este é um retorno aguardado a estas mensagens que se querem a espinha dorsal da Masmorra, refiro-me, obviamente, às ref. discográficas.
O Sr. Satanás em pessoa, enviou-me uma série de sinais mais ou menos dissimulados no quotidiano humano que me lembravam e indicavam a urgência de escrevinhar uma destas referencias, o sinal, talvez não o maior, mas o mais contundente, terá sido o calhar em shuffle o disco que aqui vai ser explanado na mesma altura em que pensei "olha, já há algum tempo que não há uma referência discográfica", talvez um pouco antes.
A urgência desta missiva prende-se também com o facto de, aparentemente, muitos demónios de baixa estirpe terem graves crises de ansiedade ao esperarem de nós, seres superiores, uma indicação dos sons com que entreterem as orelhas pontiagudas.
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Achei importante, para regressar em grande, trazer um peso pesado da arte de bem fazer música. Os Coroner, estes génios musicais, desconhecidos das massas, muito mais habilidosos do que o comum dos musicos. Acredito que tivessem os seus integrantes nascido em séculos passados e ao falarmos sobre eles seria de espanto sobre as árias que teriam composto em idade imberbe, o que os catapultaria para a fama mundial através dos séculos. Mas não, nasceram na segunda metade do Séc. XX, na Suiça, pelo que não tiveram outra sorte que não a de ser roadies de uma outra banda suiça com um pouco mais de sorte, e depois de fazer um timido salto para uma banda a sério onde compuseram verdadeiros hinos do Heavy Metal, ao longo de cinco LPs de grandiosa memória.
O disco escolhido, No More Color, é obrigatório, tem riffs clássicos e ouvi-lo lança uma labareda de nostalgia que muito me apraz. Uma palmadinhas nas costas para estes musicos que têm sabido manter-se longe desta febre ($$$$) das reuniões e assim mantêm a aura de classicidade que se associou aos seus discos, isto apesar de se manterem todos os três vivos.
Um dos clássicos do disco escolhido, com uma mensagem bem verdadeira - No Need To Be Human:
Consegui escapar a escrever sobre o facto de esta ser a referencia numero 666. oh!
3 comentários:
Brilhante!
Está o colega coberto da mais eloquente e inabalável das razões quando afirma ser esta a espinha dorsal da Masmorra.
Foi o intuito de profanar as melhores obras discograficas que nos passam pelas garras que catapultou este espaço para a fama e para a gloria.
Se podemos dizer que este blog representa hoje para muitos um modo de vida desgarrado, uma atitude de descrença e altivez, um caminho despodorado e herético, isso deverse-á sem duvida às inumeras referências discograficas onde assentam os alicerces destas negras catacumbas.
Referências essas que eventualmente terão vindo a escassear, não por falta de ideias dos seus criadores, mas por excesso delas. Ideias e temáticas jorram a rodos em todos os sentidos e provenientes dos nossos volumosos cerebros e eventualmente as sublimes Ref. Discograficas perderam alguma da notoriedade de que outroram gozaram.
E que melhor maneira para regressar do que com mais um brilhante exemplo dessa atitude e modo de vida que nos caracterizam, do que os tecnico-virtuosos e eximios Coroner?
Desse classico que refere destaco a sempre preferida "Last entertainment".
Faria porverntura parte da lista das "100 musicas a levar para uma ilha deserta"...
"100 musicas a atirar para uma ilha deserta", porque se as levasse, estando lá, a ilha deixaria de ser deserta
"100 musicas a levar para uma ilha que é deserta até ao preciso instante em que lá colocamos os nossos cascos caprinos e que deixa de o ser precisamente nesse fugaz momento temporal".
É um classico.
Mas assim, caro Maléfico, estará a dar demasiada relevância a essa convenção humana que é o tempo e a medição da sua passagem. Um conceito que é uma verdadeira aberração para nós que somos as verdadeiras aberrações!
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