sexta-feira, 25 de setembro de 2009

ref. discografica 666 - não mais cor

Caros,

este é um retorno aguardado a estas mensagens que se querem a espinha dorsal da Masmorra, refiro-me, obviamente, às ref. discográficas.

O Sr. Satanás em pessoa, enviou-me uma série de sinais mais ou menos dissimulados no quotidiano humano que me lembravam e indicavam a urgência de escrevinhar uma destas referencias, o sinal, talvez não o maior, mas o mais contundente, terá sido o calhar em shuffle o disco que aqui vai ser explanado na mesma altura em que pensei "olha, já há algum tempo que não há uma referência discográfica", talvez um pouco antes.

A urgência desta missiva prende-se também com o facto de, aparentemente, muitos demónios de baixa estirpe terem graves crises de ansiedade ao esperarem de nós, seres superiores, uma indicação dos sons com que entreterem as orelhas pontiagudas.


Achei importante, para regressar em grande, trazer um peso pesado da arte de bem fazer música. Os Coroner, estes génios musicais, desconhecidos das massas, muito mais habilidosos do que o comum dos musicos. Acredito que tivessem os seus integrantes nascido em séculos passados e ao falarmos sobre eles seria de espanto sobre as árias que teriam composto em idade imberbe, o que os catapultaria para a fama mundial através dos séculos. Mas não, nasceram na segunda metade do Séc. XX, na Suiça, pelo que não tiveram outra sorte que não a de ser roadies de uma outra banda suiça com um pouco mais de sorte, e depois de fazer um timido salto para uma banda a sério onde compuseram verdadeiros hinos do Heavy Metal, ao longo de cinco LPs de grandiosa memória.

O disco escolhido, No More Color, é obrigatório, tem riffs clássicos e ouvi-lo lança uma labareda de nostalgia que muito me apraz. Uma palmadinhas nas costas para estes musicos que têm sabido manter-se longe desta febre ($$$$) das reuniões e assim mantêm a aura de classicidade que se associou aos seus discos, isto apesar de se manterem todos os três vivos.

Um dos clássicos do disco escolhido, com uma mensagem bem verdadeira - No Need To Be Human:



Consegui escapar a escrever sobre o facto de esta ser a referencia numero 666. oh!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O maior pic-nic de sempre

Depois da trilogia, uma mensagem para descontrair.

Ainda no rescaldo da nossa prestação no Caos Emergente, lembro-me de uma conversa que levou a alguns comentários nas mensagens anteriores. Aquando do concerto dos Napalm Death vários de nós falamos de como seria de inimigo entrar no circulo de compinchas saltadores que nos rodeavam em frente ao palco, é certo que todos corajosamente declinamos, ou por maleitas fisicas, por indisposição do material electrico que transportavamos, por receio de eliminarmos alguns dos nossos próprios servidores, pela possivel destruição do palco no que era ainda o primeiro dia de festival. Resguardamo-nos para uma próxima (porque haverá sempre uma próxima) e falamos (gritamos ... afinal o concerto decorria) sobre rodinhas que outrora frequentaramos desde algumas risiveis (uma festa não sei onde), até outras mais credíveis (converge, ratos de porão, etc...).

Não consta que nenhum de nós tenha frequentado o pic-nic que se segue, mas deixo-vos com as seguintes imagens em tom documental daquele que se quer oficialmente, se não me engano, o maior pic-nic infernal de sempre.




Por acaso, não me parece nada de especial.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dos confins de um planalto....CAOS EMERGENTE!!

Eis a esperada, a aguardada, a inequívoca mensagem da presença de um tridente de 6 6 6 nesse espaço mítico, Sport Club Nun'Álvares em Recarei, outrora cenário de prática desportiva e agora transformado para sempre em local de culto dos rugidos das profundezas!!

Assim foi há 11 Séculos atrás, tanto tempo passou, mas a memória não se apaga, desses momentos de comunhão com tantas outras criaturas diabólicas, maléficas, mafarrificas até. Estaria lá Satanás ele próprio, disfarçado quiçá, mas estavamos em nítida comunhão de ideais, em sintonia de vestes, mas algo se distinguia no meio dos demais...não estou a falar do Maléfico de camâra em punho a apontar para o palco, mas da presença dos fiéis da Masmorra, que estremeceram de pânico os diabos menores que neles tentavam focar o olhar.

