ficam com a excelente sensação de terem visto uma película eximiamente realizada, com excelentes diálogos e planos, um humor negro de primeira ordem e boas interpretações. É esta uma boa maneira de se estudar o negro ser que é o assassino em série? Não. O personagem do filme nunca parece ser nada mais do que um simples personagem de ficção, não enoja nem assusta ninguém, antes pelo contrário, até me atrevo a dizer que é um filme que dispõem bem.
O livro: O livro enoja e assusta. É um desenrolar de actos bárbaros e descerebrados, executados com uma frieza cruel. Bret Easton Ellis deve ser ele próprio uma pessoa bem lixada da cabeça para ter tido tantas e tão brutais ideias. Se realizassem um filme fiel ao livro, podiam ir os senhores do manicómio com as camisas de força e levar quem tivesse ficado até ao fim, à confiança.
recupero o âmbito do circulo temático. Desta feita para dar a conhecer o melhor que se fez na sétima arte sobre esse nobre animal humano : o assassino em série.
O humano assassino em série, assim conhecido por cometer series de crimes, é um humano normalissimo, que se distingue simplesmente pelo facto de sofrer graves perturbações mentais que o levam a incutir sério sofrimento nos outros para daí retirar prazer ou alivio.
É para as películas do cinema que devemos orientar as nossas atenções se quisermos um certo vislumbre da vida destes energúmenos.
O primeiro filme que apresento neste circulo foi realizado em 1986 e conta a história vagamente ficcionada de Henry Lucas.
Henry foi, na vida real, um homem que reclamou o assassinio de mais de 600 pessoas. Mais tarde, os investigadores começaram a desconfiar que ele apenas estava a declarar-se culpado de todos os crimes que lhe apontavam para assim ter melhores condições na cadeia.Enfim, o truque que se vê nos filmes de proporem um deal se ele confessasse um crime, funcionava na perfeição, porque assim ele dizia que sim a tudo. Mas, lá terá morto uma meia dúzia, e não se safou de ser condenado à morte. Ou safou-se? Safou-se, porque a certa altura o nosso querido George W. Bush chegou a governador do Texas e comutou-lhe a pena. Pode-se sempre contar com o bom velho W.
O Henry do cinema, é um assassino brutal, que só muito espaçadamente mostra alguma emoção, e que anda para ali a aviar fregueses a torto e a direito conforme lhe dá na gana.
Henry, durante um jantar romântico abre-se com a sua recente amiga : "Yeah, i killed my mamma"
Conta-se que no fim da estreia do filme, um homem anónimo acercou-se do realizador e interpelou-o acaloradamente - "Não podem fazer isto! Um filme em que o assassino se safa sem lhe acontecer nada!", ao que o John (o realizador) pensou um pouco e respondeu : "We just did.".
*nota para a excelente versão do tema titulo que os excelentes Fantômas executaram no seu excelente Director's Cut.
Depois de um desvio no que era o caminho por mim idealizado para este tema (e que desvio!), obra de mafarrico, volto ao pré-planeado post.
Para a derradeira, e penultima, posição, escolhi uma banda muito jovem, os The Dillinger Escape Plan. Talvez não tenham a atitude de uns Ratos De Porão para iniciar os seus concertos, mas são uma banda de qualidade e já mereciam ser referidos na Masmorra.
Dois pontos interessantes que tornam esta entrada de rompante digna de ser avaliada. 1º O uso, pelo vocalista, do efeito walk on water (bem visivel do angulo em que foram captadas as imagens). 2º O uso, pelos restantes membros da banda, do efeito palco electrificado.
Deixo-vos com os frenéticos The Dillinger Escape Plan e a sua entrada de rompante.
Aceite desde já os meus mais vis pedidos de desculpa, por me imiscuir desta forma tão pouco educada, na temática cuja explanação leva a cabo actualmente.
No entanto, parece-me que por mais que vasculhe por entre as profundezas e revolva os mais hediondos registos de entradas de rompante dignas desse nome, por certo terá dificuldade em bater esta que agora apresento perante os vossos aprovadores e sanguinolentos olhares:
Já se discutiu aqui que, por vezes, encontra-se bandas com verdadeiro carisma e atitude fora do espectro do heavy metal.
Como se está mesmo a adivinhar ATITUDE = ENTRADAS DE ROMPANTE.
E o que caracteriza uma entrada de rompante? Explano os passos (por ordem) : 1.Entrar em palco 2 ou 3.Primeiros acordes 3 ou 2.Mensagem vocalizada para a audiência. 4.Comunhão com o publico.
Esta entrada que apresento é de antologia. Como podem verificar no video abaixo, a banda encontra-se em palco (parece que não, mas é um passo inteligente), e, neste caso, o vocalista lança um perturbador "Don't be nervous!" para a audiência (bem mais cool que o festivo "ariureaditaltal" do post anterior) seguido dos primeiros acordes e da confraternização com o público.
