Muitas têm sido as questões levantadas em torno da misteriosa e profana origem da Masmorra Infernal do Sr. Satanás.
Desde tempos imemoriais, que estes que povoam este antro, dominam os desígnios se não de toda a humanidade, pelo menos de quase toda. Isto é naturalmente susceptível de levantar a mais tormentosa das curiosidades nas mentes submissas:
“Mas afinal como foi que tudo começou?”, “De onde raio é que saíram estes cromos?”, “Como agradar a tão poderosos e sapientes entidades (refiro-me a nós)?”. Estas e outras questões são audíveis nos olhares estupefactos e inquiridores que ladeiam os caminhos que trilhamos quase diariamente (às vezes não temos tempo).
Para apaziguar a dor e a urticária mental, que revolve cérebros tão débeis como são estes dos lêem estas linhas, proponho-me a fazer uma breve resenha histórica e recordar tempos idos. A ideia é a de que nos embrenhemos nas brumas negras do passado, e que assim todos fiquem a conhecer um pouco sobre a origem que a partir de agora passaremos a ter.
Tudo começou nas agrestes serras que povoam o interior deste país, ou de outro qualquer. Três pastorinhos (não confundir com os três pastorinhos) de origens humildes, a quem nada faltava, garantiam a sua subsistência e dos seus agregados familiares, passando longas férias de Verão onde calcorreavam as ditas serras, e conduziam imensos rebanhos de animais de pasto. De entre esses seres ruminantes, das mais variadas espécies, encontravam-se aqueles que porventura seriam os mais exóticos de todos: cabras e ovelhas! Estas, não só completavam o vasto rebanho de girafas, zebras, gnus e morsas, como porém se distinguiam das demais pela sua capacidade natural de se adaptarem ao clima e ao meio ambiente envolvente.
Desde cedo, os três pastorinhos aprenderam que os hipopótamos e os elefantes tinham grandes dificuldades em saltitar por entre os altivos penedos, assim como as espécies mais rasteiras se atrasavam sistematicamente, ficando presas por entre o denso tojo.
Mentes ágeis e bem adaptadas às agruras da vida na selva, os três pastorinhos (a quem daqui em diante me referirei simplesmente por – os três pastorinhos), após selecção apurada, mantiveram apenas as referidas cabras e ovelhas e abandonaram à sua sorte os restantes.
Daí em diante, cruzaram montes e vales, lenta mas tenazmente, guiando o gigantesco rebanho, seguindo sempre em linha recta sem se deterem perante nada nem ninguém, apenas voltando a casa em cada final do dia para jantar (a avó deles a isso os obrigava).
Com o passar dos tempos, a implacável lei da selecção natural iniciou o seu superior trabalho por entre os elementos do grupo. Os animais mais fracos começavam a ficar para trás, e sucumbiam naturalmente aos violentos espancamentos que os três pastorinhos lhes infligiam. Á medida que progrediam na sua apoteótica caminhada pelas serranias, os três pastorinhos e o seu cada vez menor rebanho, deixavam um rasto de cadáveres de ovinos e caprinos. Reza a lenda, que eles próprios terão seguido esse rasto como orientação na sua sangrenta progressão.
(continua...)
terça-feira, 30 de março de 2010
terça-feira, 16 de março de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
O assassino em série, esse animal (extra)
Uma edição extra de modo a termos algum vislumbre real sobre este negro assunto, atentemos portanto ao trabalho verídico de um homicida verdadeiro.
Wayne Gacy (aka Killer Clown) foi condenado pelo brutal assassinio de pelo menos 33 pessoas. Passemos os olhos pelo seu trabalho :
Aquando da sua estadia no cárcere, Gacy dedicou-se ao desenho e pintura, sendo que este trabalho acabou como capa do um excelente disco, assinado pelos nossos excelentes amigos Acid Bath. Um trabalho a contemplar e dele retirar sérias considerações sobre a fragilidade e a brutalidade da pessoa humana.