O orgulho pelas nossas novas vestes trespassava-nos as mentes e estava patente em cada passada que dávamos. O caminho estava a ser conquistado!!

Não querendo plagiar algo que já li por aí, começamos pelas bifanas com picante servidas por catraios nitidamente em situação de exploração de trabalho infantil, e como nos agradou essa visão de miúdos que tinham de perguntar ao pai como faziam os trocos enquanto nos tentavam sugar pela ratoeira plantada mesmo à frente da barraca das bifanas improvisada para o efeito.

Seguimos para o recinto, percebemos que estavam à nossa espera e não nos alongamos mais, entramos portanto!! Ouvimos mais uma criança chorar por não ter uma armadura como a nossa, mas isso não é para todos miúdo! Vais ter de esperar.

Entramos, agora sim e tratamos de adquir algo para matar a sede. Logo um energúmeno nos veio pedir um pouco do nosso líquido com uma caneca vazia, partilhamos, mas pouco, e eu já tinha bebido e salivado o meu copo.

De seguida um transeunte passa por nós, eu não reparei, o Mafarrico também não, foi o Maléfico que chamou a atenção. Era o vocalista dos Napalm Death, falha-me agora o nome, mas o encontro ficou por aí, estavamos em missão e não iamos para socializar com ele.

Dirigimo-nos ao palco e divertimo-nos com os Holocausto Canibal a grunhir e a girar os longos e feios cabelos. Penso que envergonharam qualquer porco em situação de matança, pois conseguiram fazer bem melhor, de forma mais selvagem e autentica do que os próprios porcos com a faca espetada no pescoço e a esvairem-se em sangue. Prenha de um canídeo, Fetofilia e Punição Anal são apenas alguns temas que recordo como sendo os mais bem conseguidos.



A seguir vieram os Napalm, figuras de cartaz e o povo louco correspondeu numa mosh desmedida, com diabos menores a rolarem pelo chão e outros pelo ar, foi engraçado de se ver. Diabolicus não participou, caso contrário aquela mosh poderia ter deixado estragos no terreno.
Os Napalm corresponderam para quem já os conhece e superaram as expectativas para quem não está tão por dentro dos seus sons. O seu vocalista mostrou garra, são uns senhores!

Finalmente, já toda a planteia estava satisfeita, a missão da Masmorra estava concluída, mas os Moonspell resolveram brindar-nos com um concerto agradável. Não tão agitado como os Napalm, mas de excelente nível. Não sabia que havia tipos de Lisboa capazes de produzir tamanho espectáculo, foram a surpresa da noite.

Gostei da frase do seu vocalista, nem os Moonspeel são grandes demais para o Caos Emergente, nem o Caos Emergente é grande demais para os Moonspeel...ainda bem que chegou a essa conclusão.

Foi uma noite bem passada, num dia em que a Masmorra saiu à rua e alguns privilegiados tiveram oportunidade de ver ao vivo os lendários Mafarrico, Maléfico e Diabolicus.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Caos Emergente 2009 – (apenas +)Uma visão

Passados que estão uns breves 5 anos, sobre os eventos premonitórios de outro 11/09, eis que no mesmo local e na mesma data, novamente pela mão peluda do nosso líder chifrudo, teve lugar outro acontecimento do mesmo calibre demoníaco: o Caos Emergente 2009!

O local desta feita não foi o centro de NY, mas sim um pseudo campo de futebol num sopé duma colina em Recarei, Paredes. Assim à primeira vista as semelhanças não eram muitas, mas à segunda vista aquilo assemelhava-se bastante com o “ground zero”.
Se esse facto e a data coincidente, pudessem deixar dúvidas, em algumas mentes incautas e descrentes, sobre quem puxava os cordelinhos, o cartaz das bandas invocadas por certo as deitaria por terra: Moonspell, Napalm Death e Holocausto Canibal estavam ali sob as ordens daquele que bem sabemos sendo que se tornou assim imprescindível a presença em força da Masmorra Infernal do Sr. Satanás: Mafarrico, Maléfico e Diabolicus marcariam este evento com a sua presença física. Assim estava escrito nos Seus desígnios, assim seria feito.

