quinta-feira, 30 de junho de 2011

ref. discografica nr. 666 - se uma unha incomoda muita gente ...

... 20 unhas incomodam muito mais!

É com este adágio infernal que retomo os caminho diabólicos das nossas referências discográficas. E já agora, aproveito outro dizer popular, que é "Povo que à referência masmorrenta não atenta, no inferno os glúteos esquenta!" ou qualquer coisa neste efeito.

A referência que ora vos apresento não é de pouca monta, é simplesmente o melhor disco da década de 00 do séc. de 21, não é algo que se diga de ânimo leve, bem sei, mas é a mais pura verdade e um Demónio nunca mente. Este galardão infernal foi atríbuido após grande deliberação de todos os sábios do Inferno (i.e. Mafarrico e Maléfico) - se bem que Mafarrico talvez não lá tenha estado - sendo (após acessa votação), unânime que deveria ir para um agrupamento oriundo do país vizinho àquele em que a Masmorra está sediada fisicamente.

"De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento" dizem, repetidas vezes, alguns energumenos que por ai andam, uma frase que após dissecada se verifica excluir os lançamentos de discos Heavy Metal, o que é bom, porque assim temos coisas como o disco aqui refernciado. Espanha!, o que nós nos divertimos quando lá passamos aquelas célebres férias, sempre de fones nos ouvidos e Walkman no cinto - A Inquisição Espanhola! ainda hoje lhe chamam os que se lembram.

Estávamos em 2004 (que curiosamente é o ano 666 no calendário de Maléfico) e o trio Moho lembrou-se de gravar um conjunto de músicas a que chamou "20 Uñas" - que na lingua de Cervantes, e portanto deles próprios, quererá dizer qualquer coisa que agora não estou a conseguir decifrar. E é pura e simplesmente, o melhor petardo metálico lançado para o ar neste século tão cheio de ruidosos petardos. 6 músicas tão diversas como tomos épicos de 9 minutos (...e até mais) e murros no estômago de 2 minutos e meio, estamos a falar de algo como o exemplar Culebra (com os seus riffs arrastados que provocariam uma defecação colectiva aos membros dos Electric Wizard), e evidentemente o furioso e simplesmente entitulado Punk, que não poucas vezes, quando exímiamente apresentado ao vivo, provocou à audiência uma vontade desenfreada de arrancar a cabeça de quem estivesse ao seu lado e a atirasse para o palco (isto aconteceu várias vezes e está documentado).


Não querendo etiquetar a sonoridade destes Moho, não é todos os dias que uma banda pode ser catalogada de Stoner/Grindcore/Doom, mas eles são isso tudo ... e muito menos!

Dito isto, é fácil e largamente consensual lançar o veredicto : Diabito que nunca tenha ouvido este disco, está-se bem a ver, é um pobre coitado que tem na sua vida uma fraca desculpa para ser pouco mais que um idiota.

1 comentário:

\m/afarrico disse...

Recordo-me bem de estar ausente desse sufrágio popular, que teve por lema a eleição do melhor trabalho de manicure infernal da década de dez anos.
Apenas uma ressalva, um ponto de melhoria a melhorar em melhorias a implementar nos escrutinios futuros: parece-me demasiado justo que tenham sido os únicos concorrentes ao galardão a terem ganho o mesmo.
O estatuto de besta infernal máxima que Maléfico hostenta, confere-lhe a responsabilidade de pelo menos ser atrozmente injusto para com todos aqueles que se estupidamente se sujeitam à sua avaliação.

Mas enfim, acaba por ser uma excelente referência discográfica, que afinal de contas é a razão de ser da Masmorra.
Os Moho por esta altura estarão a braços com um sério caso de R.I.E. (responsabilidade infernal extra), e deverão ter encetado uma fuga para Espanha por temerem não estar à altura de tamanha elogio.