Iniciado que está mais um mês, tanto na Masmorra como no mundo exterior, e à semelhança de todos os outros anos, optei por escrever um tema cujo tema seja o tema em si, ie, o próprio mês.
Consultando o ancestral calendário que temos por cima do desnecessário frigorífico da nojenta cozinha da nossa vil masmorra, concluo após alguns cálculos e deduções, que nos encontramos no mês conhecido por Maio.
A este mês do calendário babilónico, estão associados muitos eventos e acontecimentos ancestrais e cujas tradições remontam às longínquas eras esquecidas, e que por isso mesmo já ninguém se lembra, tanto das eras como dos eventos.
Mas há um que nos é (ou deveria ser) particularmente querido.
Falo, como concerteza terá deduzido pelo título deste post, das Maias.
Não, não se trata da obra literária que o colega escreveu em tempos, nem dos nossos desenhos animados preferidos. Refiro-me à tradição que os (des)crentes têm, de colocar ramalhetes destas flores um pouco por todo o lado, mas mais vulgarmente nas suas casas (por detrás da porta) ou ridiculamente nos capôs dos seus automóveis.
Há varias explicações bastante lógicas para este procedimento, mas que me abstenho de descrever aqui. Em primeiro por serem muito alongadas e depois porque não o quero maçar com os meus vastos conhecimentos. Mas basicamente é algo que sempre se fez e que estava relacionado com rituais (ditos pagãos) dos quais o nosso Maior fazia parte com frequência e que normalmente envolviam moças campestres roliças e rosadinhas a correrem semi-nuas pelos campos fora.
Entretanto os tempos mudaram e essas práticas começaram e não serem bem vistas pelos que corriam menos que as moças, e a coisa foi-se perdendo.
Nos tempos correntes, vendo que não conseguiam irradicar a pratica da colocação da dita flor em casas e afins, o clero começou a associar este evento à crendice de que desta forma nenhum de nós conseguiria entrar dentro dos lares assim supostamente protegidos. Esta preocupação assume especial ênfase nesta fase do ano, dado que sendo Maio um dos muitos nomes do nosso Sr. Satanás os ignorantes julgam-nos mais activos por estes dias, chegando alguns a pensar que estaremos de tal forma frenéticos que inclusivamente teremos algum interesse em entrar nos capôs das suas viaturas (as maquinas diabólicas não precisam que o façamos dado serem elas próprias membros das nossas hordas).
Existem diversas versões bastante patéticas, que visam levar os descrentes a colocar tal sinalética nas suas moradas, que vão desde que assim evitam serem mordidos por um burro até aquela que é sem duvida a mais hilariante de todas: a que diz que se a casa não estiver devidamente protegida por tal enfeite floral, o Diabo ao passar, entra na casa e ….caga nos tachos!!!
Esta tradição é-nos deveras favorável! Não goremos portanto as expectativas de quem espera o pior de nós! Prepare-se pois caro colega, que temos uma grande obra pela frente! Eu já procedi às alterações gastronómicas necessárias a potenciar um resultado máximo em termos de capacidade de produção.
Mafarricamente me despeço
Mafarrico
Consultando o ancestral calendário que temos por cima do desnecessário frigorífico da nojenta cozinha da nossa vil masmorra, concluo após alguns cálculos e deduções, que nos encontramos no mês conhecido por Maio.
A este mês do calendário babilónico, estão associados muitos eventos e acontecimentos ancestrais e cujas tradições remontam às longínquas eras esquecidas, e que por isso mesmo já ninguém se lembra, tanto das eras como dos eventos.
Mas há um que nos é (ou deveria ser) particularmente querido.
Falo, como concerteza terá deduzido pelo título deste post, das Maias.
Não, não se trata da obra literária que o colega escreveu em tempos, nem dos nossos desenhos animados preferidos. Refiro-me à tradição que os (des)crentes têm, de colocar ramalhetes destas flores um pouco por todo o lado, mas mais vulgarmente nas suas casas (por detrás da porta) ou ridiculamente nos capôs dos seus automóveis.
