sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Interpol - evil nao mt evil

Prezados,
Pois de facto, esta minha deslocação a um recinto tão distante, para assistir à performance dos Interpol, vista agora a uma confortável distância temporal, foi sem dúvida inusitada e completamente a despropósito. Se um demónio assumisse alguma vez as suas falhas, esta seria com certeza uma delas.
A situação não é nova apesar de tudo. Em pouco mais de hora e meia, a banda conseguiu desmontar e fazer desmoronar todo o crédito que a audição dos seus temas de estúdio tinha construído no imaginário de Mafarrico. Saliente-se que a atenção dada por Mafarrico a esta banda de indie rock era uma honrosa e rara excepção dentro dos géneros musicais que mais pululam na Masmorra. Mas este concerto encarregou-se de resolver a questão, diria, quase definitivamente. Só há um caminho a seguir por estes Interpol: Out da reservada play-list de Mafarrico!
A abertura do concerto até foi cómica, com uma banda muito Brit Pop da qual não fixei o nome, a tentar aquecer os ânimos. Os movimentos em palco do seu vocalista faziam lembrar o cruzamento entre um robot e um Ian Curtis decadente. Desta performance recordo vagamente ter meditado sobre o porquê de a altura média dos seguidores de Interpol ser seguramente inferior à dos seguidores de outros géneros mais pesados e extremos (conseguia ver perfeitamente o palco de qualquer ponto onde me encontrasse) e de nunca ter sentido tanta vontade de ouvir Interpol. Nunca 40 min me pareceram tão longos.
Quanto aos Interpol, passado o entusiasmo inicial da entrada em palco, rapidamente foi perceptível que a coisa não iria aquecer muito. Uma postura completamente estática, sem grande comunicação com o publico e um encadeamento fraquinho entre os temas do set list reduziram os Interpol a uns chatos sem graça nenhuma.
A reforçar a desgraça, os temas do último álbum são débeis e não resultam muito bem ao vivo (excepção feita a Lights). De pouco valeram os hits antigos. Até aqui desagradaram sobejamente a Mafarrico conseguindo não tocar nenhum dos três temas de eleição deste: Pioneer of the falls, The scale e The Heinrich maneuver ficaram de fora.Enfim, as verdades devem ser ocultadas, mas neste caso à que dize-lo, nunca senti tão pouca vontade de voltar a ouvir Interpol.


3 comentários:

Diabolicus disse...

Como é k isso vai??

Tenho andado a esfregar um olho e portanto alheado do que se passa à minha volta.

Admito que tirando malvadezas específicas e repetitivas não tenho diversificado muito o meu leque de actividades destrutivas.

Para quando a próxima actividade?

Ouvi dizer que um dos colegas também foi dar uma volta, confirma-se que está de regresso??

Saudações pérfidas e mal-cheirosas!!

Maléfico Patético disse...

É o que dá gostar de bandas de bosta.

\m/afarrico disse...

Dupla confirmação aos digníssimos comentários acima.

Sim, estou de regresso após périplo pelas ilhas dos mares das caraíbas (uma ilha na verdade).
Em breve haverá novas sobre tão atribulada viagem. Mas entretanto folgo vê-lo de regresso a este que não o sendo, é na verdade o seu lar, caro Diabolicus. As maldades não se medem pela quantidade mas sim pelo número de vezes que se perpetram.
Sim, é o que da gostar de bandas que não são amaldiçoadas pelo Sr. Satanás! Que sirva de lição para alguém que precise de lições e que esteja a ler este post.