quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Considerações musicais

mafarrico,

é frequente encontrar no Inferno musical agrupamentos de músicos com excelentes capacidades técnicas aliadas a uma fantástica inclinação para escrever grandes musicas, mas que apesar disso não alcançam um reconhecimento alargado à totalidade dos fãs do estilo que abraçaram.

Normalmente os seguidores destes músicos queixa-se da conjuntura musical que os acompanha para explicar este fenómeno, ou problemas vários com as editoras da indústria, diversos factores externos que, qual maldição, se abateram sobre os infortunados músicos e os relegaram para um limbo onde chegam aos ouvidos de poucos. Será tudo, portanto, uma questão de injustiça, acabando estas bandas por cair no nicho do "segredo-bem-guardado" pelos verdadeiros entusiastas.

Ora na minha opinião (há de escrever a sua), se artistas talentosos decidem dedicar a sua vida à música perdendo tempo e dinheiro a criar uma banda que apesar de excelentes músicas e discos editados se mantem na obscuridade é porque são uma desgraça no planeamento e na gestão das suas capacidades e serão, provavelmente, bastante burros.



M.P.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

7 pontos . . . . . . .

Caros Parceiros,

Desta feita, venho-vos relatar um evento que, não fosse pelos seus contornos negros e macabros, poderia ser apenas mais uma dessas simpáticas historias que dispõem bem.

Comecemos pelo princípio, como qualquer boa narrativa deve começar. Recordo que a colocação dos factos de forma aleatória, sem olhar à sequência cronológica dos acontecimentos, pode trazer algum brilho e interesse adicional a historias menos cativantes à partida, mas não sendo o caso desta, apenas serviria para confundir aqueles que estão prestes a ouvir um dos relatos mais tenebrosos alguma vez aqui difundidos.

Levei 7 pontos numa mão! Fui suturado com 7 nós na manápula! Vi o meu membro superior esquerdo ser cozido com uma linha, em 7 pontos distintos.

Agora que está feita a introdução, passemos à descrição dos tristes eventos que tiveram lugar, numa lúgubre cozinha, numa soturna e cinzenta manhã, corriam os tempos de há 48 horas atrás.
Penso que todos tendes ao vosso serviço, por entre os vossos escravos, alguns servos e utensílios que vos merecem mais atenção, tanto pelos exemplares préstimos como pela dedicação que colocam nas suas acções, sempre que são chamados a coadjuvar-vos nas vossas nojentas missões.

Era esse o caso, deste de que vos quero hoje falar e para o qual a existência terrena cessou!
Tratava-se de um pratico utensílio de cozinha, vulgarmente denominado por "faca de serrilha", que me auxiliava no estripanso de carcaças também conhecidas por “moletes”.
Na fatídica manhã a que me refiro, estava eu e a referida faca em plena matança, esventrando pão atrás de pão, quando nos surgiu pela frente um adversário um pouco mais estóico e que se permitiu a ousadia de oferecer uma maior resistência ao fim que lhe estava destinado.
Ora a dita faca, inebriada pela violência e pelo desejo de me impressionar com os seus instintos cortantes, toma a iniciativa e aplica tal movimento perfurante, de tal forma incisivo e decidido, que para além de estropiar a carcaça cerealica teve o infortúnio de entrar em contacto com a camada mais superficial da minha duríssima pele... e a seguir com a camada dérmica um pouco mais abaixo, e de seguida com a outra imediatamente a seguir e assim por diante.

Todos sabemos o que acontece a quem prova o sangue de um demónio! A visão do triste destino que aguardava, a partir desse momento, o até então fiel servidor, fez-me soltar um gutural urro (facilmente confundível com o um de dor, mas não...).

Após aplicar a fatal sanção, contrafeito, dirigi-me a um hospital onde jovialmente pedi que procedessem à lacagem da referida abertura na minha pele, visto não querer chamar a atenção no meu local de trabalho, com os incomodativos jorros de sangue que, apesar de serem de belo efeito, sujavam tudo e impressionavam pelo fétido cheiro que caracteriza as nossas entranhas.
Antes de terminar, queria deixar aqui estas: ultimas palavras!

\m/

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O torneio

Caros colegas,

realizou-se por estes dias o Torneio De Luta Livre Inferno vs. Céu. Este é um torneio que acontece todos os anos desde a assinatura do pacto de agressão-contínua entre os reinos do Céu e do Inferno, decorria o ano que já ninguém se lembra. No inicio, se bem se lembram, os torneios eram todos bastante renhidos, pelo que o Sr. Satanás, não querendo correr o risco de ver um demónio batido por um anjo, ficou-se pela máxima do "se queres algo bem feito, fá-lo tu próprio" e começou a entrar Ele próprio no torneio. Ora, se nas edições seguintes a essa decisão foi uma mortandade bastante agradável, o céu decidiu entrar também no jogo com os seus mais altos colaboradores, o que tornou a equilibrar um pouco as coisas.

Este ano foi igual a todos os outros saldando-se por uma vitória esmagadora das nossas cores. Algumas imagens do evento:


1.O início, todos se preparam, a confiança é notória no nosso Chefe, enquanto o finguelas parece estar a perguntar-se de quem foi a ideia deste torneio.
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2.Entrada avassaladora do único possível vencedor, reparem nos níveis de stamina que a realização disponibiliza na parte superior do ecrã.
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3.O pequeno lutador adversário insiste na táctica do "dar-a-outra-face", o que ainda está para provar ser uma mais valia.
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4.O Sr. Satanás - vitorioso. A imprensa desportiva foi unânime em considera-lo o mais brilhante lutador de todos os tempos.
Jesus - derrotado. "Até ao ano tótó!", foi a frase que mais ouviu no retorno aos balneários.
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Assim decorreu mais um excelente torneio com a vitória esperada do nosso lado. Para o ano há mais e se quiserem rever as incidências podem dirigir-se a Inferno vs. Céu 2008.

Saudações vitoriosas,
M.P.