Wayne Gacy (aka Killer Clown) foi condenado pelo brutal assassinio de pelo menos 33 pessoas. Passemos os olhos pelo seu trabalho :
Aquando da sua estadia no cárcere, Gacy dedicou-se ao desenho e pintura, sendo que este trabalho acabou como capa do um excelente disco, assinado pelos nossos excelentes amigos Acid Bath. Um trabalho a contemplar e dele retirar sérias considerações sobre a fragilidade e a brutalidade da pessoa humana.
Broken glass and dirty needles
Soul erosion truth
Electric god, our superman
Found dead in a telephone booth
Shards of teeth
Ice pick abortions
Orgasmic death, so warm
Let's die screamin', black goat semen
I can't hear you whisper "conform"
Hearts will stop and brain cells pop
Apocalyptic high
She screams bloody murder as they chop off her fingers
So this is how it feels to die
quinta-feira, 11 de março de 2010
Ref. Discografica 666 - full of hell and sin
Caros colegas, inimigos, entidades malignas em geral,
Muitas têm sido as oferendas musicais, humildemente depostas a nossos pés, que temos recebido na Masmorra desde que abrimos este espaço de adoração do profano e do herético, onde a auto-bajulação é mais do que uma atitude, é uma forma de vida.
Os nossos cérebros, com as suas mentes superiores e capacidades sensoriais acima da média, inebriam-se com as inovadoras torrentes musicais que fluem em quantidade e qualidade. A disseminação da palavra está assegurada e nós, embaixadores do Demo, podemos javardar à vontade, orgulhosos e com a certeza de que alguém assegurará que o nosso trabalho seja feito.
Mas é em momentos destes, que um Demónio olha para a frente e vê o trabalho que ficou para trás.
Assim proponho que façamos uma pequena viagem no tempo e recuemos ao ano terreno de 1993. Por esses dias a nossa missão era árdua. O nosso Maior andava de olho em nós e esperava resultados contundentes. Viviam-se momentos inquietantes e perspectivavam-se dificuldades, um tratado de redução de armamento assinado entre Bush (pai) e Yeltsin, a separação pacífica da Checoslováquia, a chegada de Bill Clinton perspectivava uma era de paz e entendimento no médio Oriente, os Oasis ganhavam alento e fama, Varg Vikernes dos Mayhem preso e condenado a 21 anos por assassinato, os Celtic Frost anunciam o fim da carreira e Bruce Dickinson dá o seu último concerto como vocalista dos Iron Maiden (estas duas ultimas estavam-se mesmo a ver que era só para chamar a atenção, mas enfim...).
De certa forma o optimismo e a esperança no futuro singravam por entre a massa humana e esperava-se, da nossa parte uma resposta firme e definitiva.
É neste contexto que surge Wolverine Blues.
Os Entombed já dominavam dentro da cena Death Metal com os seus dois primeiros poderosíssimos álbuns “Clandestine” e “ Left Hand Path” que apesar de inovadores, estavam muito contidos dentro do género em si, limitando assim a capacidade de arrecadar seguidores e de espalhar a Mensagem.
Mas com este seu terceiro álbum, inspirados que foram pelo bafo nojento de Satanás, os Entombed derrubaram barreiras e criaram as raízes do género musical, o Death’n’roll. Em tão pouco como 35min e 42seg, lograram destilar toda a técnica intrincada, atitude e sonoridade pulsante do Death Metal nórdico e criar um estilo totalmente novo, mais orgânico, mais real. Com muito menos riffs/min, as composições são simples mas estranhamente desconcertantes e criam uma sensação algo groove mais comum no rock do que propriamente num disco de metal.
Apesar da viragem que este álbum representou na carreira dos Entombed, o mais incrível é que a sonoridade das guitarras de Uffe Cederlund e Alex Hellid permanece inconfundível assim como o estilo da voz de Lars Petrov. Na verdade eles não mudaram, eles evoluíram sem cortes com o passado. De referir ainda o multi facetado Nicke Andersson, compositor, baterista, guitarrista, letrista, cerne da criatividade do grupo.
