domingo, 12 de junho de 2011

Entombed @ Hard Club 11Jun11


Bom, após um breve interregno motivado por motivos, já sabemos qual a música que se esvai actualmente do pesaroso sistema sonoro que sustenta e mantém altivo o Pandemónio.

O Sr. Satanás, porventura por achar que pudessemos estar a desviar-nos do caminho errado, enviou alguns dos seus esbirros mais fiés, para nos recordar qual a verdadeira essência da sua mensagem.
Mas mais do que isso, Ele próprio compareceu no local onde se deu a sessão de esclarecimento, só com direito a respostas, sem perguntas.

E foi sem grande espanto nem admiração, que Mafarrico e Maléfico, testemunharam a magnifica e magnânime prestação dos Entombed, mestres suecos do Death'n'Roll, essa pérfida simbiose entre a brutalidade do death metal com o groove do rock'n'roll. Sempre com a presença bem visível do Seu vulto em fundo e a pairar sobre as nossas cabeças, prestes a fazer rolar algumas caso a coisa não corresse na imperfeição por Ele desejada.

Tudo aconteceu ontem no Hard Club, que continua assim a fazer juz à sua fama de local de culto à musica das tribos alternativas.

Com um setlist composto por 18 temas e baseado nos primeiros trabalhos da banda (Clandestine (92) e Wolverine Blues (93) foram as principais fontes da contaminação, com 5 e 4 temas respectivamente), os Entombed traziam instruções precisas sobre como abrir mentes, arrancar cabeças e assim reavivar as consciências mais obliteradas do verdadeiro espírito do nosso Senhor.

O evento teve na sua abertura o tema Eyemaster para não haver dúvidas ao que os Entombed vinham: riffs do Inferno e ritmos do Diabo.
Clássicos como Living Dead, Sinners Bleed ou Left Hand Path encheram os presentes de amargura e fizeram rejubilar o mais contido dos demónios.

Mas o pico máximo da apóteose deu-se aquando do primeiro encore, com os incontornáveis Chief Rebel Angel e Demon. Uma forma simples e erudita que os Entombed encontraram de comunicar aos seus seguidores que ainda são uma banda do C@#&lh0 e que é esta a verdadeira música do Demo.

A coisa terminou com o épico (no mau sentido) Out of Hand, e coisa rara nos dias de hoje, com a banda a mostrar-se imune a qualquer sindrome de pedantismo e a vir cumprimentar os presentes com apertos de mão, cachaçadas e violentas cabeçadas.

E Ele, sempre ali... a ver...

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