segunda-feira, 13 de julho de 2009
Manual de boas praticas
Foi já aqui amplamente discutida, a temática da origem histórica do denominado “erro crasso”, e da implicação que os membros desta Masmorra nela tiveram.
São já factos conhecidos e reiteradamente aceites por todas as falanges de todas as estirpes de demónios, que foi graças à Nossa astuta e oportuna intervenção que o General Crasso cometeu essa que terá sido uma das primordiais e mais divulgadas estupidezes, que resultaram num banho de sangue, daqueles como nós bem apreciamos!
Ora, venho desta feita dirigir-me a esta ilustre audiência que são V/Ex.as, para divulgar um outro acontecimento que envolveu o mesmo General Romano, e que em tudo está ligado ao primeiro já aqui referido.
Aparentemente, não o deveremos continuar a martirizar por toda a eternidade (mais uns séculos bastaram), pois este personagem histórico revelou-se afinal como sendo, não uma besta-quadrada mas uma besta capaz de aprender com os seus próprios erros!
Após a sua morte no episódio efusivamente relatado, o dito general terá portanto feito uma pausa para reflexão e introspecção.
Desse esforço terá deduzido que, apesar da superior capacidade de manipulação daqueles que o vexaram (Nós), parte da responsabilidade da estrondosa derrota se deveu ao relaxamento e falta de motivação das suas legiões. Habituados à gloria de vitorias sucessivas, em que os inimigos que se lhe deparavam eram batidos pela força dos números e por um Q de organização, os soldados romanos haviam-se transformado em foliões, pouco habituados a situações de verdadeiro perigo e stress pós traumático.
Imbuído pelo espírito de tudo o que teve oportunidade de aprender connosco, e dos mais profundos ensinamentos Infernais decidiu então criar um manual de boas práticas que visariam devolver o espírito guerreiro, sanguinário e irredutível às suas tropas.
Foi assim que surgiu esta primeira regra que, na minha humilde opinião, será uma das jóias da malvadez e crueldade, que nós tanto apreciamos.
No dia após uma qualquer batalha, julgando o grande general, que os seus legionários haviam assumido um comportamento menos digno e corajoso procedia da seguinte forma:
• Subdividia-os em grupos de 10 homens, cada um armado com um pau pontiagudo;
• De entre cada grupo elegia um de forma totalmente aleatória, não levando em conta nenhum critério de empenho ou capacidade militar;
• De seguida iniciava-se um confronto físico entre o escolhido e os restantes 9 elementos;
• O objectivo era que o soldado chacina-se os outros 9 ou vice-versa;
• Terminado o confronto os sobreviventes dedicavam-se a tarefas de limpeza da caserna;
E assim se incutiam nestes bravos, valores bem mais identificativos das suas funções e orientados para os nossos objectivos: máximo de sofrimento com o maior numero de vitimas possível!
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3 comentários:
Este Crasso era um cómico...a sério, do que ele se lembrava. No relaxe de uma batalha ganha, nada melhor do que alguns romanos no espeto...provavelmente a seguir ainda mandava fazer um churrasco.
Sem dúvida desprovido de alguma capacidade intelectual, mas com requintes de malvadez suficientes para ser um de nós e pertencer a esta elite.
Basta esgravatar um pouco nos meandros da historia, para nos depararmos com os mais execraveis exemplos de brutalidade que definem a verdadeira natureza do ser humano e de que lado está a sua lealdade.
Sempre que há um lampejo de poder e uma nescia de sobranceria, lá encontramos, mais ou menos indelevel, a marca do Demo!
Estamos a trabalhar bem...
bom, a silly season parece ter entrado em "pause" com este relato histórico verdadeiramente entusiasmante.
gostei de aprender esta nova maneira de incutir o espirito de equipa nas ... equipas e devo dizerde-vos que vou tentar implementa-lo em qualquer equipa que esteja inserido, nem que seja à força, passando paus pontiagudos a todos os que me rodeiam e dizer em bom francês "Do your worst!" que era precisamente a frase que estes romanos empregavam.
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