Mostrar mensagens com a etiqueta megadeth. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta megadeth. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O Cisne Negro

O conceito de probabilidade, não é mais que uma desesperada tentativa de reduzir a um conjunto de regras matemáticas, a imprevisibilidade da vida mundana de quem, ao contrário de nós, tem um tempo finito de presença neste mundo.

Poderá o alado colega, porventura enumerar a quantidade de coisas improváveis que poderão acontecer de um momento para o outro, de forma totalmente inesperada? Imensas, será por certo a sua resposta. Ora se são assim tantos os eventos improváveis que poderão ocorrer, eu diria que é bastante provável que algo improvável aconteça.

É neste pressuposto, que o Sr. Satanás se baseia para eludir os incautos humanos, que teimam em não reconhecer a Sua mão vermelha quando esta guia os desígnios da torpe massa que estes formam. E para tornar a coisa mais poderosa e com um impacto ainda mais abrangente, nomeou-a com o pomposo nome de teoria do Cisne Negro. Nome esse que alude ao primeiro avistamento de um cisne negro, aquando do qual todo o conceito de que só existiam cisnes brancos ruíu.

Nela os descrentes, encontram a explicação para a ocorrência de tais fenómenos, raros e de díficil previsão, e de grande impacto nas comunidades onde se manifestam.

Trago este tema ao lume, porque me parece de grande injustiça que inverta a verdade dos factos e manipule alguma da informação que tem sido lançada na comunicação social. Esta, tem dado grande relevo a um vulgar filme que conta a história de umas bailarinas que saltitam ao som de música clássica, e que pelos vistos é do agrado de um tal de Sr. Oscar.
Quer-me parecer que tal não deverá nem irá ofuscar o sofrível tema Black Swan, dos Megadeth, editado em 2007 como lado B de um single promocional ao album United Abominations.

“...and now I'm here with the Devil, on my own”



Qual era a probabilidade de existir uma música de 2007 do Dave Mustaine, com o mesmo nome de um filme de 2010 do Darren Aronofsky? Muito alta.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Leaders... Not followers Pt.2

Se há personagem controverso, no que se refere à sua aceitação como icon dentro da Masmorra, então esse personagem é sem dúvida Dave Mustaine.

Um tipo estranho este Dave. Começou como um junkie agarrado, fez parte do line-up dos Metallica no inicio de carreira, continuou a ser um junkie agarrado e um alcoolico irascivel, fundou os Megadeth com o intuito de fundo de se vingar da sua expulsão precoce dos Metallica, juntou à sua forte personalidade a arrogância e prepotência de quem se julga o maior, revolucionou a cena Thrash Metal de São Francisco/Los Angeles, alimentou a sua carreira meteorica de guitar hero com a sede de vingança de Lars Ulrich e James Hetfield, superou todos os niveis de alcoolismo e de vícios, atingiu o estrelato nunca se desviando da sua linha musical desde o inicio (e esta Lars?!), destruiu a carreira a varios musicos que foram colaborando com ele, escreveu alguns dos temas mais marcantes do Heavy Metal (de sempre), definiu um estilo sarcastico e de humor caustico nas suas letras e tornou-se um icon para as gerações seguintes, vendeu discos como se não houvesse amanhã, tornou-se um deus... mas sempre atrás dos Metallica. Parece que na verdade nunca conseguiu superar isto, e vai daí aos 50 e tal anos converte-se ao cristianismo.
Enfim, após 12 albuns de originais, 3 ou 4 ao vivo e algumas colectâneas (como mandam as editoras) está dado o mote para a sua propria decadência, que foi exactamente como começou.



Mas a ignorância não é apanagio de um Demónio. Ingratidão e insensibilidade à parte, quando pensamos em Dave Mustaine não podemos deixar de lembrar que é a ele que devemos uma vasta discografia, plena de temas geniais, inovadores e tão marcantes que é difícil, até mesmo a Mafarrico, eleger o seu preferido.

O subversivo “Peace Sells... but Who's Buying?”, o segundo dos Megadeth, estaria seguramente entre os favoritos, assim como Countdown to Extinction (o 5º), o primeiro grande sucesso de vendas da banda.

Mas, meus caros, estamos na Masmorra! Aqui não nos interessam hits nem vendas. Queremos é saber de música pura e dura.

