quarta-feira, 29 de abril de 2009

O pormenor está nas diferenças

caros,

o universo infernal não é uno, muito há por onde escolher e as diferenças de estilo de vida, trabalho e lazer são visíveis de diabo para diabo. Já vimos por exemplo, que uns gostam de estraçalhar uns anjinhos recorrendo ao tridente pelas tripas acima enquanto outros preferem a táctica do esmagamento com o punho cerrado impelido de cima para baixo tocando no asfalto, enquanto o anjinho se mantém entre o referido punho e o asfalto. Penso que me faço entender (se não, sois burros e fora daqui)

Quiche o destino que aqui na masmorra se discutisse até à náusea as musicalidades infernais nas quais, como em tudo na vida, temos as nossas diferenças. Irreconciliáveis, talvez, quem o poderá dizer? Eu espero bem que sim.

Deixo-os portanto com uma música da melhor banda do mundo que o Mafarrico não gosta, esperando que ele faça o obséquio de retornar o gesto, e postar o melhor agrupamento musical que o Maléfico (que sou eu) não gosta.



sejamos sensatos Mafarrico, se me vem com o anão guinchador outra vez eu parto isto tudo.

M.P.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

ref. discografica 666 - filosofia moderna

mafarrico,

é hora de mais uma referencia discografica e chegados ao numero 666 (já vamos neste numero, como o tempo passa) achei que era altura de prestar homenagem a um grupo defunto e recentemente ressuscitado e que portanto andará nos próximos tampos por ai a cirandar qual zumbi putrefacto.

É um agrupamento musical que aprecio por demais, a sua musicalidade é evidente, o seu ecletismo é assinalável e o seu humor caracteristico e negro fazem das suas liricas uma real lição de filosofia para o diabo moderno. Começando pelo seu simples e estranho nome, que traduzido para a nossa lingua (indecifrável para o comum dos mortais) seria algo como "Fé Nunca Mais".

Se a audição dos seu trabalhos é um regozijo para os ouvidos infernais, a leitura dos seus escritos é deveras reconfortante e traduz-se muitas vezes em letras sem um fio condutor e aparentemente insanas, mas que se explanadas linha a linha podem ajudar deveras um demónio em busca de rumo espiritual.

Ora vejamos alguns exemplos retirados da rodela plástica impregnada de sons que de entre a sua vasta discografia escolhi para esta referencia.

If you don't make a friend, now
One might make you -
So learn
The gentle art of making enemies
de The Gentle Art Of Making Enemies

And dying is dry-
Like a fact of history
And when you die, you'll become
something worse
Than dead-
You'll become
A legend
de Star A.D.

Shit lives forever
de Cuckoo For Caca

You did one thing wrong
You woke up.
de Ugly In The Morning

What a day, what a day
If you can look it in the face
And hold your vomit
de What A Day

e o inspirador e sempre presente nas nossas vidas

It's always funny until somone gets hurt...
And Then it's just hilarious!
de Ricochet com que vos deixo



E isto foi de cor, sem qualquer espécie de pesquisa, pelo que se depreende que será recompensador passar à lupa os trabalhos destes filósofos.

M.P.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Grande plano

meus colegas

muitas palavras gastei a explicar-vos que a missao discutida em mensagem anterior tinha sido coroada de sucesso, prometi-vos resultados prometedores, elevei as expectativas.

Se dúvidas perssistissem, deixo-vos com um pequeno exemplo de como estava correcto, vide como um humano tido como dócil e simpático, um humano que serve de exemplo para milhares e cujas acções são seguidas por milhões "perdeu a cabeça" e selváticamente agrediu outro em directo e a cores.

Pergunto-lhes, terá este personagem eliminado da champiões ligue visionado o encontro da sua anterior equipa na semana passada? É óbvio que sim. O Diabo cose errado por linhas tortas e não devemos questionar os seus planos.



"perdi a cabeça", "não sei o que me aconteceu". Nós sabemos Pepe, nós sabemos ....
M.P.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O poder da mentira

Caros,

uma das nossas ferramentas mais importantes é a palavra falada e escrita, e que melhor maneira de a utilizar do que mentir?

Mentiras pérfidas, mentiras mesquinhas, mentiras enganosas, mentiras crueis, tudo se adequa quando se trata de espalhar o mal pelas cidades. Eu por exemplo tenho o habito de mentir quando algum transeunte incauto me pergunta direcções ao vaguear pelo burgo. É uma pequena mentira é verdade, mas que pode tomar proporções agradáveis se, por exemplo, o individuo estiver ao volante de uma ambulancia em urgência e quiser o caminho para o hospital. Diria mesmo que neste caso é hilariante.

