quinta-feira, 17 de abril de 2008

It's fucking art, man!!!

mafarrico,

é a fucking arte, homem! Claro que a sua imensa sabedoria já localizou a que arte pertence esta lírica, proferida por esses líricos de tempos idos.

E a arte? O que é a arte? É uma questão que nos atravessa os pensamentos pelo menos nenhuma vez na vida, ou até menos. Pelo que se impõem que se chame a atenção para ela.

Falemos a sério de assuntos sérios. A arte foi um conceito criado por Satanás para levar uma percentagem considerável da população humana para o Inferno. Passo a explicar, grande parte da população fica bastante irada ao ser confrontada com a dita 'arte' nos museus, basta reparar com atenção como os mortais proferem de forma raivosa "ISTO é arte?". Dito isto, estão a incorrer no pecado da ira, e como se não bastasse, muitas vezes, dão um pontapé no caixote do lixo mais próximo, espalhando chicletes e papeis amarrotados pelo chão.

Entre nós sabemos o que é a verdadeira arte e sabemos que ela é disseminada na forma de capas de LPs Heavy Metal. Ora foi imbuído de espírito artístico que decidi dar um pouco mais de cor à masmorra e escolher um quadro para pendurar na parede.

Primeiro escolhi o local - o corredor que vai dar às salas de tortura da sub-cave. Depois fui vasculhar os LPs em busca da imagem mais apropriada, que tivesse algo a ver com o local, o ambiente e a parte mais poética das nossas não-almas ... a minha escolha recaiu sobre :







O LP homónimo dos Metallica, por certo terá outras escolhas. Pendure-as ao lado deste, se o conseguir encontrar que eu dei uns passos atrás para ver se estava torto, deviei os olhos e não mais o consegui localizar.

M.P.

9 comentários:

\m/afarrico disse...

O que dizer sobre este post?
Excelente! O tema é sofrível, pela fluência e riqueza do texto, percebe-se que a veia criativa do amigo Maléfico não está nos seus melhores dias, mas ainda assim o resultado final resulta em cheio em algo mediano e com alguma piada.

Eu sou apologista que este espaço seja um reflexo da nossa própria vivência e experiências da noite-a-noite. E haverá melhor maneira de o fazer do que através da arte? Seguramente que sim, mas custam um dinheirão e dão trabalho. Portanto ficamo-nos pelas manifestações artísticas mais básicas, das quais pendurar capas de LPs na parede é apenas um exemplo.

Dizer que a arte é uma arte do Sr. Satanás, é uma redundância e uma referência circular. Ou seja, damos uma grande volta e regressamos ao ponto de partida.
Mas debrucemo-nos um pouco sobre este tema sem mais delongas.
No início não havia nada! Era o vazio, o espaço infinito. Depois aconteceram imensas coisas, algumas ao mesmo tempo, houve montes de explosões de gases, apareceram animais e conchas chamadas fosseis que ficaram no fundo do mar, depois os vulcões e as tempestades seguidos das florestas e das montanhas cobertas de neve. Quando o criador de todas estas coisas, parou para olhar com calma para o que tinha feito, percebeu que lhe faltava algo para completar o enquadramento perfeito. Para se aconselhar reuniu o seu estado-maior de anjos, que basicamente não disseram nada de jeito e que se aproveitasse. Apenas um entre eles, de seu nome Lúcifer, se chegou à frente com algo realmente inovador. Sugeriu que se colocasse neste local idílico, resultante de tanta criatividade do ser magnânime, uma raça de animais superiores que tomassem conta de tanta riqueza.
A proposta foi de imediato aceite pelo sábio conselho. Homem e a mulher foram inventados e incutidos da responsabilidade de gerir o globo terrestre. Todas as riquezas da terra lhes foram entregues, mas esqueceram-se de os avisar que aquilo era coisa para dar bastante trabalho.
O resultado é o que se sabe. A coisa correu para o torto, e com a ajudinha do nosso Mestre, o então anjo Lúcifer, acabou tudo zangado e houve mesmo expulsões.

Foi então que se deu esse momento memorável em que, o supostamente grande criador, em jeito de desabafo disse aos seus conselheiros “bem podemos limpar as mãos à parede, da merda que fizemos!”.
Os palhaços, que levavam à letra tudo o que o chefe dizia, começaram a esfregar as mãos gordurosas nas alvas paredes da sala celestial. De seguida, mudos de espanto, ficaram de olhar esgazeado a fixar as manchas resultantes desse processo, confusos, sem perceberem a natureza dos novos sentimentos que tal manifestação lhes despertava.

À pergunta, em voz tremula, de um deles “ mas o que vem a ser isto que fizemos e que tanto nos inquieta?”, ouviu-se num murmúrio e em voz sibilante “Arte, é arte isto que acabo de criar…”, após o que todos dirigiram um olhar espantado e de medo para Lúcifer, que ainda teve tempo de soltar uma curta gargalhada, plena de sarcasmo e ironia, antes de disfarçar o vermelho que se começava a notar nas pupilas dilatadas.

Maléfico Patético disse...

mafarrico,

podia repetir? não estava com atenção...

Diabolicus disse...

Arte brutal, em estado bruto, criada por brutos (não esse, mas outros), só passível de ser captada por outros brutos, que lhe conseguem atribuir um significado brutal e os deixam petrificados e pasmos.