Coube-me em sorte relatar a minha versão dos factos do que se passou então nessa apoteótica noite.
Tentarei ser o mais imaginativo e vago na descrição dos factos, para que todos os que não estiveram presentes (e foram muitos!) possam ficar com uma ideia do que perderam.

Antes de mais uma palavra de desprezo à organização pelo árduo trabalho que teve e por não ter colocado uma única placa de orientação ao longo dos inúmeros trilhos que calcorreamos nas nossas diversas abordagens à problemática de como chegar ao local. Se pensaram que com isso poderiam impedir a presença em massa da Masmorra, enganaram-se por ventura! Nada nem ninguém evita a nossa presença nos locais onde não queremos ir!
Eventualmente chegamos, e quando pensávamos que já íamos tarde, lá estava à nossa espera, mesmo em frente à entrada do recinto, aquele que seria por certo o melhor local para aparcar a viatura. Coincidência? Por esta altura já ninguém acredita nisso com certeza. A mão do Demo estava presente e fazia-se notar.

Após o longo repasto, sob a forma de bifanas, em que ingerimos o putrefacto suíno vencedor da corrida que havia tido lugar nesse preciso local há meses atrás, dirigimo-nos em massa ao arruinado recinto transformado em tenebroso Coliseu do Mal, de onde já saíam sons indicadores de alguma actividade maligna.

A entrada foi triunfal! Todas as cabeças dos presentes se viraram num só movimento para o local para onde estavam a olhar, como que atraídos por um íman desmagnetizado pelas nossas sumptuosas e luxuriantes armaduras que nos cobriam de magnânime vaidade. Os nossos poderosos dorsais não deixavam duvidas de quem éramos e ao que vínhamos. Enquanto nos aproximávamos perfilados, todos os que se nos apresentavam de frente afastavam-se assim que viam as nossas costas!

E foi assim, sob a pesada atmosfera que sempre cai quando se juntam os três infiéis redactores deste espaço, que entraram em palco os primeiros executantes dignos de nota, os Holocausto Canibal.
O que dizer sobre estes exímios executantes da nobre arte do Grind Core? Que são quatro (se bem me recordo), que bateram um record de rpm com os seus pescoços e longas cabeleiras, que a vocalização dos temas habilita desde já o seu front-man a participar na corrida de suínos do próximo ano (os meus parabéns) e que têm os títulos de musicas mais cómicos do mundo.

E de seguida, demónios me valham, se não foram os próprios Napalm Death que ascenderam ao palco: Barney Greenway, Mitch Harris, Shane Embury e Danny Herrera estavam ali perante nós (Jesse Pintado não pode vir. Já morreu). Debitaram toda a sua energia num estilo inconfundível. Ritmos pesados, música directa ao assunto sem rodeios. Plenos de atitude em palco, estes velhos diabos mostraram que os anos não lhes pesam e deram um dos melhores concertos a que tenho assistido.
Por esta altura já o Diabolicus, o menos experiente nestas andanças, se mostrava completamente entrosado, permitindo que os poderosos ritmos infernais debitados tomassem conta de todas as fibras do seu corpo. Foi um momento de orgulho vê-lo a executar eximiamente a difícil e perigosa arte do headbanging como se não houvesse amanhã! Pena o seu ombro lesionado, senão conforme o próprio disse, teria entrado de cabeça no mosh e desbaratinado todos os demais com as suas poderosas patadas e violentos chapadões.

Ainda a ressaca dos Napalm nos enchia as frias veias, quando surgem em palco os lusos Moonspell.
Com uma atitude bastante mais “poser” que os anteriores, os Moonspell levaram o dramatismo e a encenação aos níveis mais elevados da noite. E lograram um excelente resultado diga-se! Os temas musicais mais recentes resultam excelentes ao vivo, o que combinado com as inúmeras imagens heréticas e mensagens subversivas que surgiam no enorme ecrã, precipitaram os presentes numa espiral hipnótica.

Finda esta actuação, e após uma breve escaramuça com o Maléfico que continuava a registar imagens com a sua máquina e recusava-se a compreender que o festival estava terminado, dirigimo-nos ao exterior com os nossos cérebros completamente saciados de energia maligna.

