quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ele há coincidências... parte III

Estava eu em amena pasmaceira num longinquo retiro transmontano, quando fiz o que costumo fazer nestes tempos de ócio - uma sessão tripla de filmes visualizados no suporte que melhor se adequar ao local.

No final desta tripla visualização, calculei que o armazenamento de filmes não vistos se aproximava do fim, uma nova sessão tripla seria mesmo impossivel, dado que o número de filmes visualizaveis não ascendia a mais do que dois.

Nada de pânicos, no dia seguinte tratei de adquirir (por vias legais, asseguro-lhes e um demónio nunca mente) uma catrefada de filmes louvados pela critica e que pensei serem dignos de ser vistos pelos meus olhos, ouvidos pelas minhas orelhas e apreciados pelo meu cérebro.

Entre estes filmes encontra-se Network, um filme de Sidney Lumet, realizado em 1976, vencedor de vários prémios mas com uma grave lacuna, o nunca ter sido visualizado por Maléfico.

No mesmo dia em que "adquiri" a referida pelicula, chego ao meu covil e encontro na caixa do correio, qual brinde infernal, um pacote enviado pelos compinchas da Amazon. Uma rodela plástica engravada com os sons emanados pelos Mouth Of The Architect num conjunto de peças a que deram o nome colectivo de "Quietly". Não conhecia nada deste trabalho, encomendei-o porque faço ideia de ir ao espetáculo de luz e som a realizar-se daqui a uma quinzena, onde este será apresentado com a presença dos próprios autores (cada um com o seu respectivo instrumento).

É aqui que se dá a tremenda coincidência, coisas como estas são obra do nosso Maior com certeza. Duas obras tão distantes na sua forma e no seu tempo, chegam ao meu domínio no mesmo dia e têm um pormenor que as liga. O Sr. Satanás quer que pensemos nisto.

Um bom pedaço da sétima arte usado da melhor forma para abrilhantar uma excelente música.



I don't have to tell you things are bad. Everybody knows things are bad. It's a depression. Everybody's out of work or scared of losing their job. The dollar buys a nickel's work, banks are going bust, shopkeepers keep a gun under the counter. Punks are running wild in the street and there's nobody anywhere who seems to know what to do, and there's no end to it. We know the air is unfit to breathe and our food is unfit to eat, and we sit watching our TV's while some local newscaster tells us that today we had fifteen homicides and sixty-three violent crimes, as if that's the way it's supposed to be. We know things are bad - worse than bad. They're crazy. It's like everything everywhere is going crazy, so we don't go out anymore. We sit in the house, and slowly the world we are living in is getting smaller, and all we say is, 'Please, at least leave us alone in our living rooms. Let me have my toaster and my TV and my steel-belted radials and I won't say anything. Just leave us alone.' Well, I'm not gonna leave you alone. I want you to get mad!


3 comentários:

\m/afarrico disse...

Bela descrição esta, de um processo masmorrento, que visa que a arte, nas suas mais variadas vertentes, tenha a oportunidade de contactar connosco, seus avaliadores supremos.

É natural que coincidências incríveis como esta aconteçam. Se desconsiderarmos a relevância do factor tempo e ignorarmos os conteúdos de ambos, o que temos? O Maléfico viu um filme e ouviu um disco no mesmo dia! Parece-me simplesmente diabólico e atrozmente banal.

De qualquer forma há que ter em conta que o Sr. Satanás pode eventualmente querer que pensemos nisto. Portanto pensemos!

Diabolicus disse...

Inacreditável coincidência do Demo!!!

Sem dúvida que você Maléfico é o escolhido!!

Orgulho-me da nossa proximidade e de estar perto de um diabo escolhido para divulgar tais designios da humanidade.

Enlouqueçamos pois todos e conjuntamente, acreditai diabos irmãos que eu faço a minha parte!!!

\m/afarrico disse...

Tenho ponderado enormemente sobre o conteúdo e eventual significado oculto deste relato.
E de tanto ponderar cheguei a uma conclusão!
A coincidência aqui relatada, é de facto de uma relevância tremenda e não pode ser ignorada de forma alguma. Se não vejamos, o excerto do filme que o prezado colega destaca e que é igualmente usado no tema musical anexo, é já de si poderoso e encerra no seu cerne o que poderá muito bem ser um dos lemas para a nossa missão. Agora o facto de este lhe ter chegado subrepticiamente às mãos no mesmo dia só pode ter um significado!

O Colega não anda a fazer nenhum e o nosso Mestre não está contente com isso.
Ponha-se mas é a mexer e toca a trabalhar!