Rust in Peace, editado em 1990, apanhou Mafarrico numa sanguinaria fase de metaforfose musical e serviu de rampa de lançamento para o que havia de vir nos anos seguintes - doses massivas de metal de todos os generos, com o Thrash à cabeça – e é portanto o eleito como album maldito dos Megadeth.

Todos, mas todos os temas são de uma excelência inultrapassavel. Hangar 18 continua a ser um dos melhores temas de sempre da historia da musica, mas para a historia da Masmorra fica este video (recorda-se com certeza caro Maléfico).

“Brother will kill brother
Spilling blood across the land
Killing for religion
Something I don't understand

Fools like me, who cross the sea
And come to foreign lands
Ask the sheep, for their beliefs
Do you kill on God's command?”



Ok Dave, agora não te esqueças de ir à missa. Olha que o Jesus está a ver… palhaço.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Por um mundo pior

Após vários anos a evitar o desastre que tem sido o festival Rock In Rio, sentimos chegar a altura de reconsiderar a visão que temos de tal evento quando se abateu sobre nós a poderosa notícia da vinda do colega Lemmy Kilmister. Logo aí se formaram nos nossos belos cérebros pensamentos contraditórios e a reflexão sobre a filosofia e qualidade deste evento tornou-se necessária. Ir ou não ir? Esta é a questão - ou era.

A verdade é que o slogan "Por um mundo melhor" que ao festival estava associado fazia-nos fugir daquilo como nosso maior costuma fugir das cruzes, mas por de baixo desta frase feita, e pensando um mínimo no assunto, torna-se claro que o festival nunca tornou nada neste mundo melhor e nem sequer se esforça para isso. São milhares de pessoas a gastar dinheiro em futilidades e a sujar espaços verdes, decibeis em excesso - debitados através de música na sua maioria detestável e espaço televisivo ocupado por idiotas com óculos em forma de guitarra eléctrica a dizer as parvoíces que lhes ocupam a mente. Pensando assim, e sem mais demoras, já é possível nutrir a simpatia minima pela coisa e já lá podemos ir dar o abraço que o sr. Kilmister vem ansiando faz algum tempo (muitos dizem que a longevidade da sua banda se deve ao facto de nunca ter tido mais de um colaborador da masmorra num dos seus espectáculos).

No dia em que milhares de pessoas nos poderão ver no recinto iremos ignorar os sofríveis Soulfly, erguer os nossos punhos de ferro para os colegas Motorhead, apreciar por demais mas com face de quem não aprecia a música do cristão novo e bastante estúpido Dave Mustaine e comungar com os Rammstein, que com certeza irão fazer descer sobre os presentes o espírito do festival em momentos como este:

terça-feira, 19 de maio de 2009

um amanhecer entediante à tarde

Entidades malignas que me escutais,

Se continuais a ler esta mensagem que para vós escrevi, é desde já um bom sinal. Dado ser este nosso veículo de comunicação desprovido de som, significa isso que sois uns falsos e que mesmo não me podendo escutar prosseguistes com a respectiva leitura.

Como se poderá ter depreendido da leitura atenta das primeiras linhas que antecedem estas, onde os vossos negros olhares incidem a sua atenção, estou enfadado.

Sinto ondas de ócio percorrerem-me os mais ínfimos nervos do meu dormente sistema nervoso. O tédio que me envolve é mais denso que o magma que jorra da fonte ornamental que temos à entrada da Masmorra. A pressão do nada e do nenhum, esmaga-me o crânio e sinto (consigo escuta-los) todos os meus ossos, cartilagens e outras junções a estalarem de inactividade. O sangue jorra lento pelas minhas veias e artérias, escorrendo por força da gravidade e ascendendo com dificuldade, bombeado por uma máquina sobredimensionada para este meu estado pré-catatónico. O meu olhar incide vagamente, há horas, num ponto fixo que apesar de inexistente me prende a atenção, pela simples razão que não dá trabalho nenhum fazê-lo e que nada mais em seu redor é digno de um simples piscar de olhos. Os insectos, repteis e roedores, habitantes clandestinos desta Masmorra onde me encontro, encorajados por este meu estado estatuário, perderam todo os seus normalmente fundados receios, e percorrem livremente a área que me circunda, sem que isso me arranque um único gesto ou reacção. O som do aparelho telefónico insiste em chamar a minha atenção, mas prefiro fixar-me no musgo que cresce lentamente nas paredes e que assim vai ocupando o espaço envolvente.

Enfim, mais uma bela e pesarosa tarde sem nada para fazer.

Deixo-os com um tema musical (desta feita não da minha autoria) que capta na perfeição a atmosfera que me circunda…

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Nº 18

mafarrico,

ao longo da sua longa e atribulada vida (recheada de confrontos, trabalhos e complicações), ao longo dessa luta diária de proporções épicas, com certeza já sentiu necessidade de parar e "por ordem na casa". Um simples respirar fundo e organizar as coisas de maneira a que o trabalho futuro pareça mais simples e ao mesmo tempo menos complicado.

Acontece a todos, desde os demónios de castas inferiores até aos mais importantes, passando por nós que estamos no topo, e daqui se depreende a importância das listas, topes e afins na nossa vida. Penso mesmo que todos os dias devemos parar para pensar e organizar as coisas mais importantes por ordem de importância para conseguirmos distinguir as que verdadeiramente importam das que não importam. De uma forma simples e objectiva.

Sendo assim, penso que de ora em diante a Masmorra poderá ser um local para partilharmos os nossos Topes, fúteis e ao mesmo tempo de extrema importância e para começar indico um dos que mais me assalta o pensamento durante os longos dias em que mal tenho tempo para parar.

Aviso : Sabendo que um top é algo extremamente volátil e efémero, procedi a uma aturada e profunda pesquisa, sendo que escolhi os primeiros três espécimenes que me lembrei e que obedeciam aos critérios. Ainda assim penso que será um desafio para o meu caro colega destronar o primeiro, segundo e terceiro lugar.

Outro aviso : Também o quero avisar que, tendo um top a importância que tem, e sendo de âmbito musical, achei que devia alargar o espectro do estilo, e não me debruçar apenas sobre a musica dita mais extrema.

Deixo-o com o TOP 3 de musicas cujo inicio (vulgos primeiros segundos) é um solo de bateria.

3ª Posição


2ª Posição


1ª Posição


Gargalhada maléfica! Enganei-o com aquele pequeno pormenor do estilo musical alargado? Nova gargalhada! Mesmo que eu perdesse tempo a ouvir e pensar em estilos musicais inferiores, ambos sabemos que nenhum baterista entre esses reles músicos tem talento e sequer força nos braçitos para fazer frente aos nossos rapazes.

Tum-ba-di-dum batitum pataaaaaa ,
M.P.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Nº 17

mafarrico,

já aqui conversamos sobre as pessoas patéticas que o deixam de ser. Mas também existe a outra face da moeda. O vice-versa como se costuma dizer. Isso irritam-me fortemente, ao ponto de desejar que tais fulanos passem a eternidade na brisa amena do céuzinho (ao contrário de nós que iremos para as chamas do Inferno).

Infelizmente uma dessas pessoas já foi figura proeminente na nossa causa, líder e ídolo de uma geração, ele é o otário Dave Mustaine. E como todos os otários não consegue estar calado, agora diz :

"I made clear to my agent that I won't play with Satanic bands, and the promoter booked the band without checking with the agent. Because I'm a legend, I don't need to play with people who have gone on record and said they're an enemy of mine. Because I believe in God and he believes in Satan, that means we're enemies, right? It doesn't mean I can't pray for the guy; it just means he doesn't like me and he said so. And I told them that I was stepping off the bill. I never said to cancel those guys. "

Ah! A velha tolerância cristã, que em consciência não o deixa utilizar o palco que horas ou minutos antes foi utilizado por um ser maléfico da nossa estirpe (buuuuhuuuuu!!!).... Será que o nosso amigo também não utilizaria uma carruagem de metro se soubesse que no dia anterior o Vincent Price a tinha utilizado a caminho do seu pequeno-almoço? Será que iria procurar um outro hospital de urgência se o sr. enfermeiro lhe dissesse "Por acaso, ontem tivemos aqui o Sr. Crowley com um braço partido.". Será que se a sua influência no mundo musical fosse outra, ele continuaria com a mesma posição e voltava ele para casa, em vez de obrigar os nossos rapazes a desistirem do concerto? Não sei ,são questões que não interessam ao menino jesus (como é costume dizer-se).

Interessa é recordar o obra deste senhor quando tinha algo que não era totalmente idiota a dizer:

"If there's a new way,
I'll be the first in line.
But, it better work this time.
"

(e que grande, grande música, enorme!)



Infelizmente para o Sr. Mustaine a sua "new way" foi uma paspalhice total

Um forte abraço,
M.P.