De regresso ao covil, ainda uma paragem para colher uma vaca que nos serviu de repasto e em jeito de encerramento desta notável incursão pelos ritmos infernais do Sr. Satanás, uma rápida sessão de playstation com a Dinomania, versão macacos, a surgir no seu máximo esplendor.

Aqui ficam alguns dos momentos das bandas presentes, enquanto estas nos presenciavam no público:




domingo, 13 de setembro de 2009

CE2009 - Visão do ser Maléfico

Como já foi amplamente divulgado visitei o certame internacional designado como Caos Emergente 2009. Como a quase totalidade de vós saberá fui a acompanhar (e acompanhado) os meus colegas contribuidores nesta Masmorra que se quer Infernal (isto porque a totalidade de vós, sois, de facto os mencionados colaboradores).

Foi uma jornada triunfal.

Saímos da Masmorra pontualmente, as dificuldades surgidas a caminho foram prontamente ultrapassadas e demos connosco no local do evento. Um local ermo e escuro no topo de uma colina, onde era visível a estrutura que serviria de palco, caminhamos para lá encontrando seres e colegas que se notava espantados e humildemente felizes por nos ver a trilhar os mesmos caminhos que eles. Chegando ao local da bilheteira e após rápido e brilhante raciocinio deixamos a aquisição dos bilhetes para mais tarde e fomos morfar.

Encontramos um agradibilissimo restaurante para saciar a fome, onde o chef nos proporcionava uma selecção de bifanas gourmet que foram acompanhadas, por uns, com um consumé de caldo verde e, por outros, por um vinho super bock colheita de 2009. Excelente! Infelizmente não reparei no nome do restaurante mas penso que se chamaria "Buraco no muro do caminho que vai dar à estrada". Gostaria de me alongar mais sobre esta refeição, mas não é isso o mais importante neste relato.



Das bifanas na mão, para o porco no espeto em palco. Os portugueses Holocausto Canibal levaram consigo uns adereços que faziam lembrar uns, não muito longinquos, churrascos. Além do que levaram também instrumentos musicais e debitaram durante um bom bocado um som potente e agradável q.b.. Os H.C. são uma banda com sentido de humor e praticaram um concerto simpático com musicas ininteligiveis e convidativas ao headbanging furioso. Todos nós da masmorra que lá estavamos sentimo-nos ligados emocionalmente aquela banda que não conheciamos de lado nenhum e proponho, aqui e agora, tornarmo-nos membros honorários do line-up. Que acham os restantes membros? Podemos participar com ideias para titulos de músicas, a escolher : "Bailarico c'o maçarico", "Dissecação no pavilhão" ou "Azia rectal". Estes rapazes deram mesmo azo à frase da noite : "Este concerto foi melhor do que o da Madonna", e isto diz tudo.

Depois vieram os senhores Napalm Death, sobre eles já foi tudo dito. Ganharam um "Lifetime Achievement Award" da Masmorra Infernal, pelo que foram apreciados com o respeito que se guarda para os grandes. Com grande profissionalismo tocaram grandes clássicos assim como temas dos discos mais recentes. São uma inspiração e conquistaram todos os que estavam na plateia. Um grande concerto. Fenomenal! Sois grandes ó napalmes.



Depois do ponto alto da noite seguiram-se os Moonspell, um bocado teatrais de mais para o gosto Maléfico, mas interessantes. Arrancaram rasgados aplausos do público mas penso que isso foi porque conseguiram manter os três espectadores mais importantes no recinto até ao final do respectivo concerto, o que encheu de júbilo a organização, a própria banda, os restantes festivaleiros e a população de Recarei em geral.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Isco

Colegas,

hoje é dia 09/09/09 e é neste dia que uma qualquer editora se lembrou de re-lançar massivamente a discografia de uma banda musical que é, talvez, o agrupamento mais reconhecido em todo o mundo.