Mesmo para nós, críticos crueis e sempre cáusticos, é difícil destacar uma ou duas músicas. São todas excelentes! Eyemaster a abrir, Rotten Soil e Out of Hand no fecho, são os momentos mais acelerados, propícios ao headbanging e mosh desenfreado. Já os temas Wolverine Blues, Demon, Contempt, Full of Hell e Heaven's Die, trazem a tal sonoridade mais mid-tempo e Blood Song, Hollowman um compassado mais lento e arrastado.
Quanto às letras, pouco há a dizer a não ser que são gloriosas pérolas da ironia e do satanismo aplicados às problemáticas do dia-a-dia, que tanto deprimem os humanos.
“Meet the devil who is your host
Strike down what you believe in
get it done with a gun
when I'm in hell you can talk to my ghost”
“Vicious mammal
the blood is my call
pound for pound
I am the most vicious of all”
“Trembling in the balance
exploring new extremes
all sweet forms of self-destruction
coming to me in my dreams”
“No matter how low you are
there's always someone to look down upon
and it goes
on and on”
“It's fucked to hear one idiot's words
but worse to see others believe it
fucked up minds in fucked up times
it's up to you to foresee it”
A simplicidade das letras, das quais estas passagens são um bom exemplo, permite que a mensagem de desespero e frustração flua pelas mentes incrédulas, e que assim cresçam na sua sobranceria e orgulho e sejam pasto verdejante para os que executam o trabalho do Demo.
Usado com mestria e saber, este álbum foi o ponto de partida para duas negras décadas que nos permitiram rechear as nossas legiões de seguidores fiéis, que até aí se mantinham afastados de géneros musicais mais agressivos e tecnicamente virtuosos.
Para o fim deixo o texto completo do tema Full of Hell.
É raro o dia em que não recite mentalmente estes versos, em forma de mantra, que me fortalece a vontade e a inspiração.
“I've got a 24-lane highway
going straight through my head
a peace of mind like a brainstorm
and thoughts that knocks me dead
I've got sympathy for the devil
and demon is in my vein
I'm organized chaos
but don't call me stupid I'm insane
At my worst I'm at my best
wide awake but let sanity rest
I'm full of hell
all kinds of hell
I've got a heart like a graveyard
they're dying to get in
I'm from a lot of different places
and I'm full of hell and sin
I'm offended by human nature
was told the truth by someone who lied
there are times when not being human
would be a source of inner pride
In my heart and deep within
I've got it's fire under my skin”
[Hellid]
Com os melhores cumprimentos,
\m/
Muitas têm sido as oferendas musicais, humildemente depostas a nossos pés, que temos recebido na Masmorra desde que abrimos este espaço de adoração do profano e do herético, onde a auto-bajulação é mais do que uma atitude, é uma forma de vida.
Os nossos cérebros, com as suas mentes superiores e capacidades sensoriais acima da média, inebriam-se com as inovadoras torrentes musicais que fluem em quantidade e qualidade. A disseminação da palavra está assegurada e nós, embaixadores do Demo, podemos javardar à vontade, orgulhosos e com a certeza de que alguém assegurará que o nosso trabalho seja feito.
Mas é em momentos destes, que um Demónio olha para a frente e vê o trabalho que ficou para trás.
Assim proponho que façamos uma pequena viagem no tempo e recuemos ao ano terreno de 1993. Por esses dias a nossa missão era árdua. O nosso Maior andava de olho em nós e esperava resultados contundentes. Viviam-se momentos inquietantes e perspectivavam-se dificuldades, um tratado de redução de armamento assinado entre Bush (pai) e Yeltsin, a separação pacífica da Checoslováquia, a chegada de Bill Clinton perspectivava uma era de paz e entendimento no médio Oriente, os Oasis ganhavam alento e fama, Varg Vikernes dos Mayhem preso e condenado a 21 anos por assassinato, os Celtic Frost anunciam o fim da carreira e Bruce Dickinson dá o seu último concerto como vocalista dos Iron Maiden (estas duas ultimas estavam-se mesmo a ver que era só para chamar a atenção, mas enfim...).
