Parceiros do Mal,
Atingidos que estão os 15 posts mensais da praxe, permito-me levantar um pouco a fasquia e acrescentar mais um, para que no próximo mês nem nos lembremos de tal coisa!
Desta feita, ocorreu-me escrevinhar uns ditos sobre um álbum que me apraz particularmente já desde os tempos em que a Masmorra Infernal não passava de uma referência de renome por entre todas as entidades infernais de peso, quando ainda estava longe a projecção cósmica que sabíamos na altura viríamos a alcançar mas que nem nos passava pela cabeça.
Refiro-me a um dos primeiros não-Heavy Metal álbum que realmente apreciei, tanto pela música em si (sempre positivo tratando-se de um disco) como pelas letras e neste caso, pelo conceptualismo em torno da referida obra.
Refiro-me como já terão todos adivinhado (com excepção obvia dos dois colegas de Masmorra) do disco “Murder Ballads” do sombrio e maquiavélico Nick Cave.
Este conjunto de músicas de 1996, é integralmente dedicado à descrição em forma cantada de assassinatos a sangue frio, sem excepção!
Do princípio ao fim, somos brindados com as explicações sobre métodos e motivações por parte dos executores e dos sentimentos e tristeza das suas vítimas. Sempre em ambientes idílicos e inocentes.
Deste compêndio da arte de assassinar sem remorsos nem emoções, destaco um tema que é por demais interessante tanto pela extensão temporal (14’28”), como pela quantidade de mortos (12): “O’Malley’s bar”.
O enredo é basicamente o seguinte, a personagem principal, um ser solitário e atormentado por pensamentos deviantes, entra num bar de uma pequena cidade americana de onde ele é natural. Após tomar uma bebida, pega na sua arma e dá inicio a um processo de reflexões filosóficas e de execuções sumarias dos restantes convivas, à medida que tece comentários sobre os próprios. A letra é por demais extensa para ser colocada aqui na MI (4 paginas A4), mas vou destacar algumas passagens para que tenham uma ideia mais correcta do que me refiro:
“I am tall and I am thin
Of an enviable hight
And I've been known to be quite handsome
In a certain angle and in certain light
Well I entered into O'Malley's
Said, "O'Malley I have a thirst"
O'Malley merely smiled at me
Said "You wouldn't be the first"
I knocked on the bar and pointed
To a bottle on the shelf
And as O'Malley poured me out a drink
I sniffed and crossed myself
My hand decided that the time was nigh
And for a moment it slipped from view
And when it returned, it fairly burned
With confidence anew
Well the thunder from my steely fist
Made all the glasses jangle
When I shot him, I was so handsome
It was the light, it was the angle”
(…)
“Well, the light in there was blinding
Full of God and ghosts of truth
I smiled at Henry Davenport
Who made an attempt to move
Well, from the position I was standing
The strangest thing I ever saw
The bullet entered through the top of his chest
And blew his bowels out on the floor”
(…)
“Well, I checked the chamber of my gun
Saw I had one final bullet left
My hand, it looked almost human
As I raised it to my head
"Drop your weapon and come out!
Keep your hands above your head!"
I had one one long hard think about dying
And did exactly what they said”
Simples e poético!
Atingidos que estão os 15 posts mensais da praxe, permito-me levantar um pouco a fasquia e acrescentar mais um, para que no próximo mês nem nos lembremos de tal coisa!
Desta feita, ocorreu-me escrevinhar uns ditos sobre um álbum que me apraz particularmente já desde os tempos em que a Masmorra Infernal não passava de uma referência de renome por entre todas as entidades infernais de peso, quando ainda estava longe a projecção cósmica que sabíamos na altura viríamos a alcançar mas que nem nos passava pela cabeça.
Refiro-me a um dos primeiros não-Heavy Metal álbum que realmente apreciei, tanto pela música em si (sempre positivo tratando-se de um disco) como pelas letras e neste caso, pelo conceptualismo em torno da referida obra.
Refiro-me como já terão todos adivinhado (com excepção obvia dos dois colegas de Masmorra) do disco “Murder Ballads” do sombrio e maquiavélico Nick Cave.
Este conjunto de músicas de 1996, é integralmente dedicado à descrição em forma cantada de assassinatos a sangue frio, sem excepção!
Do princípio ao fim, somos brindados com as explicações sobre métodos e motivações por parte dos executores e dos sentimentos e tristeza das suas vítimas. Sempre em ambientes idílicos e inocentes.
Deste compêndio da arte de assassinar sem remorsos nem emoções, destaco um tema que é por demais interessante tanto pela extensão temporal (14’28”), como pela quantidade de mortos (12): “O’Malley’s bar”.
O enredo é basicamente o seguinte, a personagem principal, um ser solitário e atormentado por pensamentos deviantes, entra num bar de uma pequena cidade americana de onde ele é natural. Após tomar uma bebida, pega na sua arma e dá inicio a um processo de reflexões filosóficas e de execuções sumarias dos restantes convivas, à medida que tece comentários sobre os próprios. A letra é por demais extensa para ser colocada aqui na MI (4 paginas A4), mas vou destacar algumas passagens para que tenham uma ideia mais correcta do que me refiro:
“I am tall and I am thin
Of an enviable hight
And I've been known to be quite handsome
In a certain angle and in certain light
Well I entered into O'Malley's
Said, "O'Malley I have a thirst"
O'Malley merely smiled at me
Said "You wouldn't be the first"
I knocked on the bar and pointed
To a bottle on the shelf
And as O'Malley poured me out a drink
I sniffed and crossed myself
My hand decided that the time was nigh
And for a moment it slipped from view
And when it returned, it fairly burned
With confidence anew
Well the thunder from my steely fist
Made all the glasses jangle
When I shot him, I was so handsome
It was the light, it was the angle”
(…)
“Well, the light in there was blinding
Full of God and ghosts of truth
I smiled at Henry Davenport
Who made an attempt to move
Well, from the position I was standing
The strangest thing I ever saw
The bullet entered through the top of his chest
And blew his bowels out on the floor”
(…)
“Well, I checked the chamber of my gun
Saw I had one final bullet left
My hand, it looked almost human
As I raised it to my head
"Drop your weapon and come out!
Keep your hands above your head!"
I had one one long hard think about dying
And did exactly what they said”
Simples e poético!
6 comentários:
Absolutamente fantástico caro Maléfico.
É o tipo de literatura que devemos passar a dar aos pequenos diabos na formação. Estou sempre a insistir na formação e parece-me que o comparsa descobriu mais um compêndio ideal para dar aos pequenos diabretes que andam por aí a fazer asneiras menores.
Desconhecia, devo admitir, que esse tal Nico Cave tinha um sentido tão apurado para a escrita de letras musicais. O Diabo subiu uns pontos na minha consideração.
Mudando 180º neste comentário, mas mantendo o teclado e o écran na mesma posição para não ficar com um torcicolo quer acrescentar a próxima malvadeza que me preparo para realizar..
Por esta hora estou fechado na minha jaula com umas rábulas a preparar uma tarefa que me querem obrigar a executar amanhã de manhã bem cedinho...eles nem sabem o que os espera...ao invés de ser submetido a provas juntamente com os restantes anjinhos irei soltar fortes labaredas que a todos deixarão chamuscados, um ou dois realmente envoltos em chamas de facto.
Será um belo espectáculo ver o material a arder e a sessão de provas cancelada, ao mesmo tempo que os gritos começarão a abundar e as ambulâncias do INEM a chegar.
Mais 180º para voltarmos à posição inicial, e quando é que vamos beber um copo ao O'Malley?
Ó Diabo, foi o Mafarrico que escreveu isto..
diabolicus,
parece-me um pouco confuso em relação a quem escreve o quê, será já a consequência de ataques provenientes de senhoras idosas?
mafarrico,
realmente é uma bela rodela de plástico sonoro este cd, devo dizer-lhe que há pouco tempo fui ver o senhor nick cave com os seus bad seeds e eles tocaram alguns dos temas deste disco. Stager Lee e Lovely Creature. Não tocaram este referido por si e que é sem dúvida o ponto alto do disco e, quem sabe, de uma carreira.
Diabolicus,
Vejo aí uma manifesta vontade velada de dar início a um contributo efectivo em termos de conteúdos em forma de posts!
A MI aguarda por si. Aceite o ignobil convite que lhe foi endereçado pelos mais altos signatarios deste antro, e torne-se um masmorrense de plenos direitos.
Maléfico
Informe o Diabolicus dos direitos e regalias que este pode usufruir!
Quanto ao post, de facto este terá sido o ponto alto da carreira deste ser andrajoso. Soube desse evento a que o Maléfico diz ter assistido, mas na altura optei por não participar dado ter sido confrontado com a necessidade de entregar um quinhão de euros em troca da liberdade de acesso ao recinto.
diabolicus,
não iria usufruir de nada, não teria direitos e não teria deveres. Basicamente é isto.
Mas contribuiria para que a masmorra se tornasse um local em que todos os seus leitores contribuem para a escrita.
Ou seja ficaria a formula perfeita de 3 gatafunhadores = 3 leitores atentos e criticos.
ou seja 3 = 3 o que com cálculos triviais nos leva ao nr. 666.
E eu?!?!?!?!! :) :)
Huummmm! Não dá ne?!
[Permitam-me acrescentar às V/ eloquentes palavras, apenas mais estas:
O Nick é enoooorme]
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