Pus os meus neurónios maléficos a trabalhar e, verificando que no dia de hoje, milhares e milhares de humanos vagueariam por aí, pesquisando e escrevendo algo sobre este acontecimento, engendrei um plano ("a cunning plan", diriam alguns). Este plano consiste em escrever um texto relacionado com este evento de modo a que, todos e mais alguns que pesquisem o nome da banda, julgando ter hipóteses de encontrar um artigo num blog, ou uma noticia numa página, sejam, como que, sugados para a nossa Masmorra e assim massacrados e reenviados directamente para o Inferno.

Aqui vai o isco em forma de texto, após o que é só esperar que se inicie a chegada em massa dos "convidados".

Eu não gosto dos Bitales, eu estou farto de ouvir falar nos Bitales, eu não acho que os Bitales sejam a melhor banda do mundo, eu vivia muito bem se nunca mais ouvisse uma musica dos Bitales, aliás, a ultima vez que ouvi uma musica dos Bitales foi circa 1987 e não foi por minha vontade, os fãs de Bitales são duros de ouvido.

nojentos andrajos do Mal

Exultem de pânico todos os que me lêem!
Aproxima-se esse que será um dos grandes embates de titãs, que os infiéis seguidores desta Masmorra terão a possibilidade de acompanhar, e onde os garbosos e altivos membros desta diabólica confraria marcaram a sua presença.

Falo obviamente do evento que toma por denominação «Caos Emergente 2009», e onde serão invocados pelo Sr. Satanás agrupamentos musicais de Heavy Metal (AMHM) tais como os Moonspell e os muito aguardados (por mim, pelo menos) Napalm Death. Há muitos outros mas agora não me lembro dos nomes.

Precisamente para garantir que a nOSSA presença (e a d’eLE) será devidamente notada, foi deliberado unanimemente por mim, que desta feita acorreríamos ao local trajados a rigor, ie, com uma t’shirt negra como a noite.
Assim, eis que coloco uma legião de demónios inferiores em aturado trabalho de tecelagem, cabendo-lhes a nobre missão de executarem as referidas indumentárias.

Os primeiros resultados já viram a escuridão da nojenta catacumba onde estes desgraçados alfaiates se encontram encarcerados até que terminem a sua hedionda tarefa (ou não...).
Deixo-vos com a única imagem até agora obtida e que nos dá uma ideia de quão fascinantes serão essas armaduras do mal, essas magnificas couraças que resplandecerão de ódio e soberba.



Nunca as vestes celestiais nos pareceram tão ridiculas!

É obvio que para que se obtenha o desejável impacto, será necessário a comparência da totalidade dos intervenientes...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Um mundo catita

meus caros,

relendo os escritos passados reparei o quão longínquo se situava a ultima ref. discográfica. Vai dai decidi escrever este post.

Acontecia que era domingo à noite e eu praticava um zapping furioso por todos os 4 canais de televisão que chegam a minha casa. Dado certo momento, reparei que estava há mais de um segundo no mesmo canal! Era o canal 2. O programa que aí se iniciava tinha como nome "Um Mundo Catita" e, não sei porque celebração, o tal canal exibia todos os episódios desta mini-série de produção portuguesa. Para meu gáudio, os episódios seriam emitidos por ordem cronológica e uns a seguir aos outros.

Embora o dia seguinte fosse de grandes provações, fiquei acordado até ao que normalmente se chama uma hora da manhã e vi os episódios todos de uma acentada.

Estais com certeza familiarizados com esta obra prima da televisão feita em Portugal. Tudo nela respira Masmorra Infernal, e o personagem principal Manuel João é um diabo a sério. A sucessão de cenas hilariantes e/ou ridiculas é de grande risibilidade e interesse, os diálogos são do melhor que se faz em todo o mundo (um vocabulário muito rico) e, claro, a banda sonora original é de top.

No seu todo a série ganha uma dimensão que não teria se porventura fosse vista episódio a episódio, personagens como o corneto ou o tony barracuda e claro o manuel joão entram assim para o convivio dos grandes do cinema português. E o que dizer da senhora amiga de manuel joão? Uma diva como nunca se viu nos ecrãs nacionais.

Devo, para finalizar, escolher uma cena preferida de todos os cinco (ou seis?) episódios e embora a emotividade me penda para a cena da águia do clube de futebol (épico!!) ("agora toda a gente te odeia pá!", "então e os gajos do porto?"), o momento alto para mim é, sem dúvida, o concerto no casamento da pessoa amada do personagem principal ("estava a brincar! já não se pode brincar?") com o movimento à Pete Townshend por sobre o bolo da noiva.

