segunda-feira, 16 de maio de 2011

O Ultimo Programa da Masmorra Infernal do Sr. Satanás

Depois desse que foi efectivamente o ultimo programa da Masmorra Infernal do Sr. Satanás na Kitschnet R@adio, muito por causa do facto desta última ter cessado actividade radiofónica (desta vez não foi um trabalho do Demo), eis que surge o seguinte e ultimo programa da Masmorra.

O conceito, apesar de profundas alterações, mantem-se intocado.
O set-list:

Corrosion of Conformity - over me @ america's volume dealer;
Mastodon - sleeping giant @ blood mountain;
Liturgy - glory bronze @ aesthethica;
Celeste - (s) @ morte(s) nee(s);
Agalloch - ghosts of the midwinter fires @ marrow of the spirit;
Alcest - sur l'ocean couleur de fer @ écailles de lune;
Caspian - the raven @ live in dc;
Saxon Shore - tokyo 412am @ it doesn't matter;




quarta-feira, 11 de maio de 2011

Ataque nostálgico infernal

Mafarrico e Maléfico tiveram uns anos formativos e de adolescência em cheio, se por isso entendermos não ter amigos, e nada fazer além de manter um olhar fixo para uma qualquer tv e o dedo rápido no botão pause do comando de um qualquer VCR conectado à mencionada TV. O que fazíamos nós nesse estado aparentemente alheado? Esperavamos um qualquer vislumbre de uma banda heavy metal para que a sua performance na televisão ficasse gravada em cassetes VHS, para que mais tarde as pudessemos rever até à nausea.

Foram 40, 50 cassetes de 120min, 180min até por vezes de 240min. preenchidas semana após semana por videoclips, actuações ao vivo e entrevistas que ficaram gravadas nas fitas cada vez melhor preenchidas dado o melhorar dos reflexos do dedo pause ao longo dos tempos. Eram dias pré-internet, talvez agora seja difícil entender esses diabólicos adolescentes que não arranjavam nada melhor que fazer do que deitar no sofá à espera do tão aguardado tempo de antena demoníaco, mas eles lá sabiam. O saudoso Headbanger's Ball era um tesouro, mas também éramos surpreendidos aqui e ali por clips em programas onde tal não era expectável. O que renovava a força anímica para mais umas temporadas de comando em punho.

Feito este exercício nostálgico, talvez só Maléfico e Mafarrico, sintam a verdadeira dimensão de rever o video que se segue, e se questionem, onde andam essas cassetes?

segunda-feira, 2 de maio de 2011

XIV SWR Barroselas Metalfest - Venom, o Concerto

De regresso ao recinto e já completamente refeitos do violento choque a que tinham sido sujeitos, M&M posicionaram-se para mais uma prestação musical. Desta vez foram mesmo lá para a frente, junto ao palco, num local vago e com excelente visibilidade sobre e, do mesmo. Apenas os incautos poderiam achar estranho o facto de esse lugar estar ali à disposição de M&M. É que os Necros Christos, sabendo da presença de M&M terão solicitado que estes tivessem um tratamento priveligiado. Mal a banda alemã, praticante de um som que anda ali entre o Doom e o Black Metal, começou a tocar os primeiros e poderosos acordes, as não menos poderosas colunas a que M&M estavam encostados, começaram a reverberar causando uma surdez subita a todos os que se encontravam nesse ponto, i.e., a M&M, uma vez que mais ninguém se tinha chegado tão perto, por certo pelo temor que sabemos estes seres instigam aos demais.

Após alguns breves minutos, em que conseguiram manter uma altivez e um olhar aprovador, M&M retiraram-se cá para trás com o pretexto de que se impunha uma colocação estratégica em frente ao palco principal, onde os Venom iriam dar a prestação mais aguardada da noite.


Mal a prestação dos NC terminou, a multidão em furia começou a posicionar-se para esse que seria o grande momento da noite: a actuação dos Venom!

Quem já esteve num concerto de Heavy Metal, sabe que há dois momentos chave neste tipo de actuação, principalmente quando se tratam de bandas históricas: a entrada em palco dos artistas e a interpretação daquele tema que de alguma forma é considerado o mais marcante do set list. São momentos que põem a multidão em fúria descontrolada e ficam para sempre retidos na memória como momentos épicos.

Ora, sabiamente, os Venom optaram por fazer um 2 em 1. Escolheram para abrir, o velhinho tema (29 anos...) Black Metal, talvez uma das músicas mais icónicas desdo o início primordial do Heavy Metal, início esse de que os Venom fizeram parte activamente.


E foi assim, que sob a pressão da enorme expectativa da multidão que havia confluído aquele local, que havia aturado dezenas de outras bandas, aguentado estoicamente o longo caminho até aquele ermo que é Barroselas, saciado a fome com as porcarias das barracas, foi assim dizia eu que se deu o grande.... fracasso da noite.

O som falhou.

