segunda-feira, 14 de julho de 2008

mub 08

mafarrico,

aproveitando a sua pertinente pausa na silly season venho dar conta de um pequeno trabalho que efectuei este dia passado.

Desloquei-me vários quilómetros para assistir a um festival designado como mub08. Achei necessário porque era a primeira edição deste evento, e é importante uma deslocação ao local para posterior relatório ao Chefão.

Este festival não era dirigido pelos ruídos pouco subtis a que estamos habituados, mas antes por sonoridades de agrupamentos pouco conhecidos e que apostam mais na tristeza e depressão que conseguem retirar dos seus instrumentos em deterimento de som arrasador. É eficaz e dá azo a grandes momentos musicais, épicos até.

O festival em si estava mau, porque o local e a organização estava preparado para receber "4 mil visitantes diários" e não estariam lá mais do que 400 , 500 almas. quando assim é corre tudo estranhamente, porque basta, por ex. ter la dois gajos a vender panikes mistos que ninguém nota que não há comida, basta ter um caixote do lixo junto da mesa de som, que nada fica excessivamente sujo e as casas de banho chegam e sobram porque não são 4000 pessoas a utilizar, são um décimo. Como é óbvio e dado a nossa natureza, preferíamos ver o pessoal com fome, frio e raiva, a vociferar impropérios contra a sujidade do recinto e problemas de organização, e quantos mais melhor. Isso não aconteceu.

Uma nota à parte para a musica. Vizualizei e ouvilizei cinco concertos. Foram todos bons, ou muito bons ou excelentes.

Como ilustração disto, deixo-o com uma banda que esteve presente, uma prestação noutro sitio qualquer , noutro ano e com um tema que não tocaram.



i bid you farewell, i see you in hell
M.P.

4 comentários:

\m/afarrico disse...

Maléfico,

É com grande espanto que ouço as minhas próprias palavras, enquanto leio o relato que tão bem escreveu.

Não por nenhuma razão associada ao paupérrimo conteúdo deste último, mas porque tenho a faculdade de ler um texto e simultaneamente recitar outro completamente diferente.
Daí que o meu marasmo adveio, não do seu relato, mas de algo completamente diferente e que não merece aqui ser mencionado.

Mas voltemos ao festival mub08! Não fisicamente, até porque já terá acabado, mas em forma de crítica que este tão bem merece.
Acho positivo que frequente eventos musicais que não sejam de origens satânico-metaleiras. Há que procurar as metástases do mal entre todos os géneros musicais. O Chefão irá com certeza prestar a devida atenção ao seu relatório. Espero que esteja um pouco mais completo que este que aqui apresenta. Ele costuma ter pouca paciência para coisas medíocres (excepto obviamente quando daí advém algo de mau).

Também ocultaria alguma informação do seu relatório (todos sabemos como Ele gosta do oculto). Não mencionaria tão abertamente o facto de a fraca afluência de público ter resultado num evento calmo e ordeiro.
Fica a pergunta no ar: porque não provocou você o caos e a desordem que se impunham?! Com um manancial de 400 almas tal deveria ter sido possível. Bastava que tivesse comido todos os paniques mistos das duas barraquinhas e de seguida conspurcasse os wc ao ponto de os tornar impraticáveis para os restantes. Nada que nunca tenhamos feito antes. Recordo o festival de Woodstock em 1969, projectado para 50.000 pessoas e onde compareceram cerca de 400.000. Diz-se que a maioria não terá pago o ingresso, mas na verdade é que as 350.000 pessoas a mais, eram de facto nós os dois! É verdade que não pagamos o bilhete (até porque desconhecíamos a existência de tal coisa).

Enfim, gostei do seu post, à altura do que de melhor se tem feito nesta MI, o que só por si já não quer dizer nada mas afere da qualidade do mesmo.

\m/

Maléfico Patético disse...

mafarrico,

estou de férias!

\m/afarrico disse...

Nesse caso, bom trabalho!

Diabolicus disse...

Boas férias e bom trabalho, porque em férias tb se trabalha, e não é pouco, enquanto no trabalho se procura estar de férias, ainda que sentado numa cadeira imunda qualquer e escondidos atrás de um écran.

Pelos vistos o colega anda mesmo em passeio, por festivais originais e ainda pouco desbravados. Uma situação contrária a todos os cenários onde costumo estar envolvido. Penso que estou a desenvolver um trabalho de base e a semear o caos e a discórdia em ambientes onde ainda reina a calma e aparente racionalidade.

Apreciei por demais as sugestões do Mafarrico, e a forma como poderia ter animado o evento..ou isso ou umas labaredas sem ninguém dar conta.