Fucking art, foi o espectáculo que tivemos hoje aqui em cartaz. Sem mais delongas me despeço, porque a arte não foi feita para ser comentada, mas para ser contemplada.

André disse...

Insidiosos belzebus,

Personificais o mal e habitais entre as barreiras perversas desta masmorra infernal, indecente, provocadora, irreverente e malévola. Regozijo-me de maldade por vos desenterrar!!!

Eu sou Dhul-Kifl – apesar de receber variadas nomenclaturas diferentes revelo-me perante vós como um percursor da maldade e do ódio. Sirvo-me do ogó (bastão com cabaças que representa o falo) para martirizar anjos papudos, que é um dos meus passatempos favoritos e que será certamente um dos vossos também.

Por me ter constado que mantendes sobre babilónico cativeiro algumas destas entidades e por todas as desgraças e sátiras que vêm sendo conhecidas da masmorra, verdadeira encarnação do mal, virei visitar-vos de quando em vez, certificando-me que mantendes o tom hostil, critico e acusador que vos é reconhecido e admirado por uma vasta legião de demónios fiéis.

Deixo-vos por agora na contemplação etérea de uma das minhas formas para que me reconheceis… arte é a plena manifestação de Satanás e por isso sagrada

\m/afarrico disse...

Viva dhul!!

É com grande prazer que recebemos no nosso magnificente antro, tal maligna entidade, representante desse vasto universo de seres perversos e demoníacos, que por serem sobejamente conhecidos, não carecem de apresentações nem fazíamos ideia da sua existência.
Folgo em saber que a MI é já uma referência, nos meandros de onde sois originário, seja lá isso onde for.

Vinde visitar-nos as vezes que quiserdes. Os negros portões que resguardam e ocultam a descida à Masmorra, costumam estar só batidos com o trinco. Bastará um simples empurrão e eles se abrirão perante a vossa vil presença permitindo assim o acesso de tão nobre visitante. Se não, batei fortemente (não com o ogó, que vos podeis aleijar no...bem...), o Maléfico ou o Diabolicus costumam estar por aqui a beber uns copos.

Um falo feito de cabaças?! Temos esse ego em alta!

Cumprimentos etéreos para Vós também

\M/afarrico

Diabolicus disse...

Estou certo que o Dhul, depois de muitos caminhos ter percorrido e muito sangue inocente ter deixado para trás, terá encontrado na Masmorra um espaço para retemperar forças e motivar a sua criatividade verdadeiramente demoníaca.
Entretanto poderemos deleitar-nos com algumas histórias verídicas das suas viagens, das suas maldades, dele e do seu ogó.

Existe um mito infernal de que o Dhul costuma utilizar aliados nas suas missões...é verdade, criaturas ferozes e rosnantes que ele alimenta com prazer…verdadeiras armas de destruição maciça que estão albergadas num covil dentro da sua gruta.

Maléfico Patético disse...

infernal deleite!

Mal vindo seja! dhul venham de lá esses ossos 'oops com as cabaças ...

Com a visita de mais um ilustre demónio, podemos (com os cascos bem assentes no solo) almejar aos e2474635983475875 visitantes antes do corrente ano infernal.

Sinto uma felicidade enorme por termos mais um visitante, penso que vou procurar um anjo papudo a quem rachar a cabeça em pedaços bem pequeninos em honra do nosso novo amigo.

M.P.

André disse...

Caríssimos grandiloquentes, terríveis, infiéis, traiçoeiros e tinhosos demónios

A vossa magnânime e calorosa recepção corroborou tudo o que vinha sendo perpassado dos confins subterrâneos das lamas e grutas incandescentes por onde tenho deixado as minhas incestuosas e imundas pegadas! Que mil demónios vos acompanhem no caminho das trevas, da dor e do sofrimento angustiante com que as abomináveis criaturas que rodeiam as masmorras e grutas merecem penar. Haverá com certeza várias experiências que poderei compartilhar convosco sobre alguns corcel não-alados que possuí e possuo de quando em vez, assim como as horrendas e temerosas criaturas sem cauda e orelhas crivadas que convivem na furna ardente e infernal do covil onde me resguardo da luz e que são temidas por todas as entidades ignorantes e frágeis que habitam a superfície nojenta do sub mundo. Participam comigo em caçadas fulgurantes a esses seres repugnantes e papudos, é hilariante ve-los atemorizados, a gritar e fugir sem terem onde se esconder. Na hora das invocações, dos sacrifícios e das mandingas são estes seres indigentes e terríficos que exultam comigo os espíritos malignos e as vitimas da minha aterrorizadora punição! Vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande corrente na sua mão. Vi-o entrar na masmorra

um grande bem hajam! Eu sou Dhul-Kifl e também Ezequiel eذو الكفل um servo das trevas ao vosso dispor

Diabolicus disse...

Bem, parece-me que este Dhul-Kifl está a deixar os anjos assustados com a sua experiência de vida.

Acho que está ao nível dos ogres mais desgraçados, temíveis, carnívoros e sanguináreos que já habitaram esta Masmorra ao longo dos últimos séculos, ou talvez até antes.

Caro Dhul, não se acanhe, traga as criaturas sem cauda e de orelhas em riste que habitam no seu covil pérfido para junto de nós, para dessa forma podermos dar um ar ainda mais feio, sujo e temível à nossa já de si horrível Masmorra.