Coloco o desafio de comentarem as vossas mais descaradas mentiras para nosso regozijo. Uma pequena e sincera tertulia sobre este assunto poderia serenar os ânimos e colocar-nos de novo em harmonia fraternal.



AHAHAHAAHAHAH!
M.P.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Um grande pequeno grande engano

Caros,

Venho desta feita, relatar-vos mais um épico momento de glória, desses que nos enche de orgulho e enaltece a nossa raça demoníaca.

Sabendo de antemão, que iria ter lugar nesta nossa invicta metrópole, um confronto de titãs, entre as nossas legiões e as de um outro negro e poderoso adversário, e possuindo o conhecimento que tal embate seria passível de ser televisionado, reuniu-se numa das antecâmaras da Masmorra uma vil trupe, patrocinada pelo prezado Diabolicus, da qual este vosso amigo fazia parte.
O objectivo era claro e simples, influenciar ao máximo os desígnios que iriam orientar o final deste embate, com recurso à confluência das nossas energias negativas, ingerir poções alcoólicas de origens remotas e mastigar uma quantidade inimaginável de aperitivos e batatas fritas.

No início, tudo corria conforme previsto. O ambiente estava de todo desagradável e ia piorando à medida que os convivas se iam avolumando em torno do televisor. Aliás, o mais desagradável era evitar que as chamas que se nos escapavam das narinas a cada gargalhada derretessem o referido aparelho electrónico.
O evento ia evoluindo, e cedo nos apercebemos que o esférico estava mais diabólico do que nunca e que os seus movimentos nos eram adversos. Mais nos apercebemos que um certo torpor de mente e corpo se tinha apossado dos nossos sebosos representantes, que a certa altura mais pareciam anjinhos manietados e confusos.

Faziam-se, por essa altura, ouvir os nossos grotescos urros e uivos de raiva, sempre que um lance nos escapava ao controlo ou sempre que um copo se esvaziava perante o nosso esgazeado olhar.
Como verdadeiros seres satânicos que somos, sabíamos no entanto que o nosso Mestre, com certeza que iria em breve tomar as rédeas dos acontecimentos e bafejar-nos com a grande vitoria que esperávamos.
Houve mesmo quem antevisse neste logro, uma das suas jogadas de Mestre que visaria aumentar as fúteis expectativas do adversário, para no final as esmagar impiedosamente no solo, sob os nossos olhares raiados e rejubilantes!
O tempo passava, e à medida que o confronto se aproximava do seu final o nosso nervosismo diminuía, pois estávamos certos que a sangrenta machadada final, no craneo do adversário, estaria eminente.
Já brindávamos exultando e distribuíamos violentas palmadas de confraternização, isto apesar de o resultado nos ser de todo adverso, quando para espanto geral o términos chegou sem aviso e sem o volte face final que tínhamos como certo.

Sem nunca por um instante duvidar de que haveria, por certo, uma negra e lógica explicação para o sucedido, esperamos em total estado de pretificação e marasmo, como o olhar vazio e fixo no televisor, que por esta altura ainda funcionava, quando num súbito e revelador instante, eis que nos surge a imagem que nos trouxe todas as respostas pelas quais ansiávamos.
As nojentas fauces do colega Maléfico Patético (que até esse momento julgávamos estar entre nós) surgiram a toda a largura do ecrã, e por um breve instante que mais pareceu uma eternidade fez-se escuridão nas nossas mentes e a verdade sobre o ocorrido caiu sobre nós, como se das profundezas do Inferno tivessem sido libertados mil cães danados.

Fostes vós, Maléfico Patético, o escolhido pelo Sr. Satanás e aquele sobre quem recaiu a honrosa responsabilidade de estar presente no recinto, e assim orientar o evoluir dos acontecimentos para que estes nos fossem favoráveis.
Bom trabalho colega, é o que me apraz dizer neste momento de dor!
Mas para a próxima estai mais atento. Eram os de azul e branco... não os outros...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Atenção cambada infernal!

Atenção, pela primeira vez na historia da humanidade uma mensagem escrevinhada na Masmorra será integralmente copiada (vulgo copipasta) de outro local. Claro, isto não contando com esta introdução, e ora uma vez que a introdução, apesar de ser uma introdução, também faz parte da mensagem isto poderá querer dizer que aquela palavra - "integralmente" - se calhar é um bocado exagerada. Se é exagerada se calhar não faz grande sentido estar com este alarido. Pelo que podem ignorar este à parte como se não existisse.*

Atenção cambada!