Deixo-vos com a entrada de rompante do melhor frontman de sempre, David Yow, e dos seus The Jesus Lizard:
Nos habituais shows de luz e som que se promovem por este mundo fora, o que mais enche o olho do demónio atento são os primeiros decibeis e palavras proferidas. Também neste mundo do espectáculo as primeiras impressões são importantes, e se um artista tiver uma entrada frouxa, por vezes isso traduz-se num bocejo que dura o espectáculo inteiro e nada pode ele fazer para se redimir. É a vida de um artista!
Por isso dedico o próximo circulo temático às melhores entradas em palco, ou como eu lhes chamo,entradas de rompante.
Esta primeira entrada é, muito provavel e até possivelmente a melhor entrada em palco de todos os tempos. Lembro-me de ouvir a cassete com a gravação deste concerto repetidas vezes quando era um pequeno diabito, e é verdade que por vezes tinha de rebobinar o meu walkman porque me apetecia ouvir as duas primeiras musicas mais do que ouvir o resto do concerto. É uma entrada de rompante muito portentosa, com riffs do mais clássico que pode haver, e só mais tarde ao visualizar as imagens associadas ao som é que pude ver como a actuação do vocalista com nome de mafioso, Billy Milano, torna tudo ainda mais portentoso.
Ainda a pensar nos meus anos de petiz lembro-me que repetia a primeira vocalização do vocalista, por vezes sonoramente, com o seu "AIOUAHADOAAAAHNAAAAS" para só muito mais tarde me aperceber que, afinal, ele brindava os presentes em lingua terrena dizendo apenas um intelegentissimo "Are you ready to go fucking nuts?!!?!?!!".
Deixo-vos com a entrada de rompante do mergulhador Billy Milano e dos seus S.O.D.
Chego assim ao fim deste circulo temático infernal. Convicto que, dentro do muito que se escreveu sobre o tema música neste fim de década, o que leram aqui ao longo destas cinco mensagens foi o mais inteligente, o mais infernal, o mais interessante e sem dúvida, o mais relevante.
Assim me despeço, desejando uma negra noite para todos vós.
No meio é que está o defeito! Como é costume dizer-se por estas bandas, e portanto apresento, na terceira secção das cinco previamente anunciadas mensagens dedicadas ao futuro da música em Portugal, o agrupamento que mais agrada ao gira-discos maléfico.
Apenas um senão para esta banda, prevejo que após agradarem a muitos com os seus sons portentosos, e ao terem a possibilidade de os transpor para a rodela plástica, decaiam consideravelmente. Mas! ... para a posteridade ficam sons como estes.
E não me canso de vociferar a todos os que me ouvem quer queiram quer não, aparecesse outro grupo de demónios com esta qualidade artistica e o futuro da música não seria tão mediocre.
A banda que hoje apresento, inserida no circulo temático relativo ao futuro da música neste pais, vai dar muito que falar, não só pela sua musicalidade entusiasmante, mas também por ter no seu reportório, a quase da totalidade dos temas cantados no português de Portugal.
Atenção à vestimenta e respectivos penteados, que penso poderem ter grandes hipóteses de ser transformados em moda por uma vasta massa de humanos anónimos.
Se todas as futuras bandas tocassem assim, teriamos o futuro dos nossos ouvidos garantido.
Mais um grande tema:
Sem dúvida já têm o seu lugar entre os grandes da musica mundial.
Avassalador!!! É assim que categorizo a resposta à mensagem anterior e que se traduz numa força diabólica para fazer mais e melhor nesta Masmorra que se quer Infernal.
Vai daí, decidi inovar um pouco nas mensagens aqui escrevinhadas e escolher alguns assuntos importantes para a demoniosidade, pensando-os e explanando-os ao longo de várias mensagens para que possam ser melhor digeridos pelos milhões que nos visitam todas as noites.
O primeiro assunto, que vou expor ao longo dos próximos tempos, tem a ver com a musica moderna que se pratica no país onde estamos sediados. Ao entrar na nova década terrestre, parece-me irrelevante andar a perder o tempo com as costumeiras tabelas do melhor que passou, e muito mais interessante descortinar os novos agrupamentos que se perfilam para dar que falar nos próximos dez anos.
Podem, assim, todos os demónios agradecer-nos e recordar para todo o sempre onde ouviram pela primeira vez os ídolos de amanhã. Irei cingir-me, obviamente, ao único estilo de música que não é detestável, antes pelo contrário, é hediondo, como nós gostamos.
A primeira apresentação, sem grandes conversas, vai para o seguinte agrupamento:
Muito se vai falar deles num futuro não muito próximo.