sábado, 1 de março de 2008

ref. literária 174 - the call of Cthulhu

mafarrico,

chegou a hora para mais uma ref. literária, depois de a minha anterior referência ter dado o mote para o surgimento de, nem mais nem menos, mais nenhuma. Resultados destes dão-nos alento!

Penso que já conhece a obra do nosso querido e desaparecido colega H.P. Lovecraft. É uma obra extensa, não tendo muitos trabalhos, e que pode ser lida em poucos dias, anos até. Hoje lembrei-me de um simples conto, que na altura em que o li me encheu de respeito pelos Antigos. O conto é intitulado "The Call Of Cthulhu" e é uma bonita história que conta o reaparecimento no nosso planeta de um dos nossos mais antigos aliados. "Mito", "Ficção" , chamaram-lhe os incrédulos, nós sabemos que não é bem assim e que, não fosse o estilo um pouco romanceado do nobre escritor, o seu trabalho poderia facilmente ser rotulado como : 'Documentário' .

Ambos conhecemos livros do referido autor, não sendo, portanto, necessária uma explanação da totalidade da obra. Pretendo simplesmente chamar a atenção para estes escritos e, se possível, iniciar uma animada tertúlia literária. Para esse efeito lanço dois pontos :

1º ponto - em jeito de curiosidade, chamo a atenção no referido texto, para a importância de um nosso conterrâneo para a libertação do nosso querido colega dos abismos. "It was Rodriguez the Portuguese who climbed up the the foot of the monolith and shouted of what he had found". O nosso país sempre foi pródigo em heróis esquecidos! Neste caso também ajudou que a sua descoberta levasse a uma rápida (mas não indolor) morte, poucos minutos passados.

2º ponto - o estilo de escrita do nosso colega. Acusado na época de ser antiquado, penso ser notória a influência do nosso próprio estilo na obra do senhor Lovecraft. Estou em crer que Lovecraft seria um rapazinho como todos os outros, mas um dia, ao navegar na net e tropeçando na M.I., fez-se escuridão!, e decidiu tornar-se escritor. Sendo medíocre, e não conseguindo sulcar o seu próprio estilo apoderou-se do nosso. Devemos encarar este facto com a serenidade, a sobranceria e a humildade de quem tem na ideia que é melhor que todos os outros.

"Poor Johansen's handwritting almost gave out when he wrote of this. Of the six men who never reached the ship, he thinks two perished of pure fright in that accursed instant. The Thing cannot be described - there is no language for such abysms of shrieking and immemorial lunacy, such eldritch contradictions of all matter, force, and cosmic order. A mountain walked or stumbled. God! What wonder that across the earth a great architect went mad, and poor Wilcox raved with fever in that telephatic instant?"


cumprimentos lovecraftianos,
M.P.

3 comentários:

\m/afarrico disse...

H.P.Lovecrat!
Que belas memorias me traz deste que é um dos nossos mais afamados e tresloucados pupilos! Versou de tal forma sobre o horror épico recorrendo a um estilo burlesco e eloquente que foi mesmo apelidado de “escritor de horror épico que recorre a um estilo burlesco e eloquente”! A palavra mestre foi também utilizada na sua caracterização.

De todo o tipo de tertúlias sobre escritos, a literária é a que mais me apraz, devo confessar. Aceito portanto o seu desafio e respondo ponto por ponto aos seus pontos que apontou no seu apontamento original:

1. Há de facto uma certa tendência, já devidamente analisada e documentada, que os naturais das terras Lusas denotam para libertar as nossas forças do Mal… todos eles mártires por sinal, mas penso que uma coisa não terá nada a ver com a outra. A lista desses grandes servidores do maligno é extensa e se analisada por ordem alfabética começa pela letra A e foi sintetizada em tempos idos nos escritos desde então denominados “as paginas amarelas”!
2. É como diz, caro Maléfico, ele cresceu a ouvir os nossos escritos na Masmorra e isso terá influenciado de forma indelével e imperceptível o seu estilo literário, bem patente na sua extensa obra que tão bem espelha o nosso trabalho. A questão a analisar é como é, em pleno sec. IX, Lovecraft teria tido acesso a um PC com ligação à net! Penso que na Inglaterra profunda de onde ele é originário, tal tecnologia só terá chegado dias depois. Isso faz-me meditar na teoria de que Lovecraft terá passado uma temporada extensa em Portugal, altura em que terá jogado no medíocre clube SLB (daí a sua tendência para por portugueses a morrerem vítimas de mortes atrozes…).

Com isto me despeço e deixo os meus melhores cumprimentos para si e para o nosso Magnânime Lorde das Trevas,

Mafarrico

Maléfico Patético disse...

mafarrico,

é deveras agradável tertuliar consigo.

E agora que falamos nisso ... que Lovecraft tenha nascido em Rhode Island, EUA e lá tenha residido toda a vida e ao mesmo tempo seja originário da Inglaterra profunda ..... desconhecia essa possibilidade. Mas é mesmo para isso que servem as tertulias, para aprender novos factos e conclusões.

Quer, então dizer que, para alguns de nós, além do conhecido poder de controlar o tempo(pelo menos de percebe-lo na sua totalidade), também existe algo semelhante para com o espaço físico. Teria HPL o dom da ubiquidade!? Ou apenas o dom de mentir no registo de nascimento?

Saudaçoes patéticas
M.P.

\m/afarrico disse...

Maléfico,
Penso ser importante fazer um ponto de situação quanto às imprecisões históricas, levantadas por si no seu anterior comentário, relativamente aos dados que revelei no meu apontamento que o procedeu.
Uma análise tão extensa e detalhada da vida e obra de H.P. Lovecraft, como aquela que fizemos, merece que seja empregue todo o rigor em busca da verdade!

Vejamos, o termo Inglaterra profunda foi em tempos usado pelos indígenas locais (os índios americanos) como forma de denominar aquilo que nós chamamos hoje de América! Quanto a isso penso não haver duvidas, por ser facto sobejamente conhecido e aceite como verdadeiro.
Haverá estudos elaborados por cientistas americanos (colegas, portanto) que substanciam a teoria de que o país europeu actualmente conhecido por Inglaterra, só o terá efectivamente sido após a descoberta das Américas por parte dos navegadores locais, que ao tomarem contacto com os referidos nativos, terão efectuado um jogo de futebol (soccer) e terão achado piada ao nome da equipa adversaria: os Deep Ingland Indians!
Isto ter-lhes-á dado a ideia de alterarem o nome do seu país natal para: “Índia!”, como homenagem aos jogadores adversários exterminados durante o afamado encontro desportivo (5-4 nos penalties).
Mas como o domínio já estava registado por um oriental desconhecido, tiveram que se ficar pela segunda hipótese e daí terá nascido a Inglaterra!

Com esta breve e esclarecedora explicação da verdade, espero ter aplacado as suas duvidas e deixado bem patente que H.P. Lovecraft não era nada disso que dizem para aí, de ele ter sido um ubico.

Envio-lhe um aceno distante em forma de cumprimento,
Mafarrico