Colegas,
A temática na numerologia satânica, que utilizamos como assinatura e para identificar as nossas obras, já foi aqui devidamente abordada de forma perfeitamente excessiva e exaustiva.
Assim, e com o claro intuito de me tornar repetitivo e entediante, volto ao referido tema.
O dia 6 de Junho é um dia especial para nós!
Isto porque tratando-se do dia 6/6, basta que ocorra a simples coincidência do ano terminar no dígito 6, facto que se repete varias vezes em cada década, para colocar toda uma imensidão da população terrestre em polvorosa, em busca de sinais do Demo e profetizando todo o tipo de desgraças para estes dias.
Conhecendo o nosso Mestre como conhecemos e sabendo o quão hábil e astuto ele é na prossecução dos seus desígnios, devemos esperar que Ele encete um sem numero de manifestações demoníacas que potenciem esta predisposição para a desgraça e para a crença no nosso trabalho.
Ora, esse não é o caso do dia de hoje! Isto porque apesar de nos encontrarmos no já mencionado dia 6 de Junho, o ano que corre é o de 2008, e apesar de podermos recorrer a alguns cálculos complexos (8-0-0-2=6) para forçar um bocado a coisa, a verdade é que hoje não é um dia da Besta, como aqueles que a gente gosta.
No entanto, infelizmente, há entre as nossas hordas entidades de castas inferiores, que nem sempre se apercebem, e mal consta que está aí o dia 6/6 precipitam-se para a acção desenfreada e de forma extemporânea.
Posso deixar aqui mesmo e desde já, se o permitirdes, o meu testemunho de uma dessas ocorrências com um desses seres infernais, ditos inferiores, com a qual tive de me haver e colocar na ordem para evitar males menores.
A razão pela qual fui chamado a intervir, deveu-se a um erro de cálculo da referida vil criatura, que por pura e simples estupidez, saiu do seu covil horas antes do timing correcto (8 anos antes), pondo portanto em risco toda uma minuciosa organização.
Falo de um colchão, como já terão depreendido das minhas palavras!
Ontem, pela calada da noite, estando eu a executar manobras de conspurcação e desarrumação nas catacumbas da nossa Masmorra, sou surpreendido pela movimentação deste ignóbil ser, que astutamente captei com a minha precisa visão periférica. Começou com a visão e uns instantes seguintes com as restantes partes do meu corpo, visto a besta se ter precipitado sobre mim mal eu arrastei uma peça de mobiliário por trás da qual ela se ocultava!
Todos vós sabeis o que é um colchão, as formas negras e hediondas que assume, a sua fome de violência, a sede de sangue, a raiva que coloca em cada movimento. Tudo isto aliado a uma rapidez que só é comparável à incrível estupidez dos seus irreflectidos pensamentos.
Pois este, caros comparsas, era bem pior! Aliado a isto tudo, este ser encontrava-se coberto por uma espessa camada de venenoso pó. Para além disso, os anos de confinamento na nossa sub-cave permitiram-lhe absorver quantidades astronómicas de humidade e mofo que para alem de lhe aumentarem consideravelmente o peso lhe conferiram o poder de se moldar a tudo o que lhe tocasse. Era assim uma espécie de monstruosa gelatina denominada “pega-monstro”.
Vi-me portanto obrigado a confrontar-me corpo-a-corpo com este bestialidade que insistia em sair do covil com o intuito de disseminar o mal de forma isolada e desconcertada, convencido que estava que o chamamento do Demo tinha ocorrido.
Azar o dele, por ter sido sobre mim que teve o infortúnio de cair, com todo o seu peso e nefasto odor!
Mas não temeis demónios amigos! O abrutalhado ser, que apesar de bem intencionado, estava completamente descoordenado, foi por mim controlado e posto na ordem!
Ao fim de breves instantes (que em tempos terrenos sem medem por unidades de meias horas) e sem grandes danos para o meu fortíssimo corpo, o colchão voltava ao seu local inicial (mais ou menos…).
Resta-me relatar que, uma vez reposta a ordem nas catacumbas da MI, encerrei violentamente o alçapão que as isola do mundo e que deitei fora a chave.
Caso preciseis de algo que lá se encontre desarrumado, tendes que esperar que a enclausurada besta salte cá para fora, facto que deverá ocorrer no tão ansiado dia 6/6/2016!
Cumprimentos bestiais
\m/
sexta-feira, 6 de junho de 2008
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5 comentários:
Mais um relato brutal de uma história que só não teve um final melodramático porque o nosso caro Mafarrico é possuidor de fortes e vis membros tão treinados a esmagar cabeças de outras partes de corpos de seres menos viris.
Neste caso um demoníaco colchão serviu de adversário nesta contenda e agrada-me saber como se saiu bem Mafarrico.
Os colchões nem sempre são adversários fáceis, eu sei disso porque também já lutei com alguns em tempos. Todos sabemos que são falsos-lentos e que a sua aparente inércia esconde movimentos inesperados com vista a esmagar os seus opositores, isto quando não lançam os pós corrosivos com vista a vencer o adversário pela debilidade do seu aparelho respiratório.
Só não percebi caro Mafarrico, porque não deixou essa besta sair cá para fora?
Divertiu-se a esmagar um inimigo menor quando o poderia ter deixado aqui, ligeiramente à superfície para produzir algumas actividades maléficas, entre elas, precisamente aquelas que já teve oportunidade de citar.
Não percebo, seria um aliado fraco?? Sem dúvida...mas todos somos poucos num momento em que a população parece andar alegre e bem disposta com a chegada do sol e do verão....ahhhhh como eu odeio este período de boa disposição reinante em que os anjinhos andam por aí a passear-se de top's e mini-saias, sempre em festas como se nunca tivessem nada para fazer a não ser pavonear-se e passear os seus corpos semi-imaculados..
Compreendo, caro Diabolicus, a sua estranheza pelo facto de eu não ter permitido a fuga ao nosso servo colchão.
Mas veja que uma saída intempestiva de tão bruto ser, sem o devido enquadramento em termos estratégicos, só iria contribuir para a sua própria destruição! Seria um alvo facil para as forças celestiais e quando dessemos conta, jazeria num qualquer eco-ponto sem honra nem gloria.
Além disso poderia afugentar os referidos anjinhos semi-desnudados...
penso também que o deveria ter deixado sair cá para fora, mas só depois de um período de ensinamento e limpeza.
Um colchão em bom estado poderia ser de grande importância ao lidar contra esses seres angelicais que "andam por aí a passear-se de top's e mini-saias" ou a confrontar as "anjinhos semi-desnudados", meus amigos guerra é guerra. Se é preciso perder algum tempo a domar um colchão é porque é preciso. Pensemos nas duras batalhas que temos pela frente.
Por me encontrar arredado desses confrontos que referis, não me ocorreu a libertação do vil colchão, com vista tão nobres fins.
De qualquer forma, se pretenderdes fazer dele um aliado no ataque às desnudas anjinhas, passai pelos meus arrumos na Masmorra e terei todo o gosto em que o leveis convosco.
Onde colocar esse aliado no ataque às desnudas anjinhas é a questão.
E encontrar as desnudas anjinhas é outra boa questão?
Qual a forma do seu extermínio é a questão seguinde..
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