Bilhetes à venda a partir de hoje para o documentário, exibido dia 21 em várias cidades portuguesas, sobre a digressão dos históricos do "heavy metal" em 2008


Uma única sessão, diríamos que do Inferno, para ver em Portugal "Iron Maiden: Flight 666", o documentário de Scott McFayden e Sam Dunn sobre a primeira parte da digressão dos históricos do "heavy metal" em 2008. A data de estreia é mundial e os bilhetes para a sessão única, mas em várias cidades portuguesas, estão à venda a partir de hoje. O preço são uns icónicos 6,66 euros.

No dia 21, "Iron Maiden: Flight 666" passa no Porto (cinemas Marshopping e Parque Nascente), em Lisboa (Vasco da Gama e Alvaláxia), Almada (Almada Fórum), Torres Vedras (Cinema Zon Lusomundo Torres Vedras) e na Figueira da Foz (Foz Plaza). A Zon Lusomundo diz esperar "uma corrida aos ingressos tal como aconteceu em todos os países onde as mesmas exibições já foram anunciadas".

O filme persegue a banda britânica entre Fevereiro e Março do ano passado, quando entraram em digressão para promover o álbum "Somewhere Back In Time". Esta etapa da digressão passou por 13 países e 23 concertos em estádio e arenas esgotados (500 mil fãs) em três continentes - Ásia, Austrália e América. Foram 45 dias e 70 mil quilómetros a bordo do Boeing 757 pintado com o logo da banda e com a sua mascote, Eddie, na cauda, e com o cantor Bruce Dickinson na cabine de pilotagem. O nome do avião? Ed Force One. Lá dentro, além da banda e da sua equipa, 12 toneladas de equipamento (palco incluído).

"Iron Maiden: Flight 666" foi recentemente premiado no festival texano South By Southwest com o galardão 24 Beats Per Second. Em Portugal, passa em Som Surround 5.1 e com mistura do produtor dos Maiden, Kevin ‘Caveman' Shirley. Além de excertos das actuações, o documentário mostra os bastidores da digressão.

Os Iron Maiden estão no activo desde 1975 e lançaram já 14 discos de originais, para além de nove registos ao vivo. Estiveram em Portugal no Verão passado no Super Bock Super Rock e passaram pelo Pavilhão Atlântico em Junho de 2005 para assinalar os 25 anos de carreira.

* mas se não existe isso quer dizer que esta mensagem é um marco na historia da humanidade porque pela primeira vez (agora que penso nisso ...) uma mensagem na Masmorra é copipastada de outro local.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Shake your blood!

Encontrando-me eu, num estado de espírito mais melancólico, aconteceu que me predispusesse a encetar uma caminhada de natureza introspectiva, de reflexão sobre os problemas, não os que me afligem por os não ter, mas os que atingem todos os demais que me rodeiam. Preocupava-me nesse momento que essas aflições, pudessem de alguma forma estar a terminar, e que isso fosse fruto de um claudicar do nosso trabalho.

Foi assim, que em plena solidão e calcorreando uma paisagem devastada sob electrizantes e pesadas nuvens, me fui deixando inspirar pelo ribombar dos trovões, pelo ruído ensurdecedor de fortes abalos terrestre, pelo caos e destruição que tormentosos furacões deixavam à sua passagem, pelas descontroladas vagas que se levantavam do oceano e varriam tudo à sua passagem entrecruzando-se com majestosas avalanches que se precipitavam de altivos picos.
Um pouco mais sereno e animado pelos gritos de desespero e angustia que se ouviam, vindos um pouco de todo o lado, tomei quase inadvertidamente um caminho ascendente e iniciei de forma quase imperceptível, uma descida pelos nossos bem conhecidos e concêntricos anéis Infernais.

Tomando conhecimento até onde os meus passos me tinham conduzido, o meu humor encontrava-se nesta altura em muito melhor forma. Ia eu acenando simpaticamente a todos os condenados para a eternidade por quem passava, quando me deparei com um ruído algo familiar vindo de um dos antros mais pestilentos por onde tinha passado.

Decidido a averiguar qual a origem de tão inebriante e electrizante som, entrei destemidamente no referido local, tendo-me deparado com a visão da qual pretendo deixar aqui o meu testemunho.
Assim, num rápido e sagaz lampejo da inteligência que me caracteriza, ocorreu-me que trazia comigo (como sempre) um kit completo de filmagem, composto por diversas câmaras, luzes, cenários e toda a equipa técnica normal nestas ocasiões.
Com a mão esquerda procurei no meu bolso direito e com a direita no bolso esquerdo. Como não encontrava o que procurava, com os dentes abri o alforge que sempre trago às costas e montei todo o equipamento num abrir e fechar de olhos.

Foi isto, caros colegas o que captei nesse dia!
Agora digam-me como é que é possível não gostar de Rock’n’roll!