De certa forma o optimismo e a esperança no futuro singravam por entre a massa humana e esperava-se, da nossa parte uma resposta firme e definitiva.
É neste contexto que surge Wolverine Blues.
Os Entombed já dominavam dentro da cena Death Metal com os seus dois primeiros poderosíssimos álbuns “Clandestine” e “ Left Hand Path” que apesar de inovadores, estavam muito contidos dentro do género em si, limitando assim a capacidade de arrecadar seguidores e de espalhar a Mensagem.
Mas com este seu terceiro álbum, inspirados que foram pelo bafo nojento de Satanás, os Entombed derrubaram barreiras e criaram as raízes do género musical, o Death’n’roll. Em tão pouco como 35min e 42seg, lograram destilar toda a técnica intrincada, atitude e sonoridade pulsante do Death Metal nórdico e criar um estilo totalmente novo, mais orgânico, mais real. Com muito menos riffs/min, as composições são simples mas estranhamente desconcertantes e criam uma sensação algo groove mais comum no rock do que propriamente num disco de metal.
Apesar da viragem que este álbum representou na carreira dos Entombed, o mais incrível é que a sonoridade das guitarras de Uffe Cederlund e Alex Hellid permanece inconfundível assim como o estilo da voz de Lars Petrov. Na verdade eles não mudaram, eles evoluíram sem cortes com o passado. De referir ainda o multi facetado Nicke Andersson, compositor, baterista, guitarrista, letrista, cerne da criatividade do grupo.
Mesmo para nós, críticos crueis e sempre cáusticos, é difícil destacar uma ou duas músicas. São todas excelentes! Eyemaster a abrir, Rotten Soil e Out of Hand no fecho, são os momentos mais acelerados, propícios ao headbanging e mosh desenfreado. Já os temas Wolverine Blues, Demon, Contempt, Full of Hell e Heaven's Die, trazem a tal sonoridade mais mid-tempo e Blood Song, Hollowman um compassado mais lento e arrastado.
Quanto às letras, pouco há a dizer a não ser que são gloriosas pérolas da ironia e do satanismo aplicados às problemáticas do dia-a-dia, que tanto deprimem os humanos.
“Meet the devil who is your host
Strike down what you believe in
get it done with a gun
when I'm in hell you can talk to my ghost”
“Vicious mammal
the blood is my call
pound for pound
I am the most vicious of all”
“Trembling in the balance
exploring new extremes
all sweet forms of self-destruction
coming to me in my dreams”
“No matter how low you are
there's always someone to look down upon
and it goes
on and on”
“It's fucked to hear one idiot's words
but worse to see others believe it
fucked up minds in fucked up times
it's up to you to foresee it”
A simplicidade das letras, das quais estas passagens são um bom exemplo, permite que a mensagem de desespero e frustração flua pelas mentes incrédulas, e que assim cresçam na sua sobranceria e orgulho e sejam pasto verdejante para os que executam o trabalho do Demo.
Usado com mestria e saber, este álbum foi o ponto de partida para duas negras décadas que nos permitiram rechear as nossas legiões de seguidores fiéis, que até aí se mantinham afastados de géneros musicais mais agressivos e tecnicamente virtuosos.
Para o fim deixo o texto completo do tema Full of Hell.
É raro o dia em que não recite mentalmente estes versos, em forma de mantra, que me fortalece a vontade e a inspiração.