De potencialmente épico, o instante passou a ser realmente patético. Cronos, vestido com umas roupas que faziam lembrar uma mistura entre um sem-abrigo e um drag-queen, com idade para ser o pai dos outros dois elementos da banda e avô da maioria da multidão, saltou para o microfone e começou a vociferar, em silêncio, a letra do hino satânico de eleição. Apenas se ouvia o torpedear incessante da bateria e os acordes da guitarra um pouco ao longe.

Após uns segundos que mais pareceram uma eternidade no Inferno, o som lá voltou, mas completamente desajustado de tão alto que estava. Parecia que o pessoal da mesa de som, tinha ido para os copos e deixado uns demónios tresloucados a mexer nos botões.


Na impossibilidade de manter a posição, até então defendida arduamente contra o violento mosh que se formou por entre a multidão, M&M não tolerando mais os violentissimos decibeis que estavam a ser descarregados sobre a insensivel trupe, afastaram-se do epicentro da violentissima prestação musical e procuraram um local mais aprazivel de onde pudessem testemunhar este momento único nas suas carreiras de Demónios dissiminadores da música do Demo.


Os Venom prosseguiram calcorreando um set-list mais ou menos previsivel, sem grandes surpresas. Há parte de algumas acções de stage diving levadas a cabo por alguns elementos mais tresloucados, incluindo uma galinha gigante, o concerto não teve grandes momento altos.

É verdade que os Venom até são uma das bandas no activo, mais marcantes da historia do Metal, mas ao fim de 30 anos de carreira o tempo torna-se implacável! A formula está gasta.


Para a posteridade fica esse momento da desgraçada reunião em que Cronos fica a conhecer M&M.

XIV SWR Barroselas Metalfest - A Blasfema Trindade,

Foi assim que durante a actuação dos MC, que M&M sentiram algo no ar, que não era suor rançoso, fumo de ervas diversas nem gases intestinais anónimos. Após uma rápida troca de olhares e um aceno de confirmação, dirigiram-se à saída do recinto atravessando as hordas que se acumulavam desordeiramente entre eles e a primeira.

Já cá fora e cientes do chamamento do Sr. Satanás, percorreram as imediações do recinto em busca do sinal da sua marca. Seguindo uma estranha e encriptada sinalética, qual Estrela da Manhã a brilhar nos céus, em forma de setas impressas em folhas A4 coladas de forma sequencial com os dizeres “Meet & Greet”, vislumbraram uma ofuscante luz que mais não era do que a iluminação artificial de um anexo ao recinto principal. Desse anexo, a fazer lembrar um estábulo da antiga Galileia, saía uma extensa fila de devotos metaleiros que, quais pastores dos montes Sinai, aguardavam a sua oportunidade para O verem, trazendo as suas oferendas.

Num rapido e sagaz pensamento a dois tempos, M&M perceberam! Lá estava Ele, o terceiro elemento, aquele pelo qual tinham sido convocados a este desgraçado local, a terceira ponta do tridente que nesta noite, estava escrito, iria refulgir e espalhar o caos e a desordem: Cronos, ancião fundador dos Venom, criador do Black Metal, detentor das mais altas insignias do Sr. Satanás e de um dos cortes de cabelo mais risiveis da historia do Metal!


Com o peito cheio de violência e urrando de raiva, ultrapassaram tudo e todos, aguardando ordeiramente pela sua vez.

O que se seguiu, não será do entendimento da esmagadora maioria dos que possam ler estas linhas. A energia maligna que se libertou desta reunião blasfemica, atingiu niveis nunca vistos nem descritos na Masmorra Infernal do Sr. Satanás! Após um rapido cerimonial de reconhecimento entre as partes, seguiram-se os ritos satânicos habituais: apertos de mão voaram, fotografias foram mesmo tiradas a sangue frio e há quem tenha sobrevivido para relatar os profanos mantras que foram entoados, tais como: “hello”, “how are you”, “thank you”....



Cronos, senhor de uma provecta idade, que apesar de não parecer, nota-se bem que a tem, não aguentando o confronto emocional deste encontro de tão alta estirpe, pede a M&M que se retirem para que possa retemperar energias. Além disso a fila de subditos, ansiosos por uma troca de olhares, alongava-se atrás de nós.

XIV SWR Barroselas Metalfest - A Chegada


Sábado, dia 30 Abril de 2011, são 20h00.

Uma pequena localidade minhota de seu nome Barroselas está prestes a converter-se num portal de acesso ao Inferno. Dentro de breves instantes, neste local escolhido pela organização do XIV SWR, fustigado por um temporal de uma murrinha irritante, confluirão algumas das forças mais malignas que alguma vez puseram os pés neste vil planeta. Mafarrico e Maléfico (M&M) irão medir forças com um dos grandes anciãos da música do Sr. Satanás.


