caros,
Existem personalidades cujo nome ficam para a história, relembrados são estes seres por eras e eras, através das épocas e para todo o sempre. A missão que levamos a cabo impede-nos de nos expormos de tal forma que o nosso nome se entranhe assim nas mentes humanas, mas há humanos que conseguiram superar o teste do tempo e é sobre um deles que vos falo hoje.
Corria o ano de 59 a.C. (o J.C. ainda não tinha aparecido) e em Roma morava um já reconhecido general de seu nome Marco Crasso. Já tinha ganho tudo o que tinha para ganhar e estava bem na vida, quando decidiu que devia procurar novos desafios. Ele era reconhecido por já ter conquistado a Hispânia e Jerusálem mas ainda assim meteu na cabeça subjugar os Partos (não os patos, os Partos), um povo da pérsia.
Pegou então em 50000 homens e lá foi ele confiante, dizimar a meia duzia de partos que se intrometeriam no seu caminho. Chegando perto do local, e inexplicavelmente abandonado todas as tácticas que antes empregara, o nosso general Crasso, decidiu meter por um atalho onde foi emboscado e as suas legiões de 50000 homens pereceram na totalidade contra algumas centenas de oponentes. O próprio Crasso foi desta para melhor, ninguém sabe o que lhe passou pela cabeça, mas este episódio e o erro que o provocou deu a honra a este general de ver o seu nome reconhecido e indelévelmente ligado ao vocabulário corrente até aos dias de hoje.
Trago-vos pois, em jeito de ilustração, uma imagem inédita de Crasso com os seus conselheiros, instantes antes da batalha fatidica.
Parece que dos 50000 só dois se safaram, isto há coisas do Diabo ....
M.P.
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6 comentários:
Ora bem, vamos começar pelo início, que é como quem diz pela bela surpresa com que nos presenteou o colega Maléfico no final do seu post.
Uma recordação, já não me lembrava de termos tirado esta foto com o Crasso. Foi precisamente antes da batalha.
De facto o Crasso estava a perder qualidades, e o plano orquestrado correu na perfeição. Estava a utilizar 50.000 diabos quando apenas eram necessários algumas centenas, e quisemos mostrar ao Crasso como na Matemática se pode esmagar ou ser esmagado em inferioridade numérica.
Planeamos a emboscada ao pormenor. Eu fiquei do lado de cá, no fim da coluna a indicar ao Crasso e aos outros o desfiladeiro estreito que dava para um vale estreito e sem saída, e o Mafarrico foi à frente supostamente ver se a passagem estava aberta..
Estava fechada como é óbvio e a matança teve contornos épicos, qual sangue a ferver ao lume.
O Mafarrico safou-se de fininho mais cedo, subindo através de uma corda lançada pelos partos e participou na matança do lado de lá.
Quando fui ter com ele estava a fazer uma patuscada com os partos.
Cheguei lá mais tarde depois de fechar a entrada com uma barreira de romanos empilhados.
Foi uma batalha fácil.
Apesar de entender que deveríamos ter sido um pouco mais discretos, confesso que este episódio, aqui tão bem relatado me enche de vaidade tal é a glorificação que dele nos advém.
Recordo-me como se fosse há 2069 anos! A invocação do Demo feita pelos Partos, o pacto que connosco selaram, as milhares de almas vendidas a Satanás assim num ápice, a borga que se seguiu aqui na Masmorra com todas aquelas Partas constantes das oferendas. E a missão, que simplicidade meus caros! Algo tão banal como desmantelar todas aquelas centúrias lançadas numa marcha avassaladora, foi por nós aceite com um sorriso nos lábios. “Com uma perna às costas” tal como proferiu alto e bom som o Maléfico, momentos antes de se lesionar gravemente nos ligamentos anteriores cruzados do joelho (daí não ter constado da equipa destacada para o teatro dos acontecimentos). Só boas recordações…
Quanto à tramóia que se seguiu, já muito foi dito faltando ainda bastante mais para dizer, portanto não me alongarei.
Apenas referir, que a abordagem ao Marco foi simples dadas as boas relações que o nosso Maior sempre manteve com estes generais dados a sangrias e orgias em larga escala.
O que levou o Marco a escolher aquele caminho fatídico perdurará para sempre uma incógnita. O nosso plano era bastante mais elaborado, e envolvia um orçamento de monta, mas chegamos ligeiramente atrasados à reunião do conselho de guerra que decorreu numa das inúmeras tendas de campanha do vasto acampamento romano. O Diabolicus não acreditou que o concílio tomaria lugar na tenda central de maior porte, e tivemos que correr todas as outras sem excepção o que nos atrasou consideravelmente. Isso e uma festa com umas odaliscas, com que fomos confrontados em plena busca.
Quanto à descrição dos factos da batalha, o Diabolicus já aqui deixou uma versão bastante detalhada apesar de pejada de erros grosseiros. Penso não haver muito mais a acrescentar.
Como momento alto da minha intervenção, e que em muito contribuiu para o feliz desfecho do que viria a ser conhecido nos anais da historia por “Erro Crasso”, o pormenor de, em pleno auge da batalha e quando os bem treinados legionários romanos se preparavam para se reorganizarem após o primeiro impacto do ataque surpresa dos Partos, eu ter vociferado a plenos pulmões a ordem de comando de formação da técnica do quadrado (essa que anos mais tarde voltei a usar, mas noutras circunstancias e com outros resultados)! Assim, metade do exército ficou virado para as paredes do desfiladeiro, uma quarta parte de costas para a batalha, e os restantes 10 tiveram que enfrentar a fúria dos Partos galvanizados por esta súbita vantagem numérica. O sangue jorrou daquelas veias como se não houvesse amanhã (e não houve).
O que o Diabolicus fez, não sei. Sei apenas que realmente compareceu ao churrasco que se seguiu, e onde tivemos a oportunidade de confraternizar um pouco com os Partos e falar das trivialidades e discutir as mais recentes vitórias do seu clube de futebol (FCParto).
Uns compinchas esses Partos!
Pois foi,
o episódio da pretensa lesão nos ligamentos anteriores cruzados.
Acho que é altura de uma revelação jovial em torno deste episódio. Uma revelação que vos fará sorrir e rir a bom rir. A verdade é que no dia anterior à batalha fui ter com o rei dos partos para acertar o nosso pagamento por trabalho tão facil.
Diz-me ele: "O soldo para o vosso trabalho será um carregamento de 5 toneladas de ouro, 600 moças puras, a chave do palacio real e uma patuscada." ao que eu retorqui "É isso, a patuscada far-se-á no local do embate, enquanto o resto poderá ser entregue na masmorra no mesmo dia".
E foi assim que chegado o dia D , e como ninguem achasse estranho quando eu disse "AH! que transtorno, tenho uma lesão no ligamento anterior cruzado não vos posso acompanhar".
A patuscada terá sido boa, mas o resto do pagamento asseguro-vos estava muito agradável e muito prazer me deu a usufruirlio"
Sem ressentimentos enganados camaradas, sem ressentimentos.
Os meus mais sinceros agradecimentos, a si brilhante Maléfico, por trazer luz a este misterio ao fim de tantos e tantos anos.
Aquele súbito aparecimento das 600 moças puras durante a patuscada deixou-nos a todos perplexos na altura. Isso e o afinco e capacidade de entrega que as animava e motivava.
Restará agora saber o que foi feito desses 600 soldados partos, homens duros e de barba rija, desaparecidos antes do combate mais a chave do palácio... Quem sabe um dia algo ou alguém poderá esclarecer mais este enigma da historia...
risos e mais risos
eu disse "sem ressentimentos", colega, quer-me parecer é que a patuscada lhe caiu mal.
Sentir-se ludibriado deve ter-lhe toldado a memória disto que que se passou há 2069 anos atras.
Até o compreendo ... devemos sempre ser deselegantes na derrota, eu sempre o disse.
Acho que 600 moças puras deixavam o mais esfomeado e poderoso dos diabos exausto.
Eu Diabolicus que me conheço nunca passei das 137, que me lembre.
Daí que a generosidade dos Partos foi tremenda e foram tempos de bastante fartura para todos. Sem necessidades destas quesílias por umas centenas de jovens puras.
Pena é, que passados estes anos não se encontrarem já tão jovens e viçosas, é aquilo que chama o prazo de validade...passou.
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