“I've got a 24-lane highway
going straight through my head
a peace of mind like a brainstorm
and thoughts that knocks me dead
I've got sympathy for the devil
and demon is in my vein
I'm organized chaos
but don't call me stupid I'm insane
At my worst I'm at my best
wide awake but let sanity rest
I'm full of hell
all kinds of hell
I've got a heart like a graveyard
they're dying to get in
I'm from a lot of different places
and I'm full of hell and sin
I'm offended by human nature
was told the truth by someone who lied
there are times when not being human
would be a source of inner pride
In my heart and deep within
I've got it's fire under my skin”
[Hellid]
Com os melhores cumprimentos,
\m/
O assassino em série, esse animal (3/3)
Acompanhemos, nesta ultima instalação subordinada a este simpático tema, um assassino de nome Ben.
Este Ben é um assassino profissional, isto é, ganha a vida a praticar crimes que, invariavelmente, terminam numa morte rápida, mas não indolor, de algum transeunte que aparente ter mais de uns poucos euros no bolso.
O que diferencia Ben dos seus comparsas de outras paragens, é o facto de ser um intelectual, bem-falante, pândego mas culto, com preocupações sociais, adorador de sua família e companheiro de seus amigos. Um cavalheiro, que só perde a compostura quando assassina brutalmente alguém, ou quando bebe um pouco de mais. Resumindo: Tem um bocado a mania, mas é um tipo porreiro.
O filme que aqui trago segue uma equipa que procede às filmagens de um documentário sobre o dia-a-dia deste singular personagem. Temos assim um olhar por dentro de uma ocupação que temo ser mal compreendida pelo público em geral.
Ben, um assassino diferente (talvez por ser belga) e o seu oficio, a conhecer melhor no filme C'est Arrivé Près De Chez Vous de 1992.
Um ponto de contacto interessante entre este Ben e o Henry do primeiro filme apresentado : Uma cena brutal de assassínio familiar em que uma câmara de filmar é parte integrante do crime, sendo que o assassino se faz filmar no acto que perpetra. Não tenho dúvidas que isto tem um significado profundo.
Não resisto a dar-vos a oportunidade de saber já o que sucede à senhora idosa que aparece no trailer. Se não quiserem esperar por ver o filme :
Este Ben é um assassino profissional, isto é, ganha a vida a praticar crimes que, invariavelmente, terminam numa morte rápida, mas não indolor, de algum transeunte que aparente ter mais de uns poucos euros no bolso.
O que diferencia Ben dos seus comparsas de outras paragens, é o facto de ser um intelectual, bem-falante, pândego mas culto, com preocupações sociais, adorador de sua família e companheiro de seus amigos. Um cavalheiro, que só perde a compostura quando assassina brutalmente alguém, ou quando bebe um pouco de mais. Resumindo: Tem um bocado a mania, mas é um tipo porreiro.
O filme que aqui trago segue uma equipa que procede às filmagens de um documentário sobre o dia-a-dia deste singular personagem. Temos assim um olhar por dentro de uma ocupação que temo ser mal compreendida pelo público em geral.
Ben, um assassino diferente (talvez por ser belga) e o seu oficio, a conhecer melhor no filme C'est Arrivé Près De Chez Vous de 1992.
Um ponto de contacto interessante entre este Ben e o Henry do primeiro filme apresentado : Uma cena brutal de assassínio familiar em que uma câmara de filmar é parte integrante do crime, sendo que o assassino se faz filmar no acto que perpetra. Não tenho dúvidas que isto tem um significado profundo.
Não resisto a dar-vos a oportunidade de saber já o que sucede à senhora idosa que aparece no trailer. Se não quiserem esperar por ver o filme :
"É muito mais simples, para os vizinhos, para mim e para ela."
terça-feira, 9 de março de 2010
ref. discografica 666 - Arizmenda
E assim acontece nesta esfera infernal em que nos movemos.
O suportável colega mafarrico andou a visitar colegas de masmorras distantes e chegou-me com um desafio : "Vil Maléfico" - disse-me ele. "Porque não escreveis uma crónica sobre o agrupamento designado como Arizmenda?"
Retorqui: "Arizmenda? Pelo que ouvi falar parecem ser um bom bocado de estrume destilado e vomitado pelos bodes negros das profundezas".