M&M, instados pelo Sr. Satanás a comparecerem como seus embaixadores, uma cortesia para com a organização, chegam ao local sem grande pompa nem circunstância, como é seu apanágio. Rapidamente ingerem uma quantidade significativa de alimentos e líquidos nas rulotes habituais, apresentam o salvo conduto de que são portadores e são agraciados com uma fria e desleixada recepção por parte dos que ladeavam as portais de acesso à grande tenda, onde decorriam já algumas actividades. De notar que Maléfico, temido estratega, dotado de invulgares dons de planificação de movimentações insidiosas e elevado secretismo, havia-se assegurado com a devida antecedência de que o ritual teria lugar fora de portas, i.e., sob uma copiosa chuva que iria flagelar os tenazes espectadores. Por isso, M&M, de forma a evitar serem denunciados pelas nuvens de vapor que seriam libertadas pelo contacto da gelada chuva com os seus escaldantes corpos, apresentam-se cobertos por camadas de tecidos especial, vulgo, impermeaveis.

Assim, completamente camuflados pelas suas vestes à prova de chuva, dentro da enorme tenda que servia de recinto, e que acolhia uma pequena vasta multidão em t-shirt, M&M são saudados pela 1ª banda que teve a honra de os receber: os Filli Nigrantium Infernalium (é assim que se escreve)!

Nada a dizer sobre esta banda de qualquer coisa – Metal. Rapidamente, tomam a corajosa decisão de efectuar uma retirada estratégica até à viatura que havia ficado parqueada no exterior (não havia sido convidada), e assim vêm-se livres das pesadas vestes que lhes prendiam os movimentos e entorpeciam os cerebros. A verdade é que dentro da tenda não chovia.

Novamente no interior, já mais soltos e com os cérebros na mesma entorpecidos, M&M testemunham, impávidos e frios, quais torres de vigia, a prestação dos Web, mais uma banda portuguesa que arranca alguns comentários aos doutos representantes do Sr. Satanás: a saber, a antiguidade da banda e a cara alucinante do guitarrista, cuja calvice extrema não o impedia de fazer um tresloucado headbanging com as longas madeixas que lhe pendiam das laterais cranianas. Um espectaculo dentro do espectaculo.

Ainda a coisa estava morna, apesar de M&M pressentirem que o grande momento da confluência de negras energias se aproximava, quando subiu ao palco a 1ª grande surpresa da noite: os Finlandeses Taake! Digo Finlandeses, porque apesar de serem naturais da Noruega e envergarem a bandeira nacional deste país como se de uma cruz invertida se tratasse, a palavra Finlandeses é mais facil de escrever do que Noruegueses apesar de terem ambas 11 letras. Dizia eu, esta banda de Black Metal finlandesa (da Noruega), cobertos de corpse painting e portadores de uma gigantesca bandeira da Noruega, faz uma teatral entrada e dá inicio a um espectaculo que, convenhamos, foi digno de nota. Praticantes de um black metal bastante original, o que não é muito vulgar dentro do género, os Taake foram bafejados pela sorte ao verem Mafarrico baptizar o seu insólito som como Black'n'Roll. Não destaco nenhum tema em especial, em grande parte por o discurso do vocalista na apresentação dos mesmos, ter sido totalmente ininteligivel.

Seguiram-se os Jesus Crost que conseguiram a proeza de não terem tido M&M na audiência, exceptuando os ultimos 30 a 40 segundos da sua actuação. Mas foram uns segundos de grande qualidade, há que dizê-lo.

Logo a seguir, após a enésima voltinha pelas bancas de vendas de t-shirts e cds, presença habitual neste tipo de cerimónias, eis que M&M se aprestam para ver um dos primeiros nomes grandes da noite. Os Malevolent Creation, são uma daquelas bandas, que apesar de já por cá andar há uns anos, facto bem notório pelas flácidas aparências dos seus integrantes, conseguem fazer exactamente o mesmo tipo de música, disco após disco, ad nauseum. Death Metal da velha escola, eventualmente sem falhas tecnicas, mas sem inovação nenhuma. Um bom entretenimento para demónios de baixa estirpe. Não para M&M.

Especial XIV SWR Barroselas Metalfest








Última emissão da Masmorra Infernal Do Sr. Satanás:


Especial XIV SWR Barroselas Metalfest
[Alcest - percees de lumiere@ecailles de lune;
[Ratos de Porão - aids, pop, repressão@brasil;
[Ratos de Porão - plano furado II@brasil;
[Ratos de Porão - expresso da escravidão@homem inimigo do homem;
[Cough - crippled wizard@ritual abuse;
[Voivod - the getaway@katorz;
[Venom - countess bathory@black metal;
[Venom - straight to hell@hell;
[Malevolent Creation - indivious dominion@indivious dominion;
[Evile - infected nation@infected nations;
[Satanic Warmaster - bestial darkness@Nachzehrer
[Atheist - mineral@elements;
[Atheist - live and live again@jupiter;