Quero uma segunda série.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Mais novas das terras nórdicas

Meus caros,

para uma coisa serviu a minha viagem por terras do norte, para adivinhar onde estáveis circa 1626. Vocês estariam , os dois, ou um, ou os dois separados, nas mesmas terras que eu calcorreei em 2009.

Diria mesmo que estariam entre os engenheiros do projecto do barco de guerra de nome Vasa. Diria que estavam preparados para rir a bom rir.

Quase que adivinho que estariam entre a equipe que no séc. XVII recebeu ordens do rei sueco para, no auge do domínio daquele pais por aguas da região, construir o mais potente e temível vaso de guerra a ser usado na guerra dos trinta anos.

Quase que vos adivinho a dizer ao engenheiro responsável para ir supervisionar os adornos no convés enquanto vós trataríeis calmamente dos cálculos para o lastro do navio.

Vejo-vos confiantes e com um secreto sorriso, embrenhados na comitiva que viu o recém-barco, com 150 homens a bordo, com um armamento recorde, ricamente decorado e preparado para espalhar o terror, espanto e inveja nos inimigos se lançar pela primeira vez às aguas do Báltico.

Ouço-vos a rir a bom rir quando o barco andou mil e duzentos metros e afundou.

Histórias destas são dignas da nossa masmorra. E devido aos vossos prováveis actos pessoas de todo o mundo podem visitar um museu na Suécia e rir-se enquanto os próprios suecos tentam rentabilizar o barco sem ser alvos de muito ridículo.

Cliquem aqui para ler a história deste soberbo e risível barco de guerra (os vossos nomes foram omitidos).

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Concílio sazonal - o balanço de uma era

Agora que iniciamos este interregno entre dois períodos de lazer consecutivos, durante o qual a Masmorra Infernal do Sr. Satanás se encontrará encerrada para trabalho, é uma má pratica fazer uma breve resenha dos eventos que tiveram lugar entretanto e nos quais grandes feitos foram perpetrados: fronteiras expandidas, dinos espertos esmagados e quantidades consideráveis de líquidos não-não-alcoolicos ingeridos. Tudo isto, pelos já universalmente reconhecidos membros desta negra aliança.

Após um breve périplo, pelo já conhecido de todos, globo terrestre, em que se fizeram alguns avanços consideráveis para a agora inevitável aniquilação de toda a humanidade (recordo eventos já aqui relatados como a conversão dos pinguins da Antártida e a consolidação dos territórios Nórdicobalticos ao nosso jugo), os por todos considerados como magnificentes contribuidores da Masmorra, reuniram-se em secreto concílio.

Tão secreto e envolto em sombras foi tal evento, que mesmo os próprios participantes apenas tomaram conhecimento dele praticamente no final do mesmo!
Reunidos num infeliz acaso pela peluda mão do nosso chifrudo líder, num remoto topo de uma remota montanha, não muito longe daqui, os três vis elementos (nós) viram-se a braços com a hedionda tarefa de executar um balanço a mais um século de malvadezes e perfídias por eles (nós) executadas.

Assim, em grande desarmonia com as potentes energias envolventes que emanavam das profundezas das rochas e dos céus esmagadores, completamente dessincronizados com os elementos da natureza reinante no local referido, Mafarrico, Maléfico e Diabolicus reinaram supremos, e durante o período referido não fizeram nada!

Alguns périplos pelos trilhos das ameaçadoras montanhas, banhos temerários na traiçoeira piscina local (cheia de água...), debates filosóficos de grande gravidade na esplanada do café da terra, longas e perigosas sessões de dinomania defrontando perigosos Dinos Espertos, vitoriosas excursões nocturnas a locais de culto do inimigo, um churrasco e uma bebedeira de vinho verde tinto, foram algumas das actividades de excepção a que estes Demónios se entregaram, muitas das vezes por engano.

Em breve seguirá uma reportagem fotográfica que documentara tudo o que aqui foi dito!



(o amarelo é o amigo CPU)