- "Sim, deverão ser um belo esterco infernal." - vociferou Mafarrico. "Mas eu agora tenho de ir arranjar as unhas dos cascos e não tenho tempo de gatafunhar as paredes da nossa Infernal Masmorra. Porque não tentais vós a tarefa de dar a conhecer ao mundo estes desconhecidos?"
- "Assim farei!"
E assim se iniciou um aturado labor de pesquisa que durou cerca de cinco minutos, não encontrei nada digno de nota, nem tão pouco consegui ouvir qualquer som ou arranjar uma fotografia de suas, sem dúvida feias, frontes.
Aproveito assim, para chamar a atenção para o que tem vindo a rodar insistentemente no gira-discos maléfico, uma rodela plástica de grande qualidade, editada no ano de 2008. Refiro-me a "Bird Of Prey" dos Zozobra. Um debitar constante de grandes e potentes ruidos, onde a mestria e peso sonoro é de louvar. Fatias como "Heavy With Shadows", "Sharks That Circle" ou o fenomenal e último "Laser Eyes", são o caminho onde iniciar a caminhada para conhecer um dos grandes discos da década que se finou.
Esqueçam os Arizmenda, permanecerão desconhecidos e não chegarão a lado nenhum (muito menos às minhas orelhas), e ouçam os Zozobra que são mestres e merecem toda a nossa atenção.
O suportável colega mafarrico andou a visitar colegas de masmorras distantes e chegou-me com um desafio : "Vil Maléfico" - disse-me ele. "Porque não escreveis uma crónica sobre o agrupamento designado como Arizmenda?"
Retorqui: "Arizmenda? Pelo que ouvi falar parecem ser um bom bocado de estrume destilado e vomitado pelos bodes negros das profundezas".
- "Sim, deverão ser um belo esterco infernal." - vociferou Mafarrico. "Mas eu agora tenho de ir arranjar as unhas dos cascos e não tenho tempo de gatafunhar as paredes da nossa Infernal Masmorra. Porque não tentais vós a tarefa de dar a conhecer ao mundo estes desconhecidos?"
- "Assim farei!"
E assim se iniciou um aturado labor de pesquisa que durou cerca de cinco minutos, não encontrei nada digno de nota, nem tão pouco consegui ouvir qualquer som ou arranjar uma fotografia de suas, sem dúvida feias, frontes.
Aproveito assim, para chamar a atenção para o que tem vindo a rodar insistentemente no gira-discos maléfico, uma rodela plástica de grande qualidade, editada no ano de 2008. Refiro-me a "Bird Of Prey" dos Zozobra. Um debitar constante de grandes e potentes ruidos, onde a mestria e peso sonoro é de louvar. Fatias como "Heavy With Shadows", "Sharks That Circle" ou o fenomenal e último "Laser Eyes", são o caminho onde iniciar a caminhada para conhecer um dos grandes discos da década que se finou.
Esqueçam os Arizmenda, permanecerão desconhecidos e não chegarão a lado nenhum (muito menos às minhas orelhas), e ouçam os Zozobra que são mestres e merecem toda a nossa atenção.
segunda-feira, 1 de março de 2010
O assassino em série, esse animal (2/3)
Psicopata americano.
Há duas maneiras de estudar o psicopata americano, lendo o livro ou visualizando o filme que adaptou o livro.
O filme:
O filme é um bom filme. Os humanos que o vêm ficam com a excelente sensação de terem visto uma película eximiamente realizada, com excelentes diálogos e planos, um humor negro de primeira ordem e boas interpretações. É esta uma boa maneira de se estudar o negro ser que é o assassino em série? Não. O personagem do filme nunca parece ser nada mais do que um simples personagem de ficção, não enoja nem assusta ninguém, antes pelo contrário, até me atrevo a dizer que é um filme que dispõem bem.
