quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Tríptico

mafarrico,

o historial infernal de referências triplas é já algo muito antigo, por de certo lhe lembrará automáticamente esse segmento televisivo que visionavamos enquanto petizes chamado 'Triple Thrash Treat'.

Será verdade que o que vou escrever aqui tenha mais afinidades com outro segmento visionado na infância de seu nome "E aqui? O que é que não está bem aqui?" do que com o TTP, mas peço-lhe que tenha ambos em mente ao ler o que se segue.

É que vou fazer uma tripla referencia cinematográfica , literária e musical. Algo inédito, mas que quis o destino e a força temporal que fizesse sentido aqui e agora. Acompanhe-me portanto.

Em 1962, Anthony Burgess escreveu um romance fenomenal intitulado "A Clockwork Orange" e do qual sou ferrenho admirador, este escrito de qualidade superior conta a historia de Alex, um simpatico rapaz que com os seus amigos vivia um estilo de vida bastante saudável para os nossos standars masmorrificos, cujas aventuras com drogas , destruição, violações, roubos e delinquência nos transportava para uma reflexão sobre a moral e a dicotomia bem/mal. O nosso amigo e afável Alex, será resgatado, e "curado", o que levanta outras questões interessantes relacionadas com o livre arbítrio e outros conceitos inerentes ao ser humano, e também a nós próprios.

Um livro brilhante e que pode muito bem ser considerado um dos melhores escritos de todos os tempos.

Nove anos volvidos, Stanley Kubrick realizou um filme baseado neste livro a que chamou "A Clockwork Orange" e do qual sou ferrenho admirador. Um filme de extrema qualidade, fiel ao livro até na linguagem utilizada pelos confusos e violentos teenagers, e que trouxe para o grande ecrã os episódios relatados no livro. É um filme obrigatório. Tenho de acrescentar que quem diz mal dele é obviamente um descerebrado que merece a tortura de rever o "Música No Coração" três vezes por dia até ao fim dos seus dias.

Um filme brilhante e que pode muito bem ser considerado um dos melhores da humanidade.

Isto tudo para chegarmos a 2009 e vermos a edição do novo disco dos Sepultura. É isso ai meu irmão, o Sepultura vai editar um disco totalmente baseado na história acima descrita. O disco dito conceptual e entitulado "A-Lex" sai dia 26 de Janeiro e promete ficar bem longe da qualidade universal dos trabalhos referidos em cima. Mas que não deixa de ser uma visão da história que interessa ouvir e da qual se espera alguma qualidade sonora.

Sepultura esses que, tal e qual,os génios em cima mencionados têm nesta altura uma carreira morta, Burgess e Kubrick morreram efectivamente o que os impede de realizar novos trabalhos, enquanto os Sepultura estão vivos mas não editam nada acima de mediocre desde 1993.

Fica assim feita a primeira referência tripla da masmorra, e como ilustração deixo uma cena do filme de Kubrick, cena esta fiel à passagem do livro e que sem dúvida terá lugar numa faixa bem poderosa do novo A-Lex. É uma das minhas cenas cinematográficas preferidas de todas as cenas cinematográficas que já tive a oportunidade de ver.



assim me despeço de todos os meus droogies infernais
M.P.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

The Infernal Dungeon or the devil’s lair for adepts and beginners

Horríveis destinatarios desta mensagem,

Penso que estareis impressionados com a natureza estrangeira que pontifica no título desta missiva. Estupefactos, diria mesmo! Mesmerizados, atrevo-me a dizer!!

Pois tenho-vos a comunicar que tal não passa de um subterfúgio linguístico, um jogo de palavras, uma técnica ancestral para captar a atenção daqueles que não dominam o nosso tenebroso dialecto.

Tudo teve inicio há muitos, muitos séculos atrás, ainda o nosso Mestre reinava absoluto por estas terras, sem sinal daqueles que nos vieram importunar com ideias de luz, paz e amor (.... pausa para respirar fundo...). Nesses tempos idos tudo eram trevas e dor e havia sítios para fazer coisas bem fixes.
Entretanto, o tempo foi-se passando e tal e na semana passada, o Maléfico fez-me chegar às mãos um precioso relatório, onde constavam informações igualmente preciosas (como o relatório), relativas às visitas de agentes externos que este nosso espaço tem recebido.
Almas perdidas, que buscam uma orientação no lado negro, chegam-nos a rodos guiadas pelos pérfidos conhecimentos que daqui emanam e por pesquisas no google.

Após longas horas de estudo, dedicadas a analisar o perfil daqueles que nos seguem espontaneamente, eis que uma luz se apaga no meu cérebro: todas as amaldiçoadas buscas tinham sido redigidas neste nosso dialecto, dito Luso.

Daí portanto, a ideia de lançar este inteligente isco para reencaminhar pesquisas de todo o globo, qual aranha preparando a sua teia (web).

AH AH AH AH (satanic laughter!)

\m/

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

5/11 Ode ao Diabolicus nos circulos russos

O dia 5 de Novembro sempre foi um dia especial para todos nós, fiéis participantes das actividades satânicas desta Masmorra, pelo facto de ser o dia que marca o incremento de 1 unidade, no contador que mede os séculos de perfídia e malvadez, associados à existência terrena do colega Diabolicus.

Pois é! Os séculos sucedem-se sem parar, as semanas parecem intermináveis e cá estamos nós para celebrar com o prezado parceiro maldito, mais um dia do seu aniversário!

Como não podia deixar de ser, o Maléfico e eu próprio, decidimos organizar mais um grande evento musical, que reunisse alguns dos das nossas hordas e assim prestar homenagem a esse grande demónio que responde pelo nome de Diabolicus, se assim for chamado num tom de voz gutural e pesado.

O pavilhão atlântico foi o palco eleito para local das profanas ocorrências, mas como ia haver um jogo de basket, optamos por tomar de assalto um barco ancorado no rio Douro, invocar um trio musical americano de post-rock que estivesse ali por perto e assim dar uma festa dos Diabos que juntasse a homenagem ao Diabolicus com um agradável momento musical, num porão apertado onde umas largas dezenas de demónios pudessem assimilar a pesada torrente decibelica debitada pelos Russian Circles!

E foi assim que bebemos uns copos, contamos umas piadas, passamos largos momentos de silêncios constrangedores, confraternizamos com demónios de outras estirpes e assistimos a um excelente concerto.

Só faltou mesmo a presença do celebrado Diabolicus! Foi pena, para o ano temos mesmo que nos lembrar de o convidar.

\m/
5 nov 08

ref. discografica 666 - o caminho

mafarrico,

por onde anda que não o vejo na masmorra há algum tempo? Nisso somos parecidos porque parece que não me tenho visto a mim próprio por aqui também.

Decidi dar um pulinho a este antro quando reparei que era chegada a hora da ref. discográfica nr. 666, nem mais nem menos, o que é sem duvida uma coincidência deveras aprazível.

Tal honra recaiu sobre um agrupamento relativamente novo, porque devemos dar visibilidade aos mais jovens que têm valor e demonstram ser uma lufada de ar bafiento numa cena musical que, por vezes, perde a estagnação e deixa antever vislumbres de ar puro o que se quer evitar e nem faz bem aos nossos pulmões (ouvidos, isto é).

Peço então que direccione a sua atenção musical para os Gojira e o seu mais recente The Way Of All Flesh.



M.P.