Foi uma jornada triunfal.
Saímos da Masmorra pontualmente, as dificuldades surgidas a caminho foram prontamente ultrapassadas e demos connosco no local do evento. Um local ermo e escuro no topo de uma colina, onde era visível a estrutura que serviria de palco, caminhamos para lá encontrando seres e colegas que se notava espantados e humildemente felizes por nos ver a trilhar os mesmos caminhos que eles. Chegando ao local da bilheteira e após rápido e brilhante raciocinio deixamos a aquisição dos bilhetes para mais tarde e fomos morfar.
Encontramos um agradibilissimo restaurante para saciar a fome, onde o chef nos proporcionava uma selecção de bifanas gourmet que foram acompanhadas, por uns, com um consumé de caldo verde e, por outros, por um vinho super bock colheita de 2009. Excelente! Infelizmente não reparei no nome do restaurante mas penso que se chamaria "Buraco no muro do caminho que vai dar à estrada". Gostaria de me alongar mais sobre esta refeição, mas não é isso o mais importante neste relato.
Das bifanas na mão, para o porco no espeto em palco. Os portugueses Holocausto Canibal levaram consigo uns adereços que faziam lembrar uns, não muito longinquos, churrascos. Além do que levaram também instrumentos musicais e debitaram durante um bom bocado um som potente e agradável q.b.. Os H.C. são uma banda com sentido de humor e praticaram um concerto simpático com musicas ininteligiveis e convidativas ao headbanging furioso. Todos nós da masmorra que lá estavamos sentimo-nos ligados emocionalmente aquela banda que não conheciamos de lado nenhum e proponho, aqui e agora, tornarmo-nos membros honorários do line-up. Que acham os restantes membros? Podemos participar com ideias para titulos de músicas, a escolher : "Bailarico c'o maçarico", "Dissecação no pavilhão" ou "Azia rectal". Estes rapazes deram mesmo azo à frase da noite : "Este concerto foi melhor do que o da Madonna", e isto diz tudo.
Depois vieram os senhores Napalm Death, sobre eles já foi tudo dito. Ganharam um "Lifetime Achievement Award" da Masmorra Infernal, pelo que foram apreciados com o respeito que se guarda para os grandes. Com grande profissionalismo tocaram grandes clássicos assim como temas dos discos mais recentes. São uma inspiração e conquistaram todos os que estavam na plateia. Um grande concerto. Fenomenal! Sois grandes ó napalmes.
Depois do ponto alto da noite seguiram-se os Moonspell, um bocado teatrais de mais para o gosto Maléfico, mas interessantes. Arrancaram rasgados aplausos do público mas penso que isso foi porque conseguiram manter os três espectadores mais importantes no recinto até ao final do respectivo concerto, o que encheu de júbilo a organização, a própria banda, os restantes festivaleiros e a população de Recarei em geral.
5 comentários:
Não sei se deverei comentar este relato ou apresentar a minha negra visão do que se passou na longínqua Sexta-Feira passada.
Estou na dúvida.
Oportunamente decidirei se deverei fazer uma das duas coisas, ambas ou nenhuma.
O evento foi brutal, a Masmorra deixou a sua marca e este assunto não deve ficar por aqui..
Penso que deveria fazer as duas coisas, como disse o evento foi brutal pelo que seria importante termos a visão do ser Diabolicus sobre a visão do ser Maléfico mas também a visão do ser Diabolicus por si só, garanto-lhe que lançaria nesse momento uma visão do ser Maléfico sobre a visão do ser Diabolicus.
O ser Mafarrico também se deveria juntar com visões por si só e visões sobre visões, para que pudéssemos visionar sobre as visões dele e as visões sobre as visões.
Segue então a visão do ser Mafarrico sobre a visão do ser Maléfico e sobre a visão que o ser Diabolicus expôs sobre a visão do ser Maléfico.
Começando pela segunda: é obvio que, dado o cariz exclusivo deste evento, se pretende que haja uma visão do ser Diabolicus e não apenas visões deste sobre as visões dos restantes.
Começando pelo primeira: Os meus efusivos e mentirosos parabéns, Maléfico! Uma excelente e rigorosa recomposição cronológica dos factos, que servirá não só como memória futura mas como fonte de inspiração para si.
Algumas omissões de momentos importantes e pejado de inverdades, é um facto, mas este relato tem que ser enaltecido.
Procurarei dar mais ênfase aos momentos por nos testemunhados, na minha própria visão dos factos, essa sim, a mais aguardada por mim.
\m/
Depois de ponderar decidi começar por deixar correr a minha pena sobre a visão do ser Diabolicus acerca da visão do ser Maléfico.
Assim achei o relato bastante fidedigno do que se passou, sem grandes omissões e com poucas inverdades.
É um facto que por presenciar o evento por si descrito in loco, como convém, e tendo-nos inclusíve deslocado no mesmo veículo infernal, tendo percorrido os mesmo trilhos montanhosos e espaços da plateia, visionado as mesmas bandas, bebido cerveja do mesmo barril, e comendo bifanas provavelmente do mesmo porco, a nossa visão deverá ser no mínimo diferente! Isto porque igual seria impossível dado que falta aqui um pormenor fundamental...
O colega Maléfico acompanhou a totalidade do evento atrás de uma lente, tendo registado cerca de 700 paragens temporais registadas sobe a forma de imagens, comumente conhecidas por fotografias.
Por esse motivo não pode rodar a cabeça de forma vigorosa como eu e o Mafarrio fizemos nem teve tanto tempo para saudar as bandas, entusiasticamente, com ambas as mãos no ar, cada uma delas com pelo menos 2dedos também no ar.
Por tudo isto considero o relato excelente.
Faço minhas as palavras que o Diabolicus não proferiu (o que dá mm muitas palavras!)
Apesar de por vezes termos tido perspectivas diferentes das movimentações que iam tento lugar no cimo do palanque, seja pela forma como interpretava-mos e interiorizava-mos a mensagem seja pelos valentes e constantes empurrões do mosh que tinha lugar um pouco por todo lado ao nosso redor, tem o colega que convir que a leitura geral e a simbiose satânica que daí emanou foram uma e uma só!
Permita que louve as suas, até agora desconhecidas, notáveis capacidades de headbanger.
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