O livro:
O livro enoja e assusta. É um desenrolar de actos bárbaros e descerebrados, executados com uma frieza cruel. Bret Easton Ellis deve ser ele próprio uma pessoa bem lixada da cabeça para ter tido tantas e tão brutais ideias. Se realizassem um filme fiel ao livro, podiam ir os senhores do manicómio com as camisas de força e levar quem tivesse ficado até ao fim, à confiança.
Há duas maneiras de estudar o psicopata americano, lendo o livro ou visualizando o filme que adaptou o livro.
O filme:
O filme é um bom filme. Os humanos que o vêm ficam com a excelente sensação de terem visto uma película eximiamente realizada, com excelentes diálogos e planos, um humor negro de primeira ordem e boas interpretações. É esta uma boa maneira de se estudar o negro ser que é o assassino em série? Não. O personagem do filme nunca parece ser nada mais do que um simples personagem de ficção, não enoja nem assusta ninguém, antes pelo contrário, até me atrevo a dizer que é um filme que dispõem bem.
O livro:
O livro enoja e assusta. É um desenrolar de actos bárbaros e descerebrados, executados com uma frieza cruel. Bret Easton Ellis deve ser ele próprio uma pessoa bem lixada da cabeça para ter tido tantas e tão brutais ideias. Se realizassem um filme fiel ao livro, podiam ir os senhores do manicómio com as camisas de força e levar quem tivesse ficado até ao fim, à confiança.
Crónica semanal diária (de ontem)
Nada de digno a assinalar em termos de actividade malévola.
Futebol, uma actividade tão em voga no antigamente, há muito que caiu no anais do esquecimento. Já lá vão longas horas desde que deixamos de dar qualquer relevância a factos ou acontecimentos desta natureza.
Portanto resta-nos uma breve referência a uma fugaz passagem do nosso Maior por terras do Chile. Após o Haiti e a Madeira, Satanás reforça o seu recentemente adquirido gosto pelo turismo em zonas pobres e já de si calamitosas.
Preocupam-me as recentes declarações de Warren Buffet, segundo o qual os “maus gestores” das grandes companhias, deviam ser castigados pela ruína e pelas perdas causadas pelos seus actos. Parece-me que está na altura deste senhor receber uma visitinha da nossa parte.
Realmente estimulante e inovadora é a invenção de uns cientistas Japoneses, que se lembraram de perder tempo e recursos na execução de um tradutor de choro de bebes. Parece que a partir de agora, vamos passar a saber, sempre que um destes pequenos seres cse queixar, o porquê de tal, ie, se tem fome, sono, dor, etc... o que me parece extremamente útil dado que já o sabíamos sem este aparelho.
Os jogos olímpicos de Inverno terminaram sem que a esmagadora maioria da população mundial se tivesse sequer apercebido de que tinham começado. Maçador.
Futebol, uma actividade tão em voga no antigamente, há muito que caiu no anais do esquecimento. Já lá vão longas horas desde que deixamos de dar qualquer relevância a factos ou acontecimentos desta natureza.
Portanto resta-nos uma breve referência a uma fugaz passagem do nosso Maior por terras do Chile. Após o Haiti e a Madeira, Satanás reforça o seu recentemente adquirido gosto pelo turismo em zonas pobres e já de si calamitosas.
Preocupam-me as recentes declarações de Warren Buffet, segundo o qual os “maus gestores” das grandes companhias, deviam ser castigados pela ruína e pelas perdas causadas pelos seus actos. Parece-me que está na altura deste senhor receber uma visitinha da nossa parte.
Realmente estimulante e inovadora é a invenção de uns cientistas Japoneses, que se lembraram de perder tempo e recursos na execução de um tradutor de choro de bebes. Parece que a partir de agora, vamos passar a saber, sempre que um destes pequenos seres cse queixar, o porquê de tal, ie, se tem fome, sono, dor, etc... o que me parece extremamente útil dado que já o sabíamos sem este aparelho.
Os jogos olímpicos de Inverno terminaram sem que a esmagadora maioria da população mundial se tivesse sequer apercebido de que tinham começado. Maçador.
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