quinta-feira, 2 de abril de 2009

Shake your blood!

Encontrando-me eu, num estado de espírito mais melancólico, aconteceu que me predispusesse a encetar uma caminhada de natureza introspectiva, de reflexão sobre os problemas, não os que me afligem por os não ter, mas os que atingem todos os demais que me rodeiam. Preocupava-me nesse momento que essas aflições, pudessem de alguma forma estar a terminar, e que isso fosse fruto de um claudicar do nosso trabalho.

Foi assim, que em plena solidão e calcorreando uma paisagem devastada sob electrizantes e pesadas nuvens, me fui deixando inspirar pelo ribombar dos trovões, pelo ruído ensurdecedor de fortes abalos terrestre, pelo caos e destruição que tormentosos furacões deixavam à sua passagem, pelas descontroladas vagas que se levantavam do oceano e varriam tudo à sua passagem entrecruzando-se com majestosas avalanches que se precipitavam de altivos picos.
Um pouco mais sereno e animado pelos gritos de desespero e angustia que se ouviam, vindos um pouco de todo o lado, tomei quase inadvertidamente um caminho ascendente e iniciei de forma quase imperceptível, uma descida pelos nossos bem conhecidos e concêntricos anéis Infernais.

Tomando conhecimento até onde os meus passos me tinham conduzido, o meu humor encontrava-se nesta altura em muito melhor forma. Ia eu acenando simpaticamente a todos os condenados para a eternidade por quem passava, quando me deparei com um ruído algo familiar vindo de um dos antros mais pestilentos por onde tinha passado.

Decidido a averiguar qual a origem de tão inebriante e electrizante som, entrei destemidamente no referido local, tendo-me deparado com a visão da qual pretendo deixar aqui o meu testemunho.
Assim, num rápido e sagaz lampejo da inteligência que me caracteriza, ocorreu-me que trazia comigo (como sempre) um kit completo de filmagem, composto por diversas câmaras, luzes, cenários e toda a equipa técnica normal nestas ocasiões.
Com a mão esquerda procurei no meu bolso direito e com a direita no bolso esquerdo. Como não encontrava o que procurava, com os dentes abri o alforge que sempre trago às costas e montei todo o equipamento num abrir e fechar de olhos.

Foi isto, caros colegas o que captei nesse dia!
Agora digam-me como é que é possível não gostar de Rock’n’roll!

1 comentário:

Maléfico Patético disse...

mas que festança para lá ia, é caso para dizer "heina!heina!"

e o nosso amigo Lemmy, que depois de ser várias vezes louvado na masmorra afirmou não ter mais nada a almejar nesta vida, lá estava em grande rock'n'roll com o amigo wino dos St. Vitus e Hidden Hand e outras bandas cool.

é realmente impossivel não gostar deste rock'n'roll e de .. ahaaam ... tudo o que o rodeia