Há varias explicações bastante lógicas para este procedimento, mas que me abstenho de descrever aqui. Em primeiro por serem muito alongadas e depois porque não o quero maçar com os meus vastos conhecimentos. Mas basicamente é algo que sempre se fez e que estava relacionado com rituais (ditos pagãos) dos quais o nosso Maior fazia parte com frequência e que normalmente envolviam moças campestres roliças e rosadinhas a correrem semi-nuas pelos campos fora.
Entretanto os tempos mudaram e essas práticas começaram e não serem bem vistas pelos que corriam menos que as moças, e a coisa foi-se perdendo.
Nos tempos correntes, vendo que não conseguiam irradicar a pratica da colocação da dita flor em casas e afins, o clero começou a associar este evento à crendice de que desta forma nenhum de nós conseguiria entrar dentro dos lares assim supostamente protegidos. Esta preocupação assume especial ênfase nesta fase do ano, dado que sendo Maio um dos muitos nomes do nosso Sr. Satanás os ignorantes julgam-nos mais activos por estes dias, chegando alguns a pensar que estaremos de tal forma frenéticos que inclusivamente teremos algum interesse em entrar nos capôs das suas viaturas (as maquinas diabólicas não precisam que o façamos dado serem elas próprias membros das nossas hordas).
Existem diversas versões bastante patéticas, que visam levar os descrentes a colocar tal sinalética nas suas moradas, que vão desde que assim evitam serem mordidos por um burro até aquela que é sem duvida a mais hilariante de todas: a que diz que se a casa não estiver devidamente protegida por tal enfeite floral, o Diabo ao passar, entra na casa e ….caga nos tachos!!!
Esta tradição é-nos deveras favorável! Não goremos portanto as expectativas de quem espera o pior de nós! Prepare-se pois caro colega, que temos uma grande obra pela frente! Eu já procedi às alterações gastronómicas necessárias a potenciar um resultado máximo em termos de capacidade de produção.
Mafarricamente me despeço
Mafarrico
5 comentários:
mafarrico,
mais um bom texto, esta dissecação da cultura popular e posterior solução daquilo que é um mistério para muitos não é de menosprezar.
Por vezes na imensidão da nossa vasta e humilde sabedoria não nos apercebemos que a grande maioria dos seres existentes são intelectualmente muito inferiores a nós e nossos colegas. Sendo assim não devemos ser surdos aos seus gritos de agradecimento e devemos continuar a espalhar ensinamentos, como este que acabou de espalhar.
São coisas como estas que me fazem ponderar começar a cobrar entrada na MI.
Mas está a pensar cobrar a entrada a mim, seu colega de Masmorra?
Estará este post assim tão abaixo dos níveis qualitativos a que eu já habituei todos os nossos admiradores?
Aguardo calmamente a sua resposta...
então?!??! nunca mais responde!?!?!
mafarrico,
claro que a si nao lhe cobraria entrada na masmorra da qual é co-autor e co-fundador.
o meu caro colega dá o que quiser dar!
Prezado comparsa de perfídia e malvadez,
Folgo em saber que as entradas na Masmorra para fundadores e membros activos, não irão ser taxadas.
Mas porque não levar por diante a ideia de onerar o acesso a todos aqueles que nos visitam e daqui retiram toda a espécie de ensinamentos e exemplos para a vida?
Uma boa ideia seria o colega ficar na entrada a cobrar os respectivos "bilhetes". Caso se comprove que o fluxo de visitantes, como estou certo se verificará, é por demais caudaloso, poderemos ponderar a hipótese de instalar um controlo de acessos tipo festival de verão, com pulseirinhas e coisas do género e contratamos colegas do gang da ribeira para o substituírem nas acções de boas vindas / triagem dos incautos curiosos.
Que lhe parece?
Passam-se uns dias sem aparecer na Masmorra e somos logo confrontados com taxas à entrada...de louvar, não fosse o tema tão maquiavélico, por isso parece-me bem.
O post está genial, ao nível das obras de arte mais imundas que já foram concebidas.
Tb eu gostaria de participar na tradição das Maias e espalhar por aí os dejectos em portas alheias. Talvez assim o ar na masmorra não